“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Miquéias 6:8).
O HOMEM EM RELAÇÃO AO SEU PRÓXIMO - AMOROSO: “...que ames a misericórdia...”
Caro leitor, o mundo é um “vale de ossos secos” (Ezequiel 37), e não podemos atravessar esse vale sem que nossos corações estejam consternados, em face de tanta miséria causada pelo pecado. Quando Deus salva o homem o coração agora cheio de temor é moldado em misericórdia e a pessoa passa a amar a misericórdia. No pecado os homens carregam consigo um arsenal de arma. Na tentativa de atacar a Deus terminam destruindo uns aos outros. Ao amar a misericórdia os santos andarão neste mundo tendo como objetivo servir ao Senhor e exibir no mundo as maravilhas Daquele que lhes chamou das trevas para Sua maravilhosa luz (1 Pedro 2:9).
Tentarei concluir esse assunto de uma forma bem prática. Todas as ordenanças de Deus dadas aos santos são pautadas em misericórdia. O amor de Deus nos salvos manifesta-se em “odiar o mal e apegar ao bem” (Romanos 12:9). A vida cheia de misericórdia mostra a real diferença entre o sistema mundano de vida e o sistema celestial de vida. O sistema mundano faz o contrário: “Detesta o bem e apega-se ao mal”. O viver no pecado por não estar glorificando a Deus é uma manifestação de covardia. Os homens no pecado sempre estão tramando malícias e maldades em seus corações; sempre avançam mais em mais em perversidades, porque cada membro de seus corpos estão à serviço da injustiça.
Mas não é assim o viver dos santos de Deus, porque com seus corações cheios do temor e pautados na misericórdia hão de servir aos homens neste mundo usando cada membro de seus corpos como instrumentos da justiça, por podem avançar de bondade para a bondade. Então, ao traçar o caminho da santidade, os crentes verão que os instrumentos que antes eram normalmente usados para a completa satisfação do ego deverão ser postos fora. No viver dos crentes não há mais lugar para vingança, ofensas e outras atitudes tão normais da carne. No caminho da misericórdia as nossas armas de defesa são entregues a Cristo, porquanto Ele tornou-se nosso Forte defensor.
Ao caminhar pelas veredas da misericórdia os santos perceberão que tudo o que têm receberam como empréstimo de Deus e sabem que deve ser usado como instrumentos de bênçãos. Seus corpos não serão mais instrumentos de maldades. Suas mentes devem estar ocupadas com a verdade, por isso nada mais dos lixos deste mundo. Agora brilha a glória de Cristo e o amor Dele em seus sentimentos. Agora suas bocas devem ser instrumentos não mais de palavrões, imoralidades, piadas sujas e leviandades, porquanto as almas que estão ao seu derredor precisam ser edificadas e fortalecidas em pleno resplendor de um ambiente de misericórdia e santidade.
Os bens dos santos devem ser usados como instrumentos de misericórdia. Por que não usar nossas casas, dinheiro, telefone, carro, etc. para servir? Por que não acolher os necessitados? Por que não compartilhar com os outros do conforto que Deus nos concedeu?
Onde foi que o pecado não gerou guerras, problemas, traumas, tristezas, angústias e vidas deprimidas? Vemos lares destruídos e vidas destroçadas pela maldade, mas eis que as vidas cheias de misericórdia entram para trazer alegria, restauração, coragem e vigor. Onde os santos estão com suas vidas santificadas e dedicadas as trevas recuam e o mal é silenciado.
Que notícia maravilhosa! O evangelho muda o cenário de destruição visto neste mundo! Homens e mulheres são enviados por Deus para como luzeiros neste mundo! Os verdadeiros crentes são dádivas da Nova Jerusalém à terra! Por onde eles passam tudo muda e o grande Deus passa a ser conhecido e glorificado!
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