6. Maior submissão aos atos Providenciais de Deus.
É natural murmurarmos, quando as coisas não nos correm bem (aos nossos olhos), mas é Sobrenatural, conservar a tranquilidade, nessas ocasiões (Levítico 10:3). É natural, sentirmo-nos desapontados quando nossos planos abortam, mas, é Sobrenatural inclinarmo-nos, ante as determinações Divinas. É natural, querermos as coisas a nosso jeito, mas, é Sobrenatural poder dizer: "Não seja feita a minha vontade, mas a tua". (Lucas 21.42). É natural, rebelarmo-nos quando algum ente querido nos é arrebatado pela morte; mas, é Sobrenatural poder dizer de todo o coração: "... O SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: ‘bendito seja o nome do SENHOR!’". (Jó 1:21).
Quando Deus Se tem tornado verdadeiramente a nossa Porção, então, aprendemos a admirar a Sua Sabedoria, e, é então também, que reconhecemos que Ele faz bem feitas, todas as coisas. Dessa maneira, por igual modo, o coração é conservado "... Em perfeita paz...", quando a mente se fixa no Senhor (Isaías 26:3). Neste particular, pois, encontramos outro teste seguro: Se a Bíblia que você estuda, está lhe ensinando que o caminho de Deus é o melhor, se isso o está levando a submeter-se sem queixumes, a todas as Suas dispensações, se você se sente capaz de dar graças a Deus por todas as coisas (Efésios 5:20), então você realmente está se beneficiando das Escrituras.
7. Mais fervorosos louvores devido à Bondade de Deus.
O louvor é o extravasamento de um coração, que encontra satisfação em Deus. A linguagem de tal pessoa é: "Bendirei ao Senhor em todo o tempo, o Seu louvor estará sempre nos meus lábios". (Salmos 34:1). Quão Abundantes são os motivos que tem o povo de Deus, para louvá-Lo! Amados com um amor eterno, feitos filhos e herdeiros, todas as coisas cooperam para o bem deles, cada uma de suas necessidades é suprida, uma eternidade de bem-aventurança lhes é assegurada – suas harpas de alegria jamais deveriam ficar silentes.
De fato, não se silenciarão enquanto desfrutarem de companheirismo com o Senhor, o qual é: "... Totalmente desejável...". (Cantares 5:16). Quanto mais crescemos no, "Conhecimento de Deus" (Colossenses 1:10), Mais haveremos de adorá-Lo. Porém, é somente na medida em que a Palavra vier habitar ricamente em nós, que ficaremos invadidos de Cânticos Espirituais (Colocensses 3:16), pois, então poderemos entoar melodias ao Senhor, em nossos corações. Quanto mais as nossas almas são impulsionadas a uma verdadeira adoração, tanto mais nos sentiremos impelidos a agradecer e a louvar ao nosso grande Deus, o que é evidência claríssima de que, nossos estudos na Palavra de Deus, nos estão beneficiando.
A ordem que seguimos nesta série, é a ordem da experiência comum a todos. Não é senão quando o homem vem a ficar inteiramente insatisfeito consigo mesmo, que começa a aspirar a Deus. A criatura decaída, iludida por Satanás, sente-se satisfeita consigo mesma, até que os seus olhos, cegados pelo pecado, sejam abertos para que possa contemplar a si mesma. O Espírito Santo, primeiramente insufla em nós, o senso de nossa própria ignorância, vaidade, pobreza espiritual e depravação, antes que nos leve a perceber e a reconhecer que somente em Deus, podem ser encontradas a verdadeira Sabedoria, a Bênção real, a Bondade perfeita e a Justiça imaculada. Nossa consciência precisa ser despertada para as nossas próprias imperfeições, antes que possamos apreciar de fato, as Perfeições Divinas.
E, quando as Perfeições de Deus são contempladas, então é que o homem se torna ainda mais cônscio da infinita distância que o separa do Deus Altíssimo. Quando aprende algo sobre as prementes reivindicações de Deus sobre ele, e também sobre sua total incapacidade de satisfazer a essas reivindicações, é que fica capacitado para ouvir e para dar acolhida às Boas Novas de que Outro satisfez plenamente essas reivindicações, para todos quantos forem levados a depositar confiança Nele. "Examinais as Escrituras", Declarou o Senhor Jesus; e acrescentou: "... São elas mesmas que testificam de Mim" (João 5:39).
Sim, as Escrituras testificam acerca de Cristo, como o Único Salvador dos pecadores que perecem, como o Único Mediador entre Deus e os homens, como o Único por intermédio de quem nos podemos aproximar de Deus Pai. Elas testificam, igualmente, acerca das admiráveis perfeições de Sua Pessoa, das Glórias variegadas de Seus ofícios, da Suficiência de Sua Obra terminada. À parte das Escrituras, Cristo não pode ser conhecido. Somente por meio delas é que Ele é revelado.
Quando o Espírito Santo toma aquilo que pertence a Cristo, e o mostra a Seu povo, dessa maneira tornando essas coisas conhecidas às almas remidas, não usa Ele outra coisa, além daquilo que está Escrito. E apesar de ser verdade que Cristo é a chave para a compreensão das Escrituras Sagradas, é igualmente verdadeiro que, somente nas Escrituras, nos é desvendado o "Mistério de Cristo", sobre o qual se lê em Efésios 3:4. Ora, na medida em que tiramos proveito de nossa leitura e estudo das Escrituras, pode ser verificado pela extensão em que Cristo Se está tornando mais real, e mais precioso para os nossos corações. O "Crescimento na Graça" é definido como um desenvolvimento, "... Na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (II Pedro 3:18).
E na segunda cláusula não é acrescentado algo à primeira; antes, há uma explicação sobre a primeira cláusula. "Conhecer" a Cristo (Filipenses 3:10), era o supremo anseio, e o grande alvo do apóstolo Paulo, um anelo e um alvo ao quais, ele subordinava todos os demais interesses. Mas, convém que prestemos toda a atenção, que o "Conhecimento" referido nesses versículos, não é o conhecimento intelectual, mas o espiritual, não é o teórico, mas o experimental, não é de natureza geral, e, sim, pessoal. Trata-se de um conhecimento Sobrenatural, propiciado ao coração regenerado, devido às operações do Espírito Santo, conforme Ele vai interpretando, e aplicando em nós as passagens bíblicas concernentes a Cristo.
Ora, o conhecimento de Cristo, que o bendito Espírito Santo outorga ao crente, por intermédio das Sagradas Escrituras, lhe é proveitoso de diferentes maneiras, de acordo com suas variadas situações, circunstâncias e necessidades. No tocante ao pão que Deus deu aos filhos de Israel, durante suas peregrinações pelo deserto, está registrado que eles, "... Colheram, uns mais, outros menos" (Êxodo 16:17). Outro tanto se dá, no caso de nosso recebimento Daquele de quem o maná era um tipo simbólico. Existe algo, na admirável Pessoa de Cristo, que se adapta exatamente a todas as nossas condições, a todas as nossas circunstâncias, e a todas as nossas necessidades, tanto para o tempo como para a eternidade; no entanto, mostramo-nos lentos para perceber tal verdade, e, mais lentos ainda, para agir de conformidade com essa verdade.
Existe uma Plenitude na pessoa de Cristo (João 1:16), e que é posta em disponibilidade, para dela tirarmos proveito. E o princípio que regula a profundidade com que nos tornaremos fortes na, "... Graça que está em Cristo Jesus" (II Timóteo 2:1),É, "Faça-se-vos conforme a vossa fé" (Mateus 9:29).
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