“Irmãos,
o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação”
(ROMANOS
10:1)
COMPAIXÃO
E PUNIÇÃO – EQUILÍBRIO CRISTÃO.
Pude tratar um pouco sobre o fato que a
compaixão de Deus não é uma emoção sem equilíbrio. O mesmo Deus que opera com
misericórdia no mundo, é o Deus que também opera em juízo e justiça (Jeremias
9:24). Vemos essa atuação de Deus mostrada em Salmo 136, num resumo histórico,
mostrando o fato que Deus atua neste mundo em salvar e punir. O Deus que entrou
no Egito para salvar Seu povo da fornalha de ferro, foi o mesmo Deus que
sepultou Faraó e seu exército no mar vermelho. Tal verdade é de grande
significado para nós, porque se desejarmos conhecer a compaixão de Deus em
nossas vidas, certamente deveremos aprender que a misericórdia opera em meio ao
juízo.
Falo isso porque o mundo religioso pensa
diferente, porque desconhece os atos de misericórdia de Deus. Vejamos esta
religião moderna, onde o que prevalece é um amor sem qualquer vínculo com juízo
e justiça. Percebe-se que onde se fala muito de amor, bondade, simpatia e
outros atrativos da natureza humana, não há qualquer sinal de misericórdia. Atos
compassivos são vistos em ambiente de guerra. Quando Napoleão passava com seus
soldados em meio aos corpos de inimigos mortos, havia um deles que que ainda
vivo pedia água. Napoleão ordenou que um dos soldados desse agua ao soldado
inimigo. Mas quando Napoleão se descuidou um pouco, aquele moço empunhou a arma
e atirou para lhe matar, mas a bala não o atingiu. Mesmo assim, Napoleão
ordenou que lhe desse agua.
Isso é apenas uma mera ilustração do que
significa misericórdia no meio dos homens. Deus opera em guerra neste mundo,
conforme o ensino do Salmo 7. Foi assim em Jericó, pois quando a mão de Deus
estava erguida para destruir aquela população, eis que algo extraordinário
aconteceu, pois ali uma mulher mostrou ser uma convertida ao Deus de Israel. É
a belíssima história de Raabe, segundo a narrativa de Josué capítulo 2. Se
anularmos essa verdade certamente não entenderemos na prática os termos: graça,
amor, bondade, ternura e outras atividades provenientes da graça de Deus no
meio dos homens. No mundo não há isso; o mundo desconhece compaixão. Quando
Deus permitiu que Roboão, o rei de Judá caísse nas mãos do rei do Egito, foi
para que aquele elemento rebelde soubesse a diferença entre um Deus compassivo
e o horror de cair nas mãos dos homens (2 Crônicas 12:8).
O rei Davi entendeu bem essa verdade,
pois quando, contra a vontade Deus contou o número do povo de Israel, ao vir a
proposta do castigo de Deus entre cair nas mãos dos inimigos ou cair nas mãos
de Deus, preferiu imediatamente cair nas mãos do Senhor, porque, segundo ele, o
Senhor era misericordioso, enquanto os homens não (2 Samuel 24). Foi essa
diferença que notáveis homens de Deus perceberam quando se viram cercados pelas
mãos cruéis de homens ímpios. Daniel sentiu essa verdade na Babilônia, por isso
orou humildemente confessando a indignidade dele e do seu povo (Israel) e assim
exaltou a magnificente atitude de misericórdia da parte do Senhor. Foi essa
mesma verdade que era desconhecida do profeta Jonas, que tanto queria a
destruição do povo ali em Nínive, por isso o livro dele encerra com grande
lição acerca da poderosa atividade compassiva de Deus no meio dos homens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário