“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim e
eu em ti; que também eles sejam um em nós para que o mundo creia que tu me
enviaste” (JOÃO 17:21-23:)
CONHECENDO A UNIDADE NA PRÁTICA.
Posso ir mais longe ao afirma que a
unidade da igreja não é vista numa aproximação de comunhão em torno de uma
organização religiosa. É claro que devemos esforçar por ter comunhão com nossa
denominação. Eu mesmo sou batista e amo o movimento, pois desde meu nascimento
era levado à igreja por minha mãe. Estou filiado a essa denominação a muitos
anos e amo essa comunhão batista. Mas esse ajuntamento em torno de nossa
denominação não significa unidade da igreja. Ela nos fortalece, anima e nos
encoraja a lutar pela causa. Quando estamos juntos percebemos o quanto os
verdadeiros crentes amam ao Senhor e edificam uns aos outros. Mas não significa
a unidade da igreja, porque muitos dentro de uma denominação não são realmente
crentes e outros buscam mais os interesses da denominação do que da causa da
verdade.
Digo
mais, que a unidade da igreja não é algo que se fundamenta em alegria tosca e
atividades, como churrascos, baladas evangélicas, programações sociais, e
coisas do gênero. Tudo isso pode trazer alegria carnal, formar amizades e
ajuntar o pessoal para que compareçam mais na igreja. Essas coisas em si mesmas
não são erradas, mas elas não mostram a real unidade da igreja. Ultimamente tem
sido dada muita ênfase a essas coisas, como se elas fossem essenciais para o
bem da igreja. Muitos até mesmo deixam a igreja e vão à procura de outras,
porque não têm essas atividades. Acontece que muitos faltam em alguns cultos,
não levam a sério o culto de oração, a edificação mútua, nem tampouco dão apoio
aos cultos onde é destacada a pregação do evangelho.
Olhando de forma mais positiva, posso
afirmar que a unidade da igreja é vista numa vida de fé. Percebe-se hoje que
não há isso em muitas igrejas, pois não há o mesmo espírito de fé. Alguns
compartilham do culto porque gostam do pastor, do ambiente, ou mesmo por causa
de algumas atividades citadas, ou mesmo dos chamados louvores. Mas a fé que
eles têm não é bíblica. Eles não compartilham da confissão santa vinda de uma
conversão genuína. Alguns desconhecem a verdade da cruz, porque jamais
experimentaram a realidade do novo nascimento. Alguns jamais pegam na bíblia
para ler durante a semana, não interessam por uma vida piedosa no lar e na
sociedade, por isso não se ocupam em servir, exortar, consolar e ajudar uns aos
outros.
A unidade verdade é vista nos resultados
produzidos pelo evangelho. É exatamente isso o que vemos em Atos 2, porque após
a conversão de mais de três mil almas, a igreja se uniu em comunhão mostrada no temor ao Senhor
e estar juntos na adoração, no partir do pão e nas orações. O evangelho é
poderoso e suficiente para operar a viva fé nos corações e essa fé é igual,
comum a todos os santos. Todos os crentes creem no mesmo Senhor e estão ligados
a Ele no que se refere ao ocorrido na morte, sepultamento e na ressurreição do
Senhor. Todos os santos podem dizer que Cristo morreu no lugar deles e é isso
que mostra a unidade na fé. É óbvio que se cem crentes de uma igreja tiverem a
mesma fé no Salvador que foi morto, sepultado e ressuscitado, então a unidade
será vista naquela igreja.
Essa unidade produzida pelo evangelho é
mostrada no mundo inteiro. Se eu for visitar outro país, lá verei crentes com a
mesma fé. A linguagem deles não interrompe a confissão que envolve a vida de
todos os santos. Todos têm a mesma alegria, o mesmo sentimento e o mesmo prazer
pela palavra. A unidade não discrimina a raça, a cor, a cultura, etc. Ela é
igualmente preciosa na Pessoa do nosso Senhor.
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