quarta-feira, 19 de novembro de 2014

PUNIÇÃO E SALVAÇÃO (1)



"Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este menino está destinado tanto para a ruína como para o levantamento de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição (também uma espada traspassará a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos  de muitos corações". Lucas 2:34,35
         Amigo leitor é mister que voltemos nossos corações para aquilo que o Grande Deus nos mostra em sua maravilhosa e gloriosa palavra. A passagem lida nos leva de volta a dois mil anos atrás quando Jesus, pequeno infante é levado nos braços de sua mãe para Jerusalém com a finalidade de ser apresentado no templo como era o costume dos pais judeus consagrarem todo filho primogênito ao Senhor. Maria e José fizeram uma longa viagem de Nazaré até Jerusalém com todas as dificuldades que existia naquele tempo para realizar essas viagens. Foi uma viagem que durou pelo menos três dias.
         Mas eles tinham gozo e contentamento nos seus corações em obedecer a ordenança de Deus consagrando a Deus o próprio Filho de Deus. Que felicidade para aqueles pais! Que prazer em serem usados por Deus para que as Escrituras fossem cumpridas e Deus enviasse Seu Messias prometido ao mundo. Eles eram pobres, e por isso não podiam oferecer como sacrifício um cordeiro, então deram para sacrifício um par de rolas, ou dois pombinhos. Mas aquela viagem a Jerusalém traria maiores surpresas para aquele casal cheio de gozo celestial.  Estava em Jerusalém, exatamente no templo, um homem chamado Simeão. Tinha muitas e muitas pessoas no grande templo em Jerusalém, e  aquele casal pobre passava desapercebido aos olhos da multidão. Eles nada tinham que chamasse a atenção de qualquer pessoa. Eram pessoas comuns como qualquer outra que ali se achava. Ninguém sabia que nos braços daquela mulher simples se encontrava aquele que era o próprio Filho do Deus vivo, o glorioso Messias prometido.
         Aparentemente era uma criança como qualquer outra. Mas eis que Deus tinha algo para mostrar especialmente a Maria com respeito a criança, e era também necessário que fosse escrito para que nós ficássemos sabendo através da revelação escrita. Deus havia preparado Simeão, um homem de Deus. A bíblia não fala a idade desse piedoso judeu. Era um crente genuíno; era alguém, que sem dúvidas sempre voltou seu coração para as Escrituras Sagradas, e tinha uma ardente expectativa de conhecer o Messias prometido. Mas, tem algo ainda mais extraordinário na vida desse Judeu que aparece de forma tão inesperada em Lucas, e que até mesmo aqueles que são zelosos na leitura da bíblia não prestam atenção a importância daquilo que ele falou no texto.
         Se o Espírito de Deus inspirou Lucas para que Ele escrevesse esse acontecimento, é porque Ele tinha algo a nos ensinar. A diferença entre Simeão e os outros Judeus, é que a maior parte daquele povo aguardava um Messias diferente. Eles aguardavam um homem que viria para assentar-se no trono de Davi e reinasse, dominando o mundo e fazendo com que o povo Judeu saísse daquela servidão Romana e passasse a ser o povo que dominasse o mundo. Eles tinham uma visão política a respeito do Messias Prometido. Seus olhos estavam como que cegados pela dureza de seus próprios corações, e então não podiam passar além daquilo que eles desejavam ter no seu egoísmo mundano.
         Até hoje o povo Judeu pensa assim. Jesus para eles não passou de um mero profeta, que se encontra até num nível inferior a Maomé. Mas se voltarmos para analisar a vida de Simeão poderemos aprender que no meio daquele povo escravizado aos seus desejos pecaminosos, Deus tinha um pequeno povo que esperava o Messias com uma expectativa diferente. Eles viam o Messias prometido como o glorioso Salvador. Em qualquer época Deus sempre tem seus eleitos que nunca se curvam perante Baal, provando aquilo que está escrito em Romanos 9 que Deus atua por meio da eleição de alguns, enquanto os outros ficam endurecidos.


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