quarta-feira, 27 de novembro de 2019

A INDESTRUTÍVEL UNIDADE DA IGREJA (8)



“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim e eu em ti; que também eles sejam um em nós para que o mundo creia que tu me enviaste” (JOÃO 17:21-23:)
CONHECENDO A UNIDADE NA PRÁTICA.
        Posso ir mais longe ao afirma que a unidade da igreja não é vista numa aproximação de comunhão em torno de uma organização religiosa. É claro que devemos esforçar por ter comunhão com nossa denominação. Eu mesmo sou batista e amo o movimento, pois desde meu nascimento era levado à igreja por minha mãe. Estou filiado a essa denominação a muitos anos e amo essa comunhão batista. Mas esse ajuntamento em torno de nossa denominação não significa unidade da igreja. Ela nos fortalece, anima e nos encoraja a lutar pela causa. Quando estamos juntos percebemos o quanto os verdadeiros crentes amam ao Senhor e edificam uns aos outros. Mas não significa a unidade da igreja, porque muitos dentro de uma denominação não são realmente crentes e outros buscam mais os interesses da denominação do que da causa da verdade.
         Digo mais, que a unidade da igreja não é algo que se fundamenta em alegria tosca e atividades, como churrascos, baladas evangélicas, programações sociais, e coisas do gênero. Tudo isso pode trazer alegria carnal, formar amizades e ajuntar o pessoal para que compareçam mais na igreja. Essas coisas em si mesmas não são erradas, mas elas não mostram a real unidade da igreja. Ultimamente tem sido dada muita ênfase a essas coisas, como se elas fossem essenciais para o bem da igreja. Muitos até mesmo deixam a igreja e vão à procura de outras, porque não têm essas atividades. Acontece que muitos faltam em alguns cultos, não levam a sério o culto de oração, a edificação mútua, nem tampouco dão apoio aos cultos onde é destacada a pregação do evangelho.
        Olhando de forma mais positiva, posso afirmar que a unidade da igreja é vista numa vida de fé. Percebe-se hoje que não há isso em muitas igrejas, pois não há o mesmo espírito de fé. Alguns compartilham do culto porque gostam do pastor, do ambiente, ou mesmo por causa de algumas atividades citadas, ou mesmo dos chamados louvores. Mas a fé que eles têm não é bíblica. Eles não compartilham da confissão santa vinda de uma conversão genuína. Alguns desconhecem a verdade da cruz, porque jamais experimentaram a realidade do novo nascimento. Alguns jamais pegam na bíblia para ler durante a semana, não interessam por uma vida piedosa no lar e na sociedade, por isso não se ocupam em servir, exortar, consolar e ajudar uns aos outros.
        A unidade verdade é vista nos resultados produzidos pelo evangelho. É exatamente isso o que vemos em Atos 2, porque após a conversão de mais de três mil almas, a igreja se  uniu em comunhão mostrada no temor ao Senhor e estar juntos na adoração, no partir do pão e nas orações. O evangelho é poderoso e suficiente para operar a viva fé nos corações e essa fé é igual, comum a todos os santos. Todos os crentes creem no mesmo Senhor e estão ligados a Ele no que se refere ao ocorrido na morte, sepultamento e na ressurreição do Senhor. Todos os santos podem dizer que Cristo morreu no lugar deles e é isso que mostra a unidade na fé. É óbvio que se cem crentes de uma igreja tiverem a mesma fé no Salvador que foi morto, sepultado e ressuscitado, então a unidade será vista naquela igreja.
        Essa unidade produzida pelo evangelho é mostrada no mundo inteiro. Se eu for visitar outro país, lá verei crentes com a mesma fé. A linguagem deles não interrompe a confissão que envolve a vida de todos os santos. Todos têm a mesma alegria, o mesmo sentimento e o mesmo prazer pela palavra. A unidade não discrimina a raça, a cor, a cultura, etc. Ela é igualmente preciosa na Pessoa do nosso Senhor.

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