quarta-feira, 11 de julho de 2012

O NOVO HOMEM EM CRISTO (29)



Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Miquéias 6:8).
         O HOMEM EM RELAÇÃO AO SEU PRÓXIMO - AMOROSO:        “...que ames         a              misericórdia...”
         Prezado leitor tenho envidado esforços para trazer aos corações a verdade da misericórdia nos corações dos salvos. A salvação produz homens e mulheres cheios de misericórdia; a salvação desfaz todo orgulho e nos mostra o mundo como realmente é, à luz da revelação bíblica. Corações mundanos desconhecem a misericórdia; quem carrega o mundo nas mãos e ainda afirma que é crente e que vai para o céu, realmente nada conheceu da poderosa transformação que Cristo faz quando transforma o homem numa nova criação (2 Coríntios 5:17).
         A explicação anterior nos levou à necessidade de sermos homens e mulheres voltados à Palavra de Deus no viver. Creio que não há quem consiga exaurir esse assunto, porque o livro de Deus foi dado aos discípulos do Senhor. Corações não regenerados vão odiar as sagradas letras, mesmo que possuam exemplares da bíblia. A palavra de Deus é o tesouro do crente; é sua arma de defesa; é seu alimento completo, inclusive sua sobremesa. Homens e mulheres que um dia foram quebrantados pela verdade do evangelho procuram viver à luz da verdade; querem essa lâmpada para seus pés e brilham o caminho por onde andam com esse farol celestial.
         Digo mais, que um viver em santa humildade e dependência da força da graça para cada detalhe da vida é necessário para um conhecimento prático da misericórdia. Neste mundo os crentes são como ovelhas no meio de leões famintos. A salvação nos impele a depender da força de Deus, da liderança e do pastoreio Dele. A natureza carnal no crente é carregada da pólvora do orgulho, por isso é necessário que o crente seja disciplina e assim mantido amarrado ao amor de Deus. A dependência de Deus nos mantém humildes e cheios de temor. Corações contritos fogem dos perigos e sabem que não existe força maior do que a graça, a fim de enfrentar a hostilidade da carne, a impetuosa paixão mundana e os ardis de satanás.
         Caro leitor, não fomos chamados para seguir a maratona mundana, nossa rota é contrária. O mundo desce rumo à perdição com todas suas inestimáveis riquezas das amizades, parentescos e bens terrenos. Foi andando com Deus que Noé pode ser o pregoeiro da justiça. Os santos de Deus são os instrumentos de Sua misericórdia num mundo que aguarda o dilúvio da visitação de Deus.
         Corações cheios da compaixão de Deus são compelidos a orar, suplicar, interceder e lutar em favor dessa multidão que perece. Homens e mulheres cheios de misericórdia passam por cima dos interesses mundanos de fortuna e de paixões; desprezam posições e famas; estão prontos a chorar diante de Deus em favor de homens e mulheres que vagueiam nas trevas, em direção às trevas exteriores. Corações cheios da misericórdia estão dispostos a perder o que têm, porque sabem que vão ganhar infinitamente mais. Olham as multidões como ovelhas sem pastor e choram diante das atrocidades promovidas pelo engano do pecado e pela liderança tirana de Satanás.
         Foi com um coração partido de compaixão que nosso Senhor se tornou homem, e mais do que isso se posicionou como verme: “Mas eu sou verme, e não homem; opróbrio dos homens e desprezado do povo” (Salmo 22:6). Foi assim que Ele contemplou e conheceu por experiência própria minha condição tão triste! Foi assim que Ele se aproximou de minha imundície, a fim de me abraçar e me chamar para ser Dele para sempre. Sua atividade é perenemente misericórdia a cada dia, pois ainda está salvando perdidos. Seu trono ainda é o trono de misericórdia. Aquele que foi consagrado pelo Pai como Juiz de vivos e mortos, ainda é o doce e suave Senhor e Salvador dos perdidos!

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