terça-feira, 3 de julho de 2012

O SALÁRIO DO PECADO (10)



Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” Romanos 6:23.
         Os verdadeiros crentes são exortados a fugir do mal; a desvencilhar do pecado que de perto os rodeia (Hebreus 12:1); a aborrecer o mal e apegar-se ao bem (Romanos 12:9); a andar em santidade em tudo, a fim de agradar ao Senhor (1 Pedro 1:15) e fazer tudo para a glória de Deus. Podemos ver nessas exortações dadas ao povo de Deus o quanto os crentes passam por perigos provenientes da carne. É fato que os crentes foram salvos, perdoados, santificados, feitos filhos de Deus mediante o novo nascimento. Todos eles são amados porque são agora participantes dessa nova criação (2 Coríntios 5:17), mas certamente estão sujeitos aos ditames perigosos da carne, do mundo e do diabo.
         Amado leitor, não resta dúvida que o efeito do pecado é mais forte no crente que numa pessoa que não salva. É lógico isso, pois o crente foi erguido pela graça, está em pé, por isso é exortado a fugir de uma queda: “Aquele, pois, que está em pé veja que não caia” (1 Coríntios 10:12). Tal verdade reveste-se de grande importância para o entendimento cristão. Quem está caído não precisa temer uma queda, e é essa a condição de alguém que ainda está no pecado. Mas o tombo de alguém pode provocar sérios “ferimentos espirituais”. Foi por essa razão que Paulo tomou as experiências do povo de Israel durante a jornada no deserto, a fim de chamar a atenção da igreja de Corinto, devido ao estado de orgulho inflamado no qual aqueles crentes estava.
         No cap. 10 de 1 Coríntios, nos versos 7-10 ele mostra os quatro atitudes pecaminosas reveladas pelos israelitas, mesmo diante de tanta bondade do Senhor em conduzir Seu povo através do deserto. Foram estes: IDOLATRIA (verso 7); IMORALIDADE (verso 8); OBSTINAÇÃO (verso 9) e MURMURAÇÃO (verso 10). Será que o povo salvo que vive debaixo da maravilhosa graça está sujeito a estas mesmas atitudes rebeldes? Claro! Notemos como Paulo toma as atitudes de Israel a fim de exortar toda igreja de Corinto:
1)      Não vos façais, pois, idólatras...”. Isso significa que a idolatria perigosa está oculta nos desejos da carne.  
2)      E não pratiquemos imoralidade...”. Aquele povo queria no deserto dar vazão aos anseios sexuais de forma ilícita, atraindo por isso o castigo do Senhor. Nós os crentes não estamos imunes a essa maldade que tanto avassala nossa sociedade hoje.
3:      Não ponhamos o Senhor à prova...”. Israel não vivia satisfeito com a provisão diária do Senhor, porque a saudade dos manjares egípcios queimava em anseio e paixões. A religião falsa tem largamente promovido a decepção contra o caminho estreito onde os crentes andam; a busca por direitos tem arruinado o testemunho cristão em nossos dias.
4)      Nem murmureis, como alguns deles murmuram...”. Notemos no texto que aquilo que parece tão inofensivo e infantil não passa de ser uma brutal manifestação de revolta contra a liderança e disciplina de Deus. Amado leitor, Deus trata seu povo com séria disciplina, porque o povo Dele representa Seu Nome neste mundo. Não brinquemos com o pecado, achando que pode ser posto tudo debaixo do “tapete do esquecimento”. No tempo certo Deus tratará com a impiedade dos ímpios, mas com Seus santos Deus lida continuamente com disciplina a fim de purificar Seu povo e manter distinta Sua glória.

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