“Irmãos,
o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação”
(ROMANOS
10:1)
OLHANDO
OS EXEMPLOS BÍBLICOS.
Percebemos que Neemias, sob a autoridade
do rei, foi para Jerusalém movido pela intensa compaixão de Deus em relação ao
Seu povo. Notamos como a compaixão que ferve num coração piedoso tem como fonte
o coração de Deus. Quando é mera emoção, ela não possui um comando da fonte.
Moisés sentiu compaixão pelo povo, mas percebemos que não foi natural dele; não
ocorreu como quando matou o egípcio e o escondeu. Na compaixão acesa na alma, a
pessoa busca o lugar de perfeita compaixão. Moisés entrou em ação, como se
fosse um mediador. Neemias também, pois ele foi imediatamente ao Senhor; ele
não tomou decisão por precipitação, a fim de fazer o que pensava fazer pelo
povo. É aí que vemos o real sentido de compaixão pelos nossos semelhantes.
A compaixão, quando vem de Deus ao
coração, realmente trata-se de fortes e reais emoções, mas é uma emoção sob o
controle do amor. Assim que chegou em Jerusalém Neemias não chorou mais;
precisava entrar em ação e mover o povo para agir também. Quando é mero
sentimento humano, a compaixão trabalha sozinha e é mais levada a buscar
socorros passageiros. Neemias sempre mostrou ser um homem de Deus, humilde,
capaz de enfrentar as duras oposições e buscar de Deus o socorro, porque sabia
que aquela obra era de Deus e não dele. Notamos essa compaixão na vida dos
grandes profetas do Senhor. Alguns deles pareciam ser homens de ferro, de
personalidades fortes, mas o que vemos por detrás de tudo era que aqueles
homens falavam ao povo, movidos por intensa compaixão. Quão cheio de compaixão
era Jeremias! Seus sentimentos pelo seu povo brotavam muitas vezes em lágrimas;
seus sofrimentos foram muitos, em face da perseguição dos líderes religiosos e
políticos em Jerusalém. Foi preso, jogado numa cisterna de lama, açoitado, mas
estava sempre pronto a falar a mesma mensagem e até ao fim não desistiu.
São muitos os santos de Deus que
mostraram ter seus corações inflamados de amor compassivo. Daniel é outro
modelo, pois mesmo distante de Jerusalém não cessava de orar em favor do seu
povo. Sua posição na corte babilônica não o envolveu de orgulho e é impossível
ler seu livro sem perceber o quanto amava seu Deus, que mantinha sua piedade,
mesmo em face das perseguições. Seus ingratos colegas de serviço deviam a
Daniel muito, porque foi ele que enfrentou o furioso Nabucodonosor, a fim de
livrá-los da morte. Mas é a oração dele por Israel (capítulo 9) que mostra o
quanto amoroso e carregado de misericórdia era aquele homem de Deus. Bem já
idoso pode orar com intensidade por Israel, se colocando como culpado por tudo
o que aconteceu, resultando no exílio e na destruição de Jerusalém. Daniel foi
um homem movido por intensa compaixão.
Podemos deixar de mencionar Estêvão? Um
homem cheio do Espírito e movido por uma
coragem incomum para falar a verdade de Cristo ao seu povo. Mesmo cercado por
elementos cruéis e criminosos; mesmo sendo quebrado cada membro do seu corpo
pelas pedradas e já beirando a morte ainda pode elevar sua voz e pedir do
Senhor Seu perdão em favor dos seus algozes. Não é um relato digno de nossas
meditações?
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