quinta-feira, 14 de novembro de 2019

A COMPAIXÃO POR NOSSOS SEMELHANTES (1)


                        
“Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação”
(ROMANOS 10:1)
INTRODUÇÃO:       Amado leitor, tomo este tema agora porque constitui para mim um grande desafio. Quando examino fico perplexo ao ver que nada há de compaixão em mim em relação aos meus semelhantes. Mas quando leio as palavras de Paulo em relação à sua nação, seu povo Israel, posso me animar mais, por saber que homens semelhantes a mim conquistaram a compaixão de Deus em relação aos seus semelhantes. Não somente Paulo, mas grande é a fileira de homens e mulheres que demonstraram fervorosamente uma compaixão abnegada em favor dos seres humanos caídos. Isso significa que posso também obter essa riqueza extraída da graça de Deus. Eu sei o quanto a queda nos tornou egoístas e perversos. Ao tratar de um tema como este sei que nada vai nos motivar a pensar nos que perecem. Vejo isso em minha própria vida e confesso a vocês que tenho de clamar a Deus que Sua compaixão venha encher minha vida.
        Ora, a bíblia está cheia desse ensino prático e doutrinário sobre as misericórdias de Deus. Foi após a grande tragédia ocorrida em Jerusalém, quando o exército caldeu tomou posse da cidade, matando milhares, pondo fogo em casas e prédios e levando cativos milhares para Babilônia e deixando atrás as marcas do que significa destruição. Foi nesse ambiente de tamanha desolação que Jeremias disse: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos destruídos, porque as suas misericórdias não têm fim” (Lamentações 3:22). Foi uma lição aprendida após esse amargo acontecimento. Quando vemos nações sendo destruídas pelos terroristas, famílias inteiras assassinadas, parece que o “sol” da misericórdia brilha mais numa ocasião dessa.
        Mas não é o momento para que esperemos que horríveis coisas aconteçam conosco ou com nosso povo, para aprendermos sobre misericórdia, porque a bíblia deve ser nosso livro de instrução doutrinária e prática. Olhemos o que Deus nos ensina, contemplemos o fato que Ele usou de misericórdia para conosco, (Tito 3:5). Acredito que o evangelho tão raso e aguado, como o que tem sido espalhado no mundo ultimamente tem mais trazido escuridão do que iluminação. Não vejo o povo chamado crente entendendo o que significa as ternas compaixões de Deus. Não vejo os que dizer ser salvos podendo compreender no íntimo o que Paulo quis dizer: “Rogos irmãos, pelas misericórdias de Deus...” (Romanos 12:1).
        Uma razão clara é que falaram da graça, do amor, mas não disseram nada acerca da condição vil do pecador em seus pecados. Vi um folheto num supermercado mostrando vários  versos da bíblia que tratam sobre a salvação e no fim orientando a pessoa a fazer uma decisão de aceitar Jesus. Esse folheto é um pequenino resumo do que acontece com o chamado evangelho falado em nossos dias. Nada é dito a respeito da condição do homem perante a lei, da miséria dele, do seu coração em estado depravado e arrogante. Não há mais aquela pregação que aponta a lança de Deus ao coração. Tudo hoje é feito de tal maneira que não crie obstáculo para o pecador, tudo é feito para que ele seja encaminhado para tal decisão, e amargamos com isso resultados desastrosos para a igreja de Deus e para o testemunho dos salvos neste mundo.

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