“Mas os ímpios são
como o mar agitado, que não se pode aquietar; cujas águas lançam de si lama e
Iodo. Para os ímpios, diz o meu Deus, não há paz” (ISAÍAS 57:20,21)
CONHECENDO OS ÍMPIOS
NO ÍNTIMO: “Mas os ímpios são como o mar
agitado...”
A TERRIVEL VERDADE
VINDA DE DEUS: “...não há paz...”
Quão terrível é essa afirmação de Deus
para os ímpios! Aquele que conhece o coração de forma perfeita mostra em que
situação calamitosa se encontra o homem em sua alma. Ela está sangrando por
dentro, mesmo que por fora não pareça assim; ela está amedrontada, mesmo que
por fora o homem parece ser forte e inabalável. Onde o Senhor não habita não há
fruto e todo terreno do coração é ressequido. Onde o Senhor não reina, tudo é
treva, solidão, desespero e infelicidade. Milhares vivem assim, buscando aqui
recursos que eles acreditam que vão fazê-los satisfeitos e felizes. Mas logo
eles percebem que aquilo que satisfaz os olhos físicos de nada serve para a
angustiante alma; aquilo que parece ser razão de conquista, segurança e prazer
neste mundo, aos poucos vai perdendo seu brilho e vai apagando. O tempo e a
morte são elementos habilidosos para ceifar e aniquilar todo sonho e vaidade.
Para que todo orgulho de Faraó? Sua
obstinada raiva contra o Deus de Israel fê-lo com que caminhasse a passos
largos para sua sepultura no mar vermelho. Por que se gloriar neste vale da
sombra da morte? Não há paz, mesmo que a habitação do ímpio parece ser
indestrutível. Por que construir tão forte a habitação, achando que jamais há
de perecer? Tente ganhar o mundo, sua fortuna, amizades, fama e glória, tudo
aqui derrete como cera exposta ao sol. Da sacada do Palácio Nabucodonosor pode
ver a maravilhosa Babilônia, construída por sua força e capacidade de governar;
tudo era belo e aparentemente invulnerável. Mas, um simples toque do dedo de
Deus foi suficiente para dar ao arrogante ditador alguns anos no mato, vivendo
como um animal (Daniel 4).
Oh! Que condição tão triste para um
homem sem paz na alma! Enquanto se diverte por fora, eis que sua alma por
dentro sofre. Enquanto ingere cervejas, vinhos, refrigerantes e outras bebidas aqui,
sua alma por dentro sorve veneno. Enquanto se acha livre e solto entre os
homens, eis que sua alma se encontra amedrontada em plena escuridão. Por fora
ele vê o mundo e avança em seus sonhos vaidosos, por dentro ele não percebe que
mesmo em densas trevas os olhos do Senhor tudo vê e que está sob constantes
ameaças da morte eterna que tanto lhe fareja.
Posso afirmar também que não há paz,
mesmo que sua rota de fuga pareça ser convincente! Como assim? O fato é que o
ímpio tenta achar um meio de escapar das realidades eternas, num esforço para
fincar sua vida aqui. Não foi assim com Abimeleque (Juízes 9). Ele se ajuntou
com os moradores de Siquém para matar seus irmãos, a fim de assegurar o reino
só para si. Mas o que aconteceu foi que ele foi caminhando paulatinamente para
sua própria destruição com um amargo fim. Como escapar do juízo? Não há como!
Quanto mais longe o homem se distancia do amor salvador do Senhor, mais perto
ele fica do grande Juiz. Ou o homem se humilha perante a verdade ou então
descerá rumo ao abismo. Não há meio termo. É o orgulho do homem que o mantém
assim, tentando enfrentar Deus e recusando o amor em providenciar o Filho para
a salvação dos perdidos.
Oh! Que providência da graça! Enquanto
eu achava que tinha estrada livre pela frente procurei fugir do meu Senhor, mas
Ele foi mim buscar e conquistou meu coração para Si mesmo. Não é o que Ele faz
agora com os pecadores? Quem é o homem que deseja Deus? Nenhum! Quem é o homem
que pode usar sua vontade para buscar o Senhor? Ninguém! Sua vontade é livre
para descer pelos vales e escorregar no abismo até cair nas trevas eternais.
Precisa da graça para buscar o pobre pecador, da mesma forma que buscou Saulo
de Tarso.
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