LUCAS
18:18-23
ELE
CHEGA A CRISTO COM UMA LINGUAGEM LISONJEIRA: “...bom Mestre,que farei para herdar
a vida eterna?”
Caro leitor estamos vendo como aquele
homem chegou a Jesus, aparentemente com desejo de ter a vida eterna, mas suas
palavras logo revelaram os segredos de um coração humanista, pervertido, que
guardava intenções ímpias. Suas palavras mostram que Ele realmente não buscava
a verdade; que no íntimo não tinha fome pela justiça de Deus; que estava ali na
presença do Senhor a fim de ostentar seu poderio financeiro e sua religiosidade
da aparência.
Homens assim normalmente são
envolventes em suas religiões; são capazes de fazer amizades fortes com
elementos interesseiros. Eles são como o rei Acabe, tendo ao derredor pessoas
com habilidades para falar-lhe palavras que interessam aos seus ouvidos
carnais. Homens assim têm recursos para pagar muito bem aos pastores avarentos,
a fim de que orem em favor de seus interesses mundanos. Acabe queria ter
Micaías de longe; queria manter os profetas de Deus bem distantes, porque não
queria ser descoberto em suas reais intenções de poder, fama e glórias às
custas do sofrimento dos outros.
Então, aquele homem se depara, não com
um profeta como Elias, Eliseu, Micaías e outros homens de Deus do passado. Ele
compareceu perante o Sumo profeta. Aquele que estava ali perante a sua face
incrédula era o próprio Deus. Um profeta humano, mas fiel seria suficiente para
desbravar seu coração. Mas acontece que muitos homens de Deus, devido sua
fraqueza, algumas vezes são vencidos pelos homens. Mas nosso Senhor não. Aquele
homem chegou trazendo palavras melosas, bonitas, atraentes. Ali estava o velho
homem querendo agir como o diabo agiu; ali estava o velho adão no anseio por
glórias humanas, querendo ser exaltado pelo homem, querendo obter melhor
plataforma para alcançar seus desígnios cruéis, querendo mais favores para
continuar sua jornada de impiedade.
Ó quanto o homem quer se exaltar no
pecado! Ó quanto ele quer subir às alturas, a fim de ser igual a Deus! Ó quanto
segue firmemente o caminho do engano, da manipulação religiosa, da disposição
de encarar e desafiar os atributos divinos! Ó como no pecado os homens lançam
fora qualquer temor e não reconhecem que não passam de meros mortais! Suas
intenções malignas ficam encobertas aos olhos dos homens, mas não podem
prevalecer quando estão diante da luz penetrante e cortante do evangelho da
glória de Cristo. Foi assim com aquele homem rico; ele foi ao encontro de um
homem – Jesus; não foi Jesus que foi ao encontro dele. Não houve ali um
encontro entre a graça e a fé, mas sim um encontro da incredulidade perante o
Senhor, o qual conhece de longe o soberbo.
Esses encontros normalmente resultam em
maiores prejuízos para os corações incrédulos. Quando Félix se postou para
ouvir a mensagem de Paulo, nada houve ali de atração para o governador. Ao
querer ouvir um homem, sua incredulidade ouviu palavras desagraveis de juízo,
por essa razão fugiu. A incredulidade é assim, ela se espanta e foge como uma
víbora que sente o calor do fogo. A incredulidade só se sente bem enquanto
transita pelo tapete mundano; não pode suportar a presença da luz e prefere
viver na escuridão como vivem os morcegos.
Ó meu caro leitor, como tem sido sua
reação diante da verdade que nos foi revelada? Há um santo prazer em seu
coração diante do evangelho? É tesouro para sua alma? Cuidado com os lugares
pintados de cores reluzentes! Cuidado com satanás, porque espertamente ele cria
ambientes que parecem de luz, mas não passa de mentiras, porque seu alvo é
atrair corações soberbos para o caminho da perdição e mantê-los longe, o mais
distante possível da salvação.
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