quarta-feira, 19 de novembro de 2014

OS SALVOS E OS NÃO SALVOS (3)




Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu Nome, e em teu Nome não expelimos demônios, e em teu Nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”. (Mateus 7:21-23)
A DIFERENÇA VISTA NO PRESENTE:       Nem todo o que me diz...”
         Caro leitor, os salvos não são reconhecidos pelo mero falar: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!”. Outra notável lição aparece no texto e precisamos extraí-la para nosso bem. Quando nosso Cristo fala: “Senhor, Senhor!”, certamente Ele está mostrando Sua indiscutível divindade. Nosso Senhor não é um mero profeta, não é um mero personagem que apareceu na história. Ele é o próprio Jeová e transmite isso em todos os Seus ensinos. Os fariseus e judeus endurecidos simplesmente odiavam os ensinos do Senhor, porque Ele sempre transmitia com clareza o fato que Ele veio de Deus e era o próprio Deus que se fez carne e veio habitar entre nós seres humanos.
         Os verdadeiros crentes, entretanto, conhecem o Senhor no coração, porque confessaram isso quando foram salvos (Romanos 10:9). É impossível haver conversão verdadeira sem uma aceitação no íntimo da divindade de Cristo. Por isso falar: “Senhor, Senhor!” é para os crentes uma definição da fé nesse Salvador bendito como Senhor e Deus. Quem honra Cristo, honra automaticamente o Pai. Ora, homens em todos os lugares podem falar: “Senhor, Senhor!” sem qualquer ligação com o Filho de Deus. Os fariseus faziam isso; no Velho Testamento os falsos profetas falavam o Nome de Jeová,  a fim de encobrir os falsos deuses. Notamos também que os falsos mestres em nossos dias falam: “Senhor, Senhor!”. Até parecem que são verdadeiros crentes, pois oram com eloquência e com força nas palavras, pois precisam demonstrar aos seus fieis que são modelos nessa crença deles. Digo mais, que bocas profanas dizem “Senhor, Senhor!”. Vemos elementos carregando o mundo em seus braços, entrando nas igrejas e afirmando que estão louvando ao Senhor. Suas músicas estão cheias desse frenesi mundano e carnal e milhares são ludibriados no coração quando pensam que o louvor deles é o mais entusiasmado louvor que existe.
         Mas, como podemos reconhecer o que significa: “Senhor, Senhor!”? É claro que não podemos condenar a euforia de um coração alegre pela sua salvação. Os verdadeiros salvos sentem profundo gozo e regozijam por aquilo que Cristo fez por eles, conforme a letra da primeira estrofe de um antigo hino:
                                                        Oh! Minha alma, sem demora,
                                                        Ergue-te para entoar.
                                                        Os louvores do teu Cristo,
                                                        E Seu Nome celebrar!
                                                        Pra remir-te Sua vida te quis dar.
         Mas o gozo e alegria se extravasam nas emoções resultantes da verdade. O verdadeiro louvor é fundido no fogo do Espírito e da verdade revelada (João 4:24). Não precisamos do mundo nem do fogo ardente das paixões carnais, porque nosso Senhor chama isso de fogo estranho (Levítico 10:1). Oh! Quanto tal louvor engrandece a Deus e Sua tão grande salvação! Caro leitor, nosso Senhor deixa bem claro no texto que o real significado do viver cristão é fazer a vontade de Deus: “Aquele que faz a vontade do meu Pai...”. Notemos bem como os verdadeiros crentes são reconhecidos e vistos neste mundo: como aqueles que fazem a vontade de Deus. Quanta motivação para nossa humilhação e humildade! Quanta motivação para viver na dependência do Senhor em todos os aspectos de nosso viver! Eis aí a base certa do viver dos salvos e nisso eles estão apegados, pois é a Rocha dos séculos

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