"Simeão os
abençoou e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este menino está destinado
tanto para a ruína como para o levantamento de muitos em Israel, e para ser
alvo de contradição (também uma espada traspassará a tua própria alma), para
que se manifestem os pensamentos de
muitos corações". Lucas 2:34,35
Amigo leitor é mister que voltemos
nossos corações para aquilo que o Grande Deus nos mostra em sua maravilhosa e
gloriosa palavra. A passagem lida nos leva de volta a dois mil anos atrás
quando Jesus, pequeno infante é levado nos braços de sua mãe para Jerusalém com
a finalidade de ser apresentado no templo como era o costume dos pais judeus
consagrarem todo filho primogênito ao Senhor. Maria e José fizeram uma longa
viagem de Nazaré até Jerusalém com todas as dificuldades que existia naquele
tempo para realizar essas viagens. Foi uma viagem que durou pelo menos três
dias.
Mas eles tinham gozo e contentamento
nos seus corações em obedecer a ordenança de Deus consagrando a Deus o próprio
Filho de Deus. Que felicidade para aqueles pais! Que prazer em serem usados por
Deus para que as Escrituras fossem cumpridas e Deus enviasse Seu Messias
prometido ao mundo. Eles eram pobres, e por isso não podiam oferecer como sacrifício
um cordeiro, então deram para sacrifício um par de rolas, ou dois pombinhos.
Mas aquela viagem a Jerusalém traria maiores surpresas para aquele casal cheio
de gozo celestial. Estava em Jerusalém,
exatamente no templo, um homem chamado Simeão. Tinha muitas e muitas pessoas no
grande templo em Jerusalém, e aquele
casal pobre passava desapercebido aos olhos da multidão. Eles nada tinham que
chamasse a atenção de qualquer pessoa. Eram pessoas comuns como qualquer outra
que ali se achava. Ninguém sabia que nos braços daquela mulher simples se
encontrava aquele que era o próprio Filho do Deus vivo, o glorioso Messias
prometido.
Aparentemente era uma criança como
qualquer outra. Mas eis que Deus tinha algo para mostrar especialmente a Maria
com respeito a criança, e era também necessário que fosse escrito para que nós
ficássemos sabendo através da revelação escrita. Deus havia preparado Simeão,
um homem de Deus. A bíblia não fala a idade desse piedoso judeu. Era um crente
genuíno; era alguém, que sem dúvidas sempre voltou seu coração para as
Escrituras Sagradas, e tinha uma ardente expectativa de conhecer o Messias
prometido. Mas, tem algo ainda mais extraordinário na vida desse Judeu que
aparece de forma tão inesperada em Lucas, e que até mesmo aqueles que são
zelosos na leitura da bíblia não prestam atenção a importância daquilo que ele
falou no texto.
Se o Espírito de Deus inspirou Lucas
para que Ele escrevesse esse acontecimento, é porque Ele tinha algo a nos
ensinar. A diferença entre Simeão e os outros Judeus, é que a maior parte
daquele povo aguardava um Messias diferente. Eles aguardavam um homem que viria
para assentar-se no trono de Davi e reinasse, dominando o mundo e fazendo com
que o povo Judeu saísse daquela servidão Romana e passasse a ser o povo que
dominasse o mundo. Eles tinham uma visão política a respeito do Messias
Prometido. Seus olhos estavam como que cegados pela dureza de seus próprios
corações, e então não podiam passar além daquilo que eles desejavam ter no seu
egoísmo mundano.
Até hoje o povo Judeu pensa assim.
Jesus para eles não passou de um mero profeta, que se encontra até num nível
inferior a Maomé. Mas se voltarmos para analisar a vida de Simeão poderemos
aprender que no meio daquele povo escravizado aos seus desejos pecaminosos,
Deus tinha um pequeno povo que esperava o Messias com uma expectativa
diferente. Eles viam o Messias prometido como o glorioso Salvador. Em qualquer
época Deus sempre tem seus eleitos que nunca se curvam perante Baal, provando
aquilo que está escrito em Romanos 9 que Deus atua por meio da eleição de
alguns, enquanto os outros ficam endurecidos.
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