sábado, 28 de julho de 2012

ENRIQUECENDO-SE COM A BÍBLIA ( 19) Pink


AS ESCRITURAS E A ALEGRIA.
Os ímpios vivem na busca incessante da alegria, mas, sem nunca a encontrarem: ocupam-se e exaurem-se em sua procura, mas, tudo em vão. Visto que os seus corações se afastaram decididamente do Senhor, olham para este mundo em busca de alegria, ainda que aqui ela não exista; rejeitando a substância, correm diligentemente após as suas sombras, somente para serem escarnecidos por elas.
Faz parte dos Decretos soberanos dos céus, que coisa alguma pode tornar felizes aos pecadores, senão Deus, na pessoa de Jesus Cristo. Mas, é exatamente nisso, que os incrédulos não creem pelo que também vão de criatura a criatura, de uma cisterna rota para outra, perguntando onde se pode encontrar a melhor alegria.
Cada coisa terrena que os atrai, promete-lhes: "A alegria só pode ser achada em mim.". Mas, logo ficam desapontados. Não obstante, não cessam de procurar a alegria, hoje, naquilo que ontem, os tinha enganado. Se, após muitas tentativas eles descobrem a futilidade de um conforto promissor, voltam-se para outro qualquer, dando-se com eles o que disse o Senhor Jesus: "Quem beber desta água tornará a ter sede". (João 4:13).
Voltando-nos agora para o outro extremo: Há certos crentes que imaginam que, regozijar-se é um pecado. Não duvido que muitos de vocês se surpreenderão, ao ouvir o que diremos agora; mas, que esses se mostrem gratos ao Senhor, por terem sido espiritualmente criados em um ambiente mais ensolarado, suportando tolerantemente, aqueles que foram menos favorecidos. Alguns crentes têm sido ensinados – principalmente, pela força do exemplo, ou como um subentendido, e não por ensinamento direto – que o seu dever, é viverem na melancolia. Esses imaginam que os sentimentos de alegria são produzidos pelo diabo, que se disfarçada em anjo de luz. Concluem eles que, a felicidade, em um mundo de pecado, como este em que vivemos, é praticamente uma espécie de iniquidade. Julgam ser uma presunção, se regozijarem no conhecimento do fato de que os seus pecados foram perdoados; e, se porventura, veem novos convertidos se regozijando no Senhor, não se demoram a dizer-lhes, que em breve estarão flutuando no Poço do Desânimo. A todos quantos concebem tais pensamentos, exortamos, sob oração, que ponderem sobre o assunto durante os minutos seguintes. "Regozijai-vos sempre". (I Tessalonicenses 5:16).
Sem dúvida, não pode ser inseguro, fazer aquilo que Deus nos ordenou. O Senhor nunca estabeleceu qualquer embargo contra a alegria. Não, mas, é Satanás quem se esforça, por fazer-nos dependurar as nossas harpas. Não existe qualquer preceito nas Escrituras, que nos ordene: "Entristecei-vos no Senhor sempre: uma vez mais o digo, entristecei-vos". Pelo contrário, há uma exortação vazada nos seguintes termos: "Exultai, ó justos, no SENHOR! Aos retos, fica bem louvá-Lo". (Salmos 33:1).
Prezado leitor, se você é um crente verdadeiro, (já é tempo de você submeter-se ao teste das Escrituras, certificando-se sobre esse particular.), então Cristo lhe pertence, e tudo quanto se acha Nele também é seu. Ele lhe ordena: "Comei e bebei, amigos; bebei fartamente, ó amados". (Cantares 5:1). O único pecado que alguém pode cometer contra o banquete de amor do Senhor, é ficar encolhido a um canto. "Ouvi-me atentamente, comei o que é bom, e vos deleitareis com finos manjares". (Isaías 55:2). E essas palavras não foram ditas para aqueles que já se encontram nos céus, e, sim, para os santos, que ainda vivem à face da terra. E isso permite-nos dizer que:

1. Tiramos proveito real da Palavra, quando percebemos que a Alegria é um dever.
"Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos" (Filipenses 4:4). O Espírito Santo, neste ponto, fala acerca da alegria, como um dever pessoal, presente e permanente, para todos quantos fazem parte do povo de Deus. O Senhor não deixou a nosso bel-prazer, estar alegres ou estar tristes, mas antes, estabeleceu que a felicidade, é um dever para nós. Não regozijar-se é um pecado de omissão. Da próxima vez que você se encontrar com um crente, que transborda de alegria, não o repreenda; ao invés de pôr em dúvida a fonte Divina de seu júbilo, julgue a si mesmo, devido ao seu estado de desânimo.
Naturalmente, que não devemos pensar aqui, em alguma alegria carnal, isto é, uma alegria que tem origem em questões carnais. É inútil alguém buscar a alegria nas riquezas terrenas, porquanto, com frequência, adquirem asas e se vão embora. Outros procuram desfrutar alegria em seu círculo familiar; mas, este permanece completo apenas por alguns anos, quando muito. Por isso mesmo, se nos devemos alegrar "sempre", nossa alegria deverá estar firmada em objetos que perduram para sempre.
Por semelhante modo, não devemos pensar aqui em alguma alegria fanática. Existem certas pessoas, dotadas de natureza muito emotiva, que só se sentem felizes, quando estão meio desvairadas; mas terrível é a reação. Não, aludimos aqui a um deleite inteligente, constante, proveniente do coração, firmado no próprio Deus. Cada atributo Divino, quando é contemplado pelos olhos da fé, faz o coração remido entoar louvores. Cada doutrina do Evangelho, quando é verdadeiramente apreendida, provoca satisfação e louvor.
A alegria é mesmo um dever cristão. Talvez você, por esta altura, esteja prestes a exclamar: "Mas, minhas emoções de alegria e de tristeza não estão sob o meu controle; não posso evitar ficar triste ou alegre, conforme o ditarem as circunstâncias". Porém, repetimos: Alegrar-se no Senhor é um mandamento Divino; e a obediência a Ele depende em grande parte de nós mesmos. Tenho a responsabilidade de controlar as minhas próprias emoções. Naturalmente que não poderei evitar ficar triste na presença de pensamentos entristecedores, mas, poderei recusar-me a permitir que minha mente se demore, nos mesmos. Poderei derramar meu coração diante do Senhor, pedindo alívio, lançando sobre Ele os meus fardos. Posso buscar a graça, para meditar acerca da Sua bondade, de Suas promessas e do glorioso futuro que me aguarda. Preciso decidir se prosseguirei e me postarei de pé sob a luz, ou se me ocultarei entre as sombras. Não regozijar-se no Senhor é muito mais do que um infortúnio; é um pecado que precisa ser confessado e abandonado.

2. Tiramos proveito real da Palavra, quando aprendemos o segredo da Verdadeira alegria.
Esse segredo nos é revelado em 1ª João 1:3,4; "Ora, a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. Estas cousas, pois, vos escrevemos para que, a vossa alegria seja completa". Quando consideramos quão pequena (ínfima) é a nossa comunhão com Deus, quão superficial é ela, não é para admirar que tantos crentes se sintam comparativamente destituídos de alegria. Algumas vezes cantamos: "Oh! Dia alegre, eu abracei Jesus e Nele a salvação; O gozo deste coração eu mais e mais publicarei". Sim, mas, se porventura essa felicidade tiver de ser mantida continuamente, que a mente e o coração se ocupem de Cristo. Somente onde impera a fé, e o amor consequente, é que pode transbordar a alegria. "Alegrai-vos sempre no Senhor". (Filipenses 4.4).
Não há outro objeto, no qual nos possamos regozijar "sempre". Tudo o mais varia, e é inconstante. Aquilo que nos agrada no dia de hoje, pode provocar-nos asco amanhã. Mas, o Senhor é sempre o mesmo, podendo Ele ser motivo da nossa alegria, nos períodos de adversidade, tanto quanto, nos períodos de prosperidade. Como reforço desse pensamento, declara o versículo imediato: "Seja a vossa moderação, conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor". (Filipenses 4:5).
Que sejamos equilibrados em todas as coisas externas; não nos deixemos envolver arrebatadamente por elas, quando forem muito agradáveis, e nem nos perturbemos quando elas nos derem motivo de desgosto. Não nos deixemos exaltar, quando o mundo nos sorri, e nem fiquemos descoroçoados, quando parece que o mundo ralha conosco. Mantenhamos uma estoica indiferença para com os confortos externos, – por que razão ficaríamos tão ocupados com essas coisas, quando o próprio Senhor está "próximo"?
Se, porventura, somos violentamente perseguidos, se as nossas perdas temporais são pesadas, consideremos que o Senhor é, "Socorro bem presente nas tribulações". (Salmos 46:1) – sempre pronto a dar-nos Seu apoio e socorro, contanto que nos abriguemos em Seus braços. Ele cuidará de nós, de modo que não nos permitirá andar, "Ansiosos de coisa alguma". (Filipenses 4:6). Os indivíduos mundanos vivem sobrecarregados de cuidados, os mais exigentes; mas, essa não deveria ser jamais a atitude dos crentes. "Tenho-vos dito estas cousas, para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo, seja completo". (João 15:11).

Quando ponderamos sobre essas preciosas palavras de Cristo com a mente, e as entesouramos no coração, é impossível, que não produzam em nós a alegria. O coração alegre se firma no conhecimento crescente da verdade e em amá-la, conforme a verdade se acha em Jesus. "Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração". (Jeremias 15:16). Sim, é quando nos alimentamos e banqueteamos com as palavras do Senhor, que nossa alma se fortalece, e então somos impelidos a cantar, e a fazer melodia em nossos corações, louvando ao Senhor. "Então, irei ao altar de Deus, de Deus que é a minha grande alegria" (Salmos 43:4).
Conforme Spurgeon disse com grande aptidão: "Com que exultação os crentes devem aproximar-se de Cristo, o qual é o antítipo do altar! Uma luz mais clara deveria intensificar-nos o desejo. O salmista não se importava com o altar como tal, porquanto, não cria no paganismo dos rituais, – mas, a sua alma desejava comunhão espiritual, comunhão com o próprio Deus, na Verdade.
De que valeriam todos os ritos de adoração, se Deus não estivesse neles? O que seriam, realmente, senão conchas vazias e ressequidas cascas? Notemos o santo arrebatamento, com que Davi considera o seu Senhor! Deus não era apenas a sua alegria, mas, também, a sua grande alegria, não era apenas a fonte da alegria, o doador da alegria, ou o mantenedor da alegria, mas antes, era a própria alegria. A margem das traduções inglesas diz: "O regozijo de minha alegria", isto é, a alma, a essência, as próprias entranhas da minha alegria. "Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira mente, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas foram arrebatadas do aprisco e nos currais, não há gado, todavia eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação" (Habacuque 3:17,18).
Ora, isso é algo acerca do que os indivíduos mundanos nada conhecem, em absoluto; mas, infelizmente, também é uma experiência desconhecida para muitos crentes professos! É em Deus que se origina a fonte da alegria espiritual e eterna; pois, Dele é que tudo flui. Isso foi reconhecido pela antiga congregação judaica, quando foi dito: "Todas as minhas fontes são em Ti". (Salmos 87:7).

3. Tiramos real proveito da Palavra, quando ali nos é ensinado qual o Grande valor da alegria.
Para a alma, a alegria é o que as asas são para um passarinho, capacitando-nos a subir bem acima das coisas deste mundo. Isso fica claramente destacado em Neemias 8:10, onde se lê: "A alegria do Senhor é a vossa força". Os dias de Neemias assinalaram um ponto crucial na história do povo de Israel. Da Babilônia, retornara um remanescente judeu para a Palestina. A Lei, que desde há muito vinha sendo ignorada pelos cativos, agora estava sendo novamente estabelecida, como a norma da comunidade recentemente fundada. Eles tinham se lembrado dos muitíssimos pecados cometidos no passado, e as lágrimas muito naturalmente, se tinham misturado com as ações de graças, devido ao fato de que agora, eles eram novamente uma nação, dotados da adoração Divina e da Lei Divina entre eles. E o líder da nova nação, conhecendo perfeitamente bem, que se o espírito do povo começasse a hesitar, não poderia enfrentar e dominar as dificuldades de sua posição, disse-lhe: "Este dia, é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor, é a vossa força". (Neemias 8: l0).
A confissão de pecado, e a lamentação por ele, têm o seu devido lugar; e a comunhão com Deus, não pode ser mantida, sem esses elementos. Não obstante, quando o verdadeiro arrependimento é exercido, e as coisas são corrigidas defronte de Deus, precisamos olvidar as coisas que para trás ficam, "Avançando para as que diante de mim estão". (Filipenses 3:13).
E só podemos avançar com alacridade, quando os nossos corações estão cheios de alegria. Quão pesados os passos daquele que se aproxima do lugar onde jaz, frio na morte, um ente amado! Quão enérgicos os seus movimentos, porém, quando ele vai ao encontro de sua noiva! A lamentação não basta para as batalhas desta vida. Sempre que surge o desespero, não há mais o poder da obediência. Se não houver alegria, também não poderá haver adoração.
Meu prezado leitor, há tarefas que precisam ser realizadas, serviços ao próximo que precisam ser cumpridos, tentações a ser vencidas, batalhas a ser combatidas; e só estamos experimentalmente aptos para essas coisas, quando os nossos corações se regozijam no Senhor. Se nossas almas estiverem descansando em Cristo, se nossos corações estiverem repletos de tranquila alegria, então o nosso trabalho será fácil, nossos deveres nos parecerão agradáveis, as tristezas nos parecerão suportáveis e a constância, será possível. Nem a memória contrita dos fracassos do passado, e nem resoluções veementes nos farão avançar. Se o braço tiver de ferir com vigor, é preciso que fira sob as ordens de um coração leve. Acerca do próprio Salvador ficou registrado: "O qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia.". (Hebreus 12:2).

4. Tiramos benefício da Palavra, quando damos atenção à Raiz da alegria.
O manancial da alegria é a fé: "E o Deus da esperança, vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer.". (Romanos 15:13). Há uma admirável provisão no Evangelho, tanto naquilo que exige de nós, como naquilo que nos confere, outorgando aos corações crentes, uma aura de calma e de tranquilidade. O Evangelho tira a carga da culpa falando de paz às consciências pesadas. Remove o temor de Deus e o terror da morte que calcam a alma, enquanto ela está sob a condenação.
Confere-nos o próprio Deus, como porção dos nossos corações, como o grande objeto de nossa comunhão. O Evangelho outorga alegria, porque a alma descansa em Deus. Porém, essas bênçãos se tornam nossas, somente quando delas nos apropriarmos pessoalmente. É mister que a fé as receba; e quando isso ocorre, o coração é invadido de paz e alegria. E o segredo da alegria constante, consiste de mantermos aberto o canal, continuando tal como começáramos. É a incredulidade, que entope o canal. Se houver apenas ínfimo calor em torno da ponta de um termômetro, não nos poderemos admirar que o mercúrio assinale um grau tão baixo. Assim também, se houver uma fé fraca, a alegria não poderá ser intensa. Por isso, precisamos orar diariamente, para recebermos nova percepção sobre a preciosidade do Evangelho, nova apropriação de seu bendito conteúdo – e, então, haverá a renovação do nosso regozijo.

5. Beneficiamo-nos realmente da Palavra, quando temos o cuidado de conservar a nossa alegria.
A "Alegria no Espírito Santo" é algo inteiramente diferente da leveza natural de espírito. É produto do fato de que o Consolador habita em nossos corações e em nossos corpos, revelando-nos a Pessoa de Cristo, respondendo a todas as nossas necessidades de perdão e de purificação, assim fazendo-nos gozar de paz com Deus; e formando em nós a Pessoa de Cristo, para que Ele reine em nossas almas, subjugando-nos ao Seu controle. Não existe circunstância de prova, ou de tentação, que nos obrigue a interromper a nossa alegria, porquanto, a nós foi determinado:  "Regozijai-vos sempre". (I Tessalonicenses 5:16).
Aquele que baixou essa ordem, conhece tudo sobre o lado negro de nossas vidas, os pecados e as tristezas que nos cercam, a "muita tribulação" mediante a qual nos convém entrar no reino de Deus. A hilaridade natural, não leva em conta os "ais" de nossa sorte terrena. Logo se afrouxa, na presença das durezas próprias da vida: não pode sobreviver à perda de parentes, amigos ou da saúde. Porém, a alegria à qual somos exortados, não se limita a quaisquer séries de circunstâncias ou tipos de temperamento; e nem flutua de acordo com nossos sentimentos e com nossa sorte.
A natureza poderá impor-se aos que estão sujeitos a ela, conforme o próprio Jesus chorou, diante do sepulcro de Lázaro. No entanto, os crentes podem exclamar juntamente com Paulo: "... Entristecidos, mas sempre alegres...". (II Coríntios 6:10). O crente pode ser sobrecarregado de responsabilidades, e a sua vida pode sofrer uma série de reveses; seus planos podem ser frustrados, e suas esperanças podem ser arruinadas; o sepulcro pode fechar-se sobre entes amados que emprestaram ânimo, e doçura à sua vida, e contudo, a despeito de todos os seus desapontamentos e tristezas, o seu Senhor lhe ordena: "Regozija-te!".
Eis os apóstolos, no cárcere de Filipos, na masmorra interior, com os pés atados ao tronco, com as costas sangrando e ardendo, devido aos terríveis açoites que tinham recebido. E em que estavam ocupados? Em queixumes e ais? Indagando o que tinham feito para merecer tal tratamento? Não! À meia-noite, Paulo e Silas oravam e entoavam louvores a Deus, (Atos 16:25). Não havia qualquer pecado em suas vidas, porque estavam andando na obediência, pelo que também, o Espírito Santo sentia-se em liberdade, para tomar aquilo que era de Cristo, mostrando-o aos seus corações, de tal modo, que transbordavam de alegria. Sim, se tivermos de conservar nosso regozijo, precisamos evitar entristecer ao Espírito Santo.
Quando Cristo ocupa posição suprema, no nosso coração, a alegria o domina. Quando Ele é o Senhor de cada desejo, a fonte de cada motivo, o subjugador de cada paixão, então é que a alegria toma conta dos nossos corações, e o louvor nos ascende dos lábios. A possessão de tal alegria envolve a necessidade de tomarmos a cruz, a cada hora do dia; Deus ordenou as coisas de tal modo, que não podemos ter uma coisa sem a outra. O auto sacrifício, o decepar da mão direita, (espiritualmente falando), o arrancar do olho direito, são as avenidas, através das quais o Espírito de Deus entra em nossas almas, trazendo juntamente com Ele, a alegria do sorriso aprovador de Deus, e a certeza de Seu amor e de Sua presença.
Também muito depende da atitude com que iniciamos cada dia, em nossa vida neste mundo. Se esperamos, que as pessoas nos agradem ou nos elogiem, os desapontamentos nos deixarão aborrecidos. Se queremos que os outros nos alimentem o orgulho, nos sentiremos desprezados quando assim não acontecer. O segredo da felicidade consiste em nos esquecermos de nós mesmos, e em buscarmos a felicidade alheia. Assim como: "Mais bem-aventurado é dar que receber". (Atos 20:25), Assim também, sentimos maior felicidade em servir aos outros do que em sermos servidos.

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