“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim e
eu em ti; que também eles sejam um em nós para que o mundo creia que tu me
enviaste” (JOÃO 17:21-23:)
A INDESTRUTIVEL
UNIDADE: “E eu lhes dei a glória...”
Quando nosso Senhor declara: “E eu lhes
dei a glória...” Ele refere-se à glória que lhe foi dada pelo Pai desde que
entrou no mundo. Trata-se daquela glória santificadora, quando Deus separa alguém
para si e a protege, assim como fez com Seu Filho enquanto aqui esteve. Foi a
glória que preservou o Filho em santidade, protegendo de todo mal e das
atividades do mundo e dos poderes das trevas aqui. É também a glória do amor do
Pai pelo Filho: “Este é meu Filho Amado...”. O prazer do Pai pelo Filho não foi
desfeita na humilhação; nada foi alterado e Deus comunicou essa verdade ao
homens neste mundo. Também, posso afirmar que foi a glória da verdade, para que
o Filho fosse cercado, envolvido pela luz da verdade no viver, no andar e no
propósito para o qual Ele veio ao mundo. Foi essa glória dada pelo Pai que
preservou o Senhor da maldade e da contaminação de um mundo maligno e sujo.
Mesmo carregando em Seu corpo de humilhação os pecados do Seu povo, nosso
Senhor foi guardado como o Cordeiro puro e livre de qualquer mácula, mantido
assim para a obra da redenção que seria efetuada de uma vez por todas ali na
cruz.
Foi essa a glória que Cristo passou para
Sua igreja; assim como um homem que ama sua noiva passa sua proteção, carinho,
amor e cuidado para ela, envolvendo-a por completo. Notamos essa linguagem acerca
dessa envolvente glória que reveste a igreja aqui na terra de várias maneiras
mostrada nas Escrituras. Em Efésios 5 Paulo afirma que “Cristo amou a igreja...”.
O verbo usado no tempo passado em nada altera o amor do Senhor, porque é amor
eterno. E esse amor envolve a igreja aqui na contínua proteção do Senhor, não
importa onde os santos estão; se moram distantes uns dos outros; se são pobres
aqui ou ricos ali, etc. o amor é o mesmo do Senhor em relação a todo rebanho de
ovelhas.
Na linguagem ilustrada do Senhor Ele
declara que conhece Suas ovelhas (João 10). Significa que Ele não perde nenhuma
de vista. Neste mundo somos tão limitados e mesmo que eu ame meus filhos e
minha esposa, eu fatalmente os perco de vista. Quando estão longe eu fico
incapaz de ajudar numa difícil situação. Mas não é o caso do Senhor em relação
ao Seu povo, pois conhece individualmente seu povo eleito e não perde nenhum
deles de vista; está sempre presente (Salmo 46:1), cuidando, guardando e
protegendo de todo ódio de satanás usado seu sistema mundano. Em Mateus a
linguagem do Senhor é de um filho mais velho cuidando dos seus irmãos. Era
costume dos judeus que o primogênito envolvesse seus irmãos mais novos de
segurança, caso o pai não estivesse por perto. Em Mateus Ele chama Seu povo de “Meus
pequeninos”, como se estivesse lidando com crianças.
Assim, vemos que a igreja é uma unidade.
Pode não aparecer essa unidade numa igreja, devido ao fato que muitos que
participam do rol de membros de uma igreja não são genuínos crentes. E mesmo
que todos sejam sinceros crentes, há uma unidade sim, mesmo sendo diferentes
como pessoas. A unidade é vista em que todos têm a mesma fé e lutam juntos pela
mesma causa do evangelho, como se fossem um só corpo. A igreja é indestrutível.
O fato que há diferentes igrejas, não significa que desunião. O que vemos é
discordância em doutrinas e outras coisas que são importantes. Mas a verdade é
que há uma unidade sim. Se eu encontrar um crente de outra igreja no centro da
cidade, por exemplo, mostraremos nossa unidade de fé na alegria que temos de
pertencer a Cristo. Essa é a prova da unidade. Há uma ligação inquebrável feita
pela obra da cruz na vida de todos os genuínos crentes, mesmo que sejam de
igrejas diferentes
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