“Irmãos,
o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação”
(ROMANOS
10:1)
OLHANDO
OS EXEMPLOS BÍBLICOS.
Tomemos a vida de Moisés como sendo um
modelo de compaixão. Ouvi uma mensagem do diretor da escola onde estudei e o
tema foi: “Moisés, o amigo de Israel”. Naquela mensagem sr. Paulo Guiley
procurou mostrar o quanto Moisés, ao interceder pelo povo, mostrou ser um
grande amigo. É claro que o pregador usou Moisés para mostrar o amor de Cristo
na cruz em favor dos pecadores. Mas aqui desejo mostrar o quanto a compaixão de
Deus envolvia aquele homem. O texto que quero tomar agora é a passagem famosa
de Êxodo 32, quando o povo de Israel fez o bezerro de ouro e numa atitude
blasfema adorou o bezerro, dizendo que foi esse ídolo que lhes havia tirado do
Egito.
Obviamente a compaixão não era
proveniente do próprio Moisés. Sem dúvida alguma ele aprendeu misericórdia na
sala de aula da graça com o próprio Senhor. Moisés era incansável em permanecer
na Tenda da Congregação, lugar onde ele permanecia com o Senhor. No capítulo 32
vemos como Moisés tinha um conhecimento profundo do seu Deus; ele O conhecia
como o Deus de Abraão, o Deus que fez as promessas, a aliança e ligou Israel
nessa aliança. Por esse fato Moisés orou com sabedoria, foi incisivo e
vitorioso em sua intercessão. Assim, quando ele percebeu a gravidade da
situação, que o povo havia pecado contra o Senhor; quando ele percebeu a fúria
para destruir o povo, imediatamente Moisés se colocou entre Deus e o povo. Isso
é compaixão. Moisés não estava interessado em si; não tinha ambições terrenas,
pois já havia renunciado o Egito com suas grandezas. Ele se entregou, a fim de
sofrer pelo povo de Deus e com esse povo. Por isso ele foi ousado em sua petição.
Nota-se que a compaixão não é desligada
de conhecimento; não é veiculada por meras emoções. Ter compaixão significa que
a pessoa experimentou isso em sua vida, porque Deus usou de compaixão para com
ele, por isso ele pode usar de compaixão com seus semelhantes. Deus usa seres
humanos nos contatos com outros seres humanos. Os anjos nunca seriam
instrumentos de compaixão, porque eles nada sabem disso, mas homens salvos
sabem. Outra nota importante é que a compaixão não se desliga do juízo. Ambos
estão interligados. O Deus de toda compaixão é o mesmo Deus que vem em Sua
fúria contra os inimigos. Moisés foi assim, pois quando desceu do monte e viu a
realidade do que havia acontecido, não encobriu a maldade do povo. Moisés foi
forte e capaz de lidar com a situação, ordenando que milhares fossem mortos,
mas ele fez isso não usando a espada de Deus, mas sim aqueles que realmente
estivessem dispostos a lidar com a situação.
Podemos aprender a conquistar compaixão?
Claro que podemos! A razão óbvia é que Deus usou de compaixão conosco. Tenho
percebido que quanto mais afligidos somos aqui, mais cresce a compaixão de Deus
em nós. Quanto mais estivermos perto do Deus que nos amou em Cristo, mais
conquistaremos dessa imensidão do coração de Deus. Quanto mais distantes da
palavra e mais perto do mundo estivermos, mais ocos, levianos e egoístas
seremos em nosso trato com seres que estão ao nosso derredor, os quais caminho
céleres para o abismo de horror – o inferno.
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