“Mas, segundo a tua dureza e coração
impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do
justo juízo de Deus” (Romanos 2:5).
OS DOIS TERRÍVEIS PECADOS:
Caro leitor,
homens e mulheres, por causa de seus corações endurecidos no pecado mostram
pelos seus atos que são impenitentes, pois não se curvam em obediência a
Palavra de Deus, por essa razão estão neste mundo acumulando ira para o Dia da
Ira. Milhares ignoram isso; milhares acham que a vida é uma plena satisfação;
milhares não percebem que todo bem que usufruem nesta vida é Deus lhes
mostrando o caminho do arrependimento. Mas quero agora enfatizar a realidade da
triste consequência de estar neste mundo entesourando ira. Não devemos passar
por cima desse fato; não devemos ignorar um ensino tão importante como esse;
não devemos pensar que isso é ridículo, que é fruto do pensamento de Paulo e
que não é exatamente assim. Não devemos olhar com frieza o que a Palavra de
Deus ensina acerca do futuro eterno das almas impenitentes. Não esqueçamos que
é Deus quem está falando, que Paulo falou na inspiração do Espírito de Deus e
que toda Escritura deve ser levada a sério em nosso viver.
O
que significar estar neste mundo ajuntando ira? Meditemos nisso, porque é fato
que os salvos estão neste mundo debaixo do amor de Deus. Lembra o que Jesus
disse aos discípulos, para acumular tesouro no céu? Os salvos fazem isso,
porquanto sabem que nada têm neste mundo e nenhum tesouro mundano pode entrar
no céu. Os salvos aguardam os tesouros celestiais e estão certos que aquilo que
virá é incomparavelmente melhor do que ouro e bens terrenos e transitórios.
Essa verdade encheu os corações dos santos da igreja de Colossos, pois quando
perceberam que seus olhos foram abertos e que foram transportados deste mundo
para o reino de amor de Cristo, imediatamente suas vidas foram norteadas a
viver de forma diferente. Em Colossenses 1:3-5, Paulo fala que continuamente
dava graças a Deus pela obra da graça que ocorrera ali: “Damos sempre graças a Deus, Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós, desde que ouvimos da vossa
fé em Cristo Jesus e do amor que tendes para com todos os santos; por causa da
esperança que vos está preservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra
da verdade do evangelho”.
Note
bem caro leitor que a esperança preservada nos céus motivou aqueles santos a
viverem cheios de fé e de amor neste mundo. Quando ouviram o evangelho e foram
salvos, imediatamente a verdade encheu seus corações de alegria, então passaram
a viver em sabedoria; passaram a usar seus corpos no serviço do Senhor e à
serviço dos santos. É isso o que ocorre com os verdadeiros crentes, pois
percebem a transitoriedade desta vida e que um dia deixarão tudo aqui. Mesmos
os santos do Velho Testamento pensavam igualmente. Notemos a vida do crente
Abraão. Por que aquele homem vivia como vivia? Por que preferia habitar em
tendas, peregrinando de um lugar para outro? A resposta está em Hebreus 11:10:
“Porque
aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador”.
Veja amigo, como essas passagens nos revelam o caráter dos verdadeiros crentes;
porque eles viviam pela fé e em nada punham seus corações nos bens deste mundo.
Mesmo um José, posto em alta posição no Egito em alterou seu viver subordinado
a Deus e a graça, pois pediu que depois da sua morte seus ossos fossem
transportando para Canaã (Gênesis 50:25). Que lição de fé! Que compreensão
clara da inutilidade deste mundo! Que convicção firme da ressurreição!
Caro
leitor o testemunho do viver do crente neste mundo revela que não é loucura a
decisão deles de não amar o mundo. Quando Deus abre os olhos espirituais, então
homens e mulheres passam a ver que loucura e suicídio é ajuntar viver neste
mundo, ajuntando aqui não dinheiro, não bens, não felicidade, mas sim lenha e
mais lenha seca para o fogo terrível da Ira de Deus!
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