“Irmãos,
o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação”
(ROMANOS
10:1)
COMPAIXÃO
E PUNIÇÃO – EQUILÍBRIO CRISTÃO.
Já mencionei um pouco a respeito de
Moisés e aprenderemos com Ele como é que funciona a compaixão de Deus através
do Seu povo. Se quisermos conhecer em nossas vidas o real significado na
prática do que significa a compaixão de Deus, certamente devemos conhecer nosso
Deus. O Deus da revelação bíblica só será conhecido por aquele que O ama e que
se apega à Sua palavra. Quem não se interessa pelas letras sagradas será
analfabeto no conhecimento de Deus, e é a partir dessa ignorância que vem
outros absurdos no viver.
Notemos bem o quanto Moisés conhecia o
Senhor. Percebemos em suas palavras, assim que se posicionou em interceder pelo
seu povo. Moisés viu perante si o Deus da aliança feita com Abraão; aliás, uma
aliança feita totalmente pela Sua graça. Foi assim que aquele homem aproveitou
dessa verdade para tocar no coração de Deus. Ora, ele sabia que perante ele
estava o Deus Fiel, Aquele que não pode mentir e que mostrou que de fato estava
ocupado com o povo da promessa – os descendentes de Abraão. Foi assim que
Moisés usou argumentos que tocassem no maravilhoso, compassivo e amoroso
coração de Deus. Notemos bem que Ele não ignorou a glória de Deus; ele não se
posicionou contra os juízos de Deus, a fim de defender o povo. Ele apenas lidou
com o fato que a aliança feita com Abraão foi derivada de Sua graça e compaixão
por Israel e que isso foi provado pelo fato que o Senhor veio e libertou o povo
da escravidão egípcia.
Moisés em sua comunhão com Deus
conquistou esse dom de Deus; tornou-se um homem cheio do Espírito, a fim de
lidar com uma raça rebelde. Não temos em Moisés um herói humano, conforme o
padrão buscado pelo mundo. Temos nele um homem que conheceu em sua vida o real
significado da compaixão e que por isso entender a situação do povo. Vejamos
bem que o Espírito de Deus concedeu-lhe uma liderança sábia, compassiva, mas
também lhe deu um coração cheio de capacidade de julgar. Moisés sabia o que era
amar a justiça, por isso foi ao coração de Deus, mas também sabia o que significava
odiar a iniquidade, por isso tratou com o bezerro de ouro com inflamante ódio.
Assim que se posicionou perante o povo, estava ali um homem disposto a tratar
duramente o pecado de idolatria como deveria ser tratado.
A compaixão de Deus não está separada do
juízo de Deus. Um homem cheio de compaixão é também cheio de juízo. A santidade
de Deus ordena que devemos amar a justiça e ter ódio da iniquidade. Muitos
entendem compaixão de forma diferente, porque não passa de sentimentos
humanistas. Eu vejo hoje como muitos compreendem evangelismo como atividade
social, tendo dó dos que passam fome. Em nada é errado sentir dó dos que passam
dificuldade financeira. Muitos homens de Deus lutaram para ajudar os
necessitados. Mas isso pode não significar compaixão. Durante a jornada pelo
deserto Moisés mostrou o que significava juízo e estava pronto a punir o pecado
de elementos rebeldes. Às vezes a população ficava indignada com a punição de
alguns, achando que Moisés e Arão estavam sendo cruéis com o povo. A compaixão
dos homens é cruel, a compaixão de Deus habita sob o teto da Sua graça. A
compaixão de Deus é livre para agir assim com quem Ele bem quiser, porque Ele é
Deus.
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