“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim e
eu em ti; que também eles sejam um em nós para que o mundo creia que tu me
enviaste” (JOÃO 17:21-23:)
A INDESTRUTIVEL
UNIDADE: “E eu lhes dei a glória...”
Outra impressionante lição aparece na
oração do Senhor em João 17, quando Ele afirma que deu aos Seus a mesma glória
que o Pai lhe havia dado. Creio que será de grande utilidade para nós a compreensão
dessas palavras ditas pelo nosso Senhor, em Sua oração ao Pai. Será que Ele
passou para a igreja a mesma glória que Ele, como Filho sempre teve? Nosso
Senhor claramente não está referindo à glória que é atribuída a Deus, que
pertence somente a Deus e que jamais será dada a qualquer pessoa entre os
homens, ou mesmo entre os anjos.
O Senhor estava ciente dessa glória que
Ele mesmo colocou de lado, por assim dizer, a fim de ser humilhado ao baixar-Se
aqui neste mundo. Ele não perdeu essa glória, apenas não a usou, conforme vemos
em Filipenses 2:5. Ele anelava estar de volta à mesma posição ao lado do Pai,
uma vez cumprido Seu ministério aqui. A glória que estamos vendo em Sua oração
trata-se da glória que o Pai lhe deu assim que o Filho entrou no mundo. Essa
glória Ele a passa para a igreja. Creio que será de grande valor para nossas
vidas, se obtivermos o conhecimento dessa glória, passada pelo Senhor para Seus
discípulos aqui. Já sabemos que a glória pertencente à divindade jamais será
dada à igreja. A igreja nunca terá as atribuições que pertencem a Deus. A
igreja nunca será onipotente, onisciente ou onipresente; a igreja nunca terá o
atributo de ser eterna. Ela habitará a eternidade, mas ela sempre entenderá sua
história que teve inicio na queda. A igreja é santa, mas ela terá o atributo de
santidade que eternamente pertencia a Deus. E assim por diante.
A glória que o Senhor passa para Seu
povo é a glória que Deus deu ao Filho, a fim de que o mundo soubesse que era
Ele o eleito de Deus, separado por Deus e para Deus. Essa glória jamais o mundo
conhecerá, porque o mundo jaz no maligno. A glória da igreja no mundo é a mesma
glória que preservou o Filho em santidade, amor e verdade, por ser Ele
distintamente do Pai. Essa é a glória dada pelo Senhor à igreja aqui. Ela é a
igreja do Deus vivo; ela brilha a glória de Deus aqui, como uma cidade construída
sobre um alto monte (Mateus 5:14). É a glória que preserva a igreja em
santidade aqui, pois foi ela comprada com sangue e amada desde a eternidade.
Essa santidade distingue a igreja do mundo, como sendo propriedade exclusiva do
Senhor, assim como um jovem separa a moça que ama, sendo ela distinta de
qualquer outra. Não importa se a igreja sofre, passa por escuridão, sente o
ódio opressivo do mundo, a igreja é santa e trabalhada pelo Espírito para ser
apresentada ao Filho naquele grande dia.
Também, pensamos como a igreja é
gloriosamente amada: “...Cristo amou a igreja e a Si mesmo se entregou por ela”
(Efésios 5:25). Pensamos num homem que ama sua esposa, ou noiva e a cerca dessa
proteção, de tal maneira que ela se vê segura, amparada e confiante. Assim é a
igreja do Senhor. O amor de Cristo funciona como paredes e tetos de proteção
sobre Seu povo, de tal maneira que não há quem possa deturpar e manchar a
igreja. É fato que há muitos falsos crentes, mas isso não afeta o povo salvo, porque
o Senhor conhece os que Lhe pertencem.
Outro fato importante, que mostra a
glória do Senhor, passada para os eleitos é que a igreja é coberta da verdade.
A verdade é luz. Enquanto o mundo é coberto de trevas, a igreja é coberta desse
brilho de glória, proveniente da verdade que nos foi revelada. O Senhor não é
um Deus que se ocultou, em tudo o que a igreja precisa saber já foi revelado a
ela, por meio da palavra escrita.
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