“Irmãos,
o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação”
(ROMANOS
10:1)
COMPAIXÃO
E PUNIÇÃO – EQUILÍBRIO CRISTÃO.
Notemos que a compaixão é uma visão do
Deus-Homem, de como Ele vê o homem. Foi nesse espírito de intensa compaixão que
nosso Senhor viu a multidão. É dito que Ele a viu como ovelhas sem pastor,
errantes. Foi nesse espírito que queimava Seu coração de misericórdia que nosso
Senhor se entregou, a fim de usar cada dia em benefício dos homens. Ele odiava
a religiosidade aparente; elementos que usavam a religião como mecanismo para
fazer o povo sofrer, assim como faziam os fariseus, os quais criavam cargas pesadas,
a fim de por sobre os ombros de um povo sofrido. Foi por isso que Ele usou o
verso de Miquéias: “Misericórdia quero e não sacrifícios”, para que eles
pudessem entender o que é o sofrimento de uma raça caída no pecado.
Foi nesse espírito que Ele convidou a
multidão, com Seu famoso “Vinde a mim!” do capítulo 11 de Mateus. Nosso Senhor
viu como satanás usava a religião e a política para fazer do povo os “burros de
carga” deles. Como eles não tinham descanso nem no corpo nem na alma. Por isso
o Senhor se postou como um manso animal – um boi – e convidou os pecadores
cansados e sobrecarregados para vir a Ele. Ele lhes disse que o jugo Dele era
suave, e o fardo leve. Foi nesse espírito que ele se embrenhou na sociedade,
pronto para servir os pecadores e sempre pronto para dar-lhes a paz, o perdão e
reconciliação com Deus. O “Varão de dores”, que soube o que é padecer pode entender
as lutas, sofrimentos e lágrimas dos homens. Que amor glorioso do Senhor!
Será que nós, seres humanos caídos
podemos estar cheios dessa compaixão do Senhor? Por natureza não somos assim.
Por natureza estamos prontos a pisar sobre nossos semelhantes, porque na queda caímos
nessa desgraça. Mas homens e mulheres salvos por Cristo podem conhecer as
misericórdias de Deus em suas vidas. Basta uma compreensão do amor de Cristo
para que venhamos ser tomados do mesmo amor. Se afastarmos da mensagem da cruz,
logo cairemos na jogada carnal do egoísmo. Foi isso o que estava acontecendo nas
igrejas da Galácia, porque aqueles irmãos estavam se desviando da graça para a
lei. Por isso passaram, na linguagem de Paulo, a devorar uns aos outros. Na
igreja de Corinto a mesma situação estava ocorrendo, porque desviaram da
mensagem da cruz.
Foi nesse vislumbre da misericórdia de
Deus que homens deixaram o conforto de suas famílias e países, a fim de pregar
o evangelho em lugares ermos e perigosos. Eles simplesmente ignoraram suas
vidas e se entregaram à missão de anunciar o evangelho onde milhares jamais
tinham ouvido. Muitos morrem nessa empreitada, mas muitos realmente
conquistaram corações devido ao amor e compaixão de Cristo neles.
Temos essa mesma compaixão? Alguns
conseguem ter uma visão de povos distantes, mas não conseguem ver ao seu
derredor. Podemos nós olhar nossos vizinhos e a população perdida de nossa
cidade? Nós somos semelhantes a eles; viemos da mesma queda; estamos sujeitos
aos mesmos pecados que eles praticam; éramos ímpios e perversos como eles são.
Eles estão indo para o inferno e nós estávamos indo para lá também. Por que não
lutar por eles? Por que não amá-los? Por que não podemos ver além das
aparências físicas e sociais, a fim de ver descendentes de Adão, escravos e
condenados à perdição eterna?
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