“Irmãos,
o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação”
(ROMANOS
10:1)
INTRODUÇÃO: Amado leitor, tomo este tema agora porque
constitui para mim um grande desafio. Quando examino fico perplexo ao ver que
nada há de compaixão em mim em relação aos meus semelhantes. Mas quando leio as
palavras de Paulo em relação à sua nação, seu povo Israel, posso me animar
mais, por saber que homens semelhantes a mim conquistaram a compaixão de Deus
em relação aos seus semelhantes. Não somente Paulo, mas grande é a fileira de
homens e mulheres que demonstraram fervorosamente uma compaixão abnegada em
favor dos seres humanos caídos. Isso significa que posso também obter essa
riqueza extraída da graça de Deus. Eu sei o quanto a queda nos tornou egoístas
e perversos. Ao tratar de um tema como este sei que nada vai nos motivar a
pensar nos que perecem. Vejo isso em minha própria vida e confesso a vocês que
tenho de clamar a Deus que Sua compaixão venha encher minha vida.
Ora, a bíblia está cheia desse ensino
prático e doutrinário sobre as misericórdias de Deus. Foi após a grande
tragédia ocorrida em Jerusalém, quando o exército caldeu tomou posse da cidade,
matando milhares, pondo fogo em casas e prédios e levando cativos milhares para
Babilônia e deixando atrás as marcas do que significa destruição. Foi nesse
ambiente de tamanha desolação que Jeremias disse: “As misericórdias do Senhor
são a causa de não sermos destruídos, porque as suas misericórdias não têm fim”
(Lamentações 3:22). Foi uma lição aprendida após esse amargo acontecimento.
Quando vemos nações sendo destruídas pelos terroristas, famílias inteiras
assassinadas, parece que o “sol” da misericórdia brilha mais numa ocasião
dessa.
Mas não é o momento para que esperemos
que horríveis coisas aconteçam conosco ou com nosso povo, para aprendermos
sobre misericórdia, porque a bíblia deve ser nosso livro de instrução
doutrinária e prática. Olhemos o que Deus nos ensina, contemplemos o fato que
Ele usou de misericórdia para conosco, (Tito 3:5). Acredito que o evangelho tão
raso e aguado, como o que tem sido espalhado no mundo ultimamente tem mais
trazido escuridão do que iluminação. Não vejo o povo chamado crente entendendo
o que significa as ternas compaixões de Deus. Não vejo os que dizer ser salvos
podendo compreender no íntimo o que Paulo quis dizer: “Rogos irmãos, pelas
misericórdias de Deus...” (Romanos 12:1).
Uma razão clara é que falaram da graça,
do amor, mas não disseram nada acerca da condição vil do pecador em seus
pecados. Vi um folheto num supermercado mostrando vários versos da bíblia que tratam sobre a salvação
e no fim orientando a pessoa a fazer uma decisão de aceitar Jesus. Esse folheto
é um pequenino resumo do que acontece com o chamado evangelho falado em nossos
dias. Nada é dito a respeito da condição do homem perante a lei, da miséria
dele, do seu coração em estado depravado e arrogante. Não há mais aquela
pregação que aponta a lança de Deus ao coração. Tudo hoje é feito de tal
maneira que não crie obstáculo para o pecador, tudo é feito para que ele seja
encaminhado para tal decisão, e amargamos com isso resultados desastrosos para
a igreja de Deus e para o testemunho dos salvos neste mundo.
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