“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram
os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava
dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou como sequidão de estio” Salmo 32: 3,4.
A CAUSA DA
INFELICIDADE
Já pudemos ver nos dois primeiros
versos deste Salmo o que considero ser o fundamento de uma vida feliz. Nenhuma
alma pode ser bem-aventurada se não obteve mediante o sangue do Filho de Deus,
perdão e purificação dos seus pecados, sendo assim cancelada sua culpa e débito
perante Deus e sendo justificado. Toda tentativa em prosseguir é inútil; toda
felicidade sem essa estrutura eterna debaixo dos pés não passa de ser algo
extremamente perigoso para a alma. Se já houve o encontro com o Bendito
Salvador mediante sincera confissão de fé que se estriba na autoridade da
Palavra de Deus, pode estar certo que é uma pessoa feliz. Tal fato está
registrado no coração; a verdade está gravada no íntimo e dali ninguém pode
arrancá-la; a paz de Deus perdurará para sempre independente das
circunstâncias, porquanto sua fé está firmada naquele que não pode mentir.
Vamos passar para os versos 3 e 4,
porquanto o Espírito Santo nos mostra a gravidade do pecado não confessado. Até
mesmo os chamados evangélicos têm ignorado isso. Há, deveras, muita brincadeira
com o pecado em nossos dias trazendo a ausência de temor a Deus, o temor
reverente, subordinado à Sua Palavra escrita. O mundo agora grita ao nosso
derredor afirmando que não há nenhum problema com respeito ao pecado.
Fabricaram um deus agradável à natureza adâmica e fazem cultos ao redor da “fogueira santa”; conseguiram misturar iniqüidade com ajuntamento solene
para cultuar a esse deus. Mas a verdade imutável é que pecado continua sendo
pecado, assim como veneno será sempre veneno, e suas conseqüências são funestas
em todos os aspectos do viver. A Palavra de Deus denuncia o pecado, xinga o
pecado, publica seus terrores, manifesta sua enganosidade, expõe suas diversas
manifestações monstruosas, adverte a respeito de suas conseqüências eternas e
anuncia que o Senhor Jesus é Glorioso e triunfante contra todo poder daquilo
que tem sido o ópio da raça humana e de toda criação.
Prosseguindo, podemos afirmar a
respeito da Ira de Deus contra o pecado. Enquanto qualquer tipo de pecado
permanece perante a vista do Santíssimo, certamente Seu ódio será manifestado.
Um viver debaixo do pecado é estar debaixo da Ira de Deus. Como o homem pode
viver como inimigo de Deus? Viver no pecado é miséria aqui; morrer no pecado é
miséria eterna. Não há segurança alguma no pecado; nada há que possa cobrir o
pecado, nem oração, nem atividade religiosa, nem qualquer obra feita, mesmo com
extremo sacrifício; tudo que parece ser felicidade no pecado é uma armadilha
oculta; divertir-se no pecado é fazer aliança com a morte e com o além, tendo a
mentira e a falsidade como esconderijos (Isaías 28:15).
Os versos 3 e 4 do Salmo 32 mostram o
perigo que envolve a alma que ignora tal verdade. Que o Senhor venha despertar
aquele que agora dorme o perigoso sono da alma! Às vezes uma “alfinetada” de
Deus faz uma pessoa ser acordada espiritualmente. O Deus de toda misericórdia
faz isso através de circunstâncias difíceis na vida a fim de levar pessoas para
conhecê-Lo através da Sua revelação escrita. Ele sabe como abrir os ouvidos
daqueles que estão surdos, a fim de escutar a doce mensagem do evangelho.
Meu
amigo, talvez você esteja achando que “duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (João 6:60). Mas eu venho lembrar-lhe que o evangelho
bíblico é a boa nova do céu. Como a mensagem vinda do Amor Gracioso de Deus
será Boa Nova para você sem que antes saiba a respeito dos terrores e
armadilhas que envolvem sua alma? Volte agora seus olhos para os dois primeiros
versos do Salmo 32. Eles vão lembrar-lhe que o homem bem-aventurado é aquele, “cujas iniqüidades
foram perdoadas, e cujo pecado foi coberto”.
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