O NOVO HOMEM EM CRISTO (23)
“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Miquéias 6:8).
O HOMEM EM RELAÇÃO AO SEU PRÓXIMO - AMOROSO: “...que ames a misericórdia...”
Caro leitor vemos o que somente a graça pode fazer, transformando o perdido num novo homem em Cristo. A justiça de Cristo reveste o homem de um viver carregado de misericórdia. De fato, não há possibilidade de viver a vida cristã neste mundo, encarar a condição deste mundo sem que o homem tenha conhecido o poder da misericórdia de Deus em seu viver. A vida passa a ser vista do ponto de vista de Deus, como foi que Ele veio, achou-nos na miséria e nos salvou da punição eterna, nos salva diariamente do poder constante do pecado e nos salvará definitivamente da presença do pecado (1 Pedro 1:9).
Percebe-se que a visão do crente deve ser carregada de misericórdia e compaixão neste mundo. Percebe-se biblicamente que a salvação bíblica desarma o homem do seu caminhar de miséria, avançando contra Deus e contra seu próximo. A misericórdia ocupa o lugar de um coração duro, obstinado, rancoroso, ingrato, vingativo e cruel. A misericórdia faz nossos lábios transbordarem de ações de graças, em lugar de maldição e amargura. A misericórdia faz com que nossas palavras não sejam mais espada de dois gumes, cortantes, ferinas e maliciosas (Romanos 3:13-18). Ao conhecer os atos de misericórdias de Deus em nosso favor, nossos caminhos tortuosos são endireitados; encaramos com profunda tristeza nosso passado sujo e queremos saudar nossos semelhantes com um bem-vindo de graciosa aceitação.
Caro leitor, quando nosso Senhor diz que requer que o homem ame a misericórdia, não há dúvida que significa atitude ainda mais profunda no relacionamento social. É um milagre, porquanto no mundo não existe isso! Por misericórdia indica que alguém me tratou de uma maneira que eu não merecia ser tratado; que o Todo poderoso me achou e me salvou da ruína e do desespero eterno quando eu andava longe Dele e vivia em franca desobediência à Sua lei.
Posso ir mais adiante tratando desse tão importante e momentoso tema. Observemos a maneira como homens que foram transformados puderam encarar a vida do ponto de vista da misericórdia. Quando o ladrão na cruz (Lucas 23), teve seus olhos abertos e conheceu que Aquele que estava pregado na cruz era o próprio Senhor e Salvador, então imediatamente seu ser foi ocupado e equipado pelas misericórdias de Deus. Ele pode perceber seu viver tão destrutivo e como realmente merecia, não somente a morte física como também a punição no castigo eterno. Com os olhos da alma abertos aquele moço não tinha lugar para a autocomiseração; não pediu ao Salvador que lhe tirasse da cruz e retornasse à sua família, a fim de ter um viver próspero neste mundo; seu orgulho próprio despencou-se no abismo e agora pode perceber que não passava de um verme que caminhava com justiça para a miséria eterna. Aquele moço ainda teve tempo para interagir corretamente com seu colega. Vemos como suas palavras estavam carregadas de justiça, de amor verdadeiro e de um vívido interesse pelo bem eterno do seu colega: “...Nem ao menos temes a Deus, estando na mesma condenação?” (Lucas 23:40). Percebemos que ali estava um homem diferente, um réu convicto, um inimigo cujas armas foram atiradas longe, a fim de agarrar-se à corda da compaixão salvadora do Senhor.
Caro amigo, você pode entender que a mensagem do evangelho trata dos atos de misericórdia de Deus? Você compreende agora que é a misericórdia de Deus que visita o homem em seus pecados, lavando-o e purificando de suas imundícies? Você entende que é o entendimento das misericórdias de Deus que abre nossas bocas para render-Lhe graças? (Salmo 107:1).
Meu desejo é que você amigo, seja visitado agora por esse Salvador; que você conheça o que realmente significa invocar o Nome dele e conhecer a salvação que transforma o coração do perdido pecador.
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