domingo, 8 de julho de 2012

O SALÁRIO DO PECADO (17)



“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” Romanos 6:23.
OS LAÇOS DA MORTE: (continuação)
         Caro leitor, voltemos de coração a encarar firmemente a triste situação na qual se encontra o homem no pecado, recebendo continuamente a vil recompensa por estar servindo ao pecado na prática da iniqüidade. Como podemos olvidar um assunto deste? Como podemos deixar sem qualquer luz da verdade aqueles que estão perambulando nas trevas, sem saber que apenas escorregam em direção ao abismo? No próprio texto chave brilha a luz da graça: “... mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor”. Em nada tenho deixado o amigo leitor sem que veja a porta de escape dessa maravilhosa graça, a fim de que a alma aflita em seu desespero corra para os braços misericordiosos do Salvador e Senhor.
         Assim como um filhote de antílope é deixado vivo por um pouco para o treinamento dos filhotes de uma feroz leoa, para logo ser devorado, assim também, no pecado os homens ficam entretidos e ocupados e não sabem que a qualquer momento podem receber o golpe da morte. Como essa “leoa faminta” anseia por uma alma desamparada! Quando vou pescar e sinto que um peixe mordeu a isca, com um puxão normalmente sou bem sucedido em fisgar. A morte é bem sucedida quando autorizada a dar o “puxão”, e os homens não sabem que a qualquer momento podem estar mordendo a isca fatal. Minha esposa quando estava fazendo técnico de enfermagem presenciou o cadáver de um homem que fora surpreendido pela fisgada pela morte ao tentar engolir um pedaço de carne num churrasco.
         Convido o leitor a retornar à passagem de Isaías 28. Creio que o leitor atento pode lembrar bem do que aconteceu com a liderança política e religiosa de Israel, porquanto eles querendo viver em seus caminhos tortuosos faziam aliança com a morte e o além, escondendo assim na mentira e falsidade das falcatruas religiosas. Estavam certos que quando passasse o “dilúvio do açoite” jamais seriam atingidos (verso 15). Ah! Quanto o engano do pecado ludibria o coração insensato! Aquele povo desconhecia o Deus de Israel; achavam que o Senhor era semelhante aos ídolos. Desconhecia que o Deus de misericórdia era, também, o Deus de juízo e de justiça.          Observe atentamente no que diz o Senhor no verso 17: “Farei do juízo e régua e da justiça o prumo...”. O que o Senhor quer dizer com essas palavras? Essas palavras são de severa advertência, pois não somente Deus iria agir com eles horizontalmente: “Farei do juízo a régua...”. Para quem conhece a régua, ela é posta de forma horizontal. O Senhor iria julgar os atos malignos daqueles homens; eles seriam pegos em suas obras pecaminosas, atitudes que prejudicavam seus semelhantes. O juízo de Deus viria inevitavelmente sobre eles.
         Mas o Senhor afirma no texto: “farei... da justiça o prumo...”. Agora o Deus de toda misericórdia mostra sua justiça, e o trabalho da justiça é visto de forma vertical, “o prumo”. Impressionante! Como o Senhor faria isso? O próprio texto responde: “...a saraiva varrerá o refúgio e as águas arrastarão o esconderijo. O amigo leitor pode ver o que Deus faz quando Ele retira sua misericórdia? Fica Seu juízo e sua justiça. Ah! Que tristeza quando as nuvens negras do juízo e justiça de Deus encobrem o sol da Sua misericórdia! Os homens no pecado pensam que podem ficar escondido de Deus, e não sabem que não existem esconderijo contra o Senhor; que não adianta se esconder em falsos refúgios religiosos. Toda tentativa é vã, todo esforço é inútil. O juízo de Deus chega como uma terrível saraiva para descobrir as maldades escondidas e a justiça de Deus vem como a força tremenda das águas para destruir as fortalezas onde os homens estão escondidos.
         Mas eis que sempre a misericórdia do Senhor brilha para um coração contrito, arrependido, para salvar essa alma com grande poder libertador.
        

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