“Mas os ímpios são
como o mar agitado, que não se pode aquietar; cujas águas lançam de si lama e
Iodo. Para os ímpios, diz o meu Deus, não há paz” (ISAÍAS 57:20,21)
CONHECENDO OS ÍMPIOS
NO ÍNTIMO: “Mas os ímpios são como o mar
agitado...”
Há uma tremenda agitação no íntimo do
ímpio. Seu interior é como as ondas do mar, sempre revoltosas. Os ímpios sempre
estão buscando aqui um local de sossego e eles encontram certo repouso com a
família, num passeio, entre amigos, num bar, à beira de um rio, etc. Mas essa
calmaria tem pouca duração, porque ele há de retornar a tais lugares. Aquilo que
eles chamam de sossego e felicidade aqui, na realidade são lampejos que o mundo
pode transmitir. Os ímpios conseguem levar consigo seus emblemas de prazeres e
felicidade; suas lembranças sempre lhe acompanharão e serão aquilo que eles vão
falar com amigos e guardar na memória até o fim.
Religiosamente os ímpios buscam paz em
sua justiça própria. Eles criam argumentos próprios de que são bons cidadãos,
pais de família, trabalhadores, honestos e outros atributos de moralidade. Eles
sempre estão no íntimo dizendo que Deus está mentindo quando aponta seus
pecados e sua culpa. Os ímpios não são ensináveis, eles querem ensinar o
próprio Deus; eles procuram criar argumentos contra a autoridade da bíblia.
Eles não são contra os ensinos da bíblia, desde que tais ensinos não venham
molestá-los no íntimo. Os ímpios gostam das coisas conforme dita o coração;
eles preferem ficar oculto nas trevas, por isso rejeitam a luz. Eles ficam
impressionados quando ouvem do céu e querem ir para lá, mas na realidade eles
estão querendo mostrar que a forma religiosa deles fará com que eles tenham
entrada no Reino do Senhor.
A agitação no íntimo do ímpio faz com
que ele busque um sistema de paz num ambiente religioso, mas será a paz que ele
mesmo quer implantar. Normalmente vemos o ímpio buscando um ambiente agradável,
onde fala de amor, de amizade. Na realidade ele anseia por ambiente social.
Entretanto, o ímpio não gosta de ser censurado nem tolera ser visto e descoberto
no coração. Normalmente o ímpio é pronto para contribuir, mas com facilidade
pode usar a finança como meio de subornar o ambiente. Para um pastor sincero
não há uma dificuldade maior do que pastorear uma alma que jamais foi renovada
no poder da graça. Os ímpios sabem como ludibriar um pastor inseguro; sabem
como mantê-lo preso em suas mãos, a fim
de que ele pregue o que gostam de ouvir.
Mas, quão impossível haver uma quietude
permanente num coração não santificado pelo poder salvador da graça! Por mais
tranquilo que for, por mais esperto que o ímpio seja, o evangelho da glória de
Cristo vem mostrar o estado de perdição ele se encontra. O problema dele é com
Deus e não com os homens ou qualquer religião. Tudo estaria bem os apóstolos no
início da igreja. Eles não seriam maltratados, perseguidos e presos, casos
parassem de pregar sobre Jesus. Os ímpios lutam para anular a mensagem do
evangelho; eles não querem ouvir que são culpados, que vieram de uma terrível
queda em Adão e que irão para o castigo eterno. Pregar o evangelho da glória é
como puxar o tapete; eles querem manter suas aparências e determinados estão no
íntimo para “soltar os cachorros” contra os mensageiros de Deus.
Não tem um lugar mais gostoso e
aprazível para os ímpios do que o mundo. Eles estão sempre em contato; estão
sempre querendo ouvir as notícias, são ocupados com a política, finanças e os
sistemas mundanos que mais lhes interessam. Mas eis que o que parece ser paz
logo é destruído pela força da visitação de Deus. De repente os ímpios são
surpreendidos com o poder da morte, do roubo, de uma enfermidade e de outros
acontecimentos. Mas a única esperança para eles está num Deus de toda
compaixão, pois de repente, eis que um ímpio é arrancado deste sistema
maligno, a fim de conhecer a
grandiosidade da salvação que há em Cristo Jesus.
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