“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!
Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está
nos céus. Muitos naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não
temos nós profetizado em teu Nome, e em teu Nome não expelimos demônios, e em
teu Nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca
vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”. (Mateus
7:21-23)
A
DIFERENÇA VISTA NO PRESENTE: “Nem
todo o que me diz...”
Caro leitor, os salvos não são
reconhecidos pelo mero falar: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!”. Outra
notável lição aparece no texto e precisamos extraí-la para nosso bem. Quando
nosso Cristo fala: “Senhor, Senhor!”, certamente Ele está mostrando Sua
indiscutível divindade. Nosso Senhor não é um mero profeta, não é um mero
personagem que apareceu na história. Ele é o próprio Jeová e transmite isso em
todos os Seus ensinos. Os fariseus e judeus endurecidos simplesmente odiavam os
ensinos do Senhor, porque Ele sempre transmitia com clareza o fato que Ele veio
de Deus e era o próprio Deus que se fez carne e veio habitar entre nós seres
humanos.
Os verdadeiros crentes, entretanto,
conhecem o Senhor no coração, porque confessaram isso quando foram salvos
(Romanos 10:9). É impossível haver conversão verdadeira sem uma aceitação no
íntimo da divindade de Cristo. Por isso falar: “Senhor, Senhor!” é para os
crentes uma definição da fé nesse Salvador bendito como Senhor e Deus. Quem
honra Cristo, honra automaticamente o Pai. Ora, homens em todos os lugares
podem falar: “Senhor, Senhor!” sem qualquer ligação com o Filho de Deus. Os
fariseus faziam isso; no Velho Testamento os falsos profetas falavam o Nome de
Jeová, a fim de encobrir os falsos
deuses. Notamos também que os falsos mestres em nossos dias falam: “Senhor,
Senhor!”. Até parecem que são verdadeiros crentes, pois oram com eloquência e
com força nas palavras, pois precisam demonstrar aos seus fieis que são modelos
nessa crença deles. Digo mais, que bocas profanas dizem “Senhor, Senhor!”.
Vemos elementos carregando o mundo em seus braços, entrando nas igrejas e
afirmando que estão louvando ao Senhor. Suas músicas estão cheias desse frenesi
mundano e carnal e milhares são ludibriados no coração quando pensam que o
louvor deles é o mais entusiasmado louvor que existe.
Mas, como podemos reconhecer o que
significa: “Senhor, Senhor!”? É claro que não podemos condenar a euforia de um
coração alegre pela sua salvação. Os verdadeiros salvos sentem profundo gozo e
regozijam por aquilo que Cristo fez por eles, conforme a letra da primeira
estrofe de um antigo hino:
Oh!
Minha alma, sem demora,
Ergue-te
para entoar.
Os
louvores do teu Cristo,
E
Seu Nome celebrar!
Pra
remir-te Sua vida te quis dar.
Mas o gozo e alegria se extravasam nas
emoções resultantes da verdade. O verdadeiro louvor é fundido no fogo do
Espírito e da verdade revelada (João 4:24). Não precisamos do mundo nem do fogo
ardente das paixões carnais, porque nosso Senhor chama isso de fogo estranho
(Levítico 10:1). Oh! Quanto tal louvor engrandece a Deus e Sua tão grande
salvação! Caro leitor, nosso Senhor deixa bem claro no texto que o real
significado do viver cristão é fazer a vontade de Deus: “Aquele que faz a
vontade do meu Pai...”. Notemos bem como os verdadeiros crentes são
reconhecidos e vistos neste mundo: como aqueles que fazem a vontade de Deus.
Quanta motivação para nossa humilhação e humildade! Quanta motivação para viver
na dependência do Senhor em todos os aspectos de nosso viver! Eis aí a base
certa do viver dos salvos e nisso eles estão apegados, pois é a Rocha dos
séculos
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