“Mas,
vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão e lhe
disse: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós; pois, quanto a este
Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe terá sucedido”
(EXODO 32:1)
O DEUS DE MISERICÓRDIA
Caro
leitor, chegou o momento mais importante ao tratar de um tema como esse: “Que
Deus é o seu deus?”. Os pregadores foram chamados a pregar todo conselho de
Deus, nada omitindo da verdade. É necessário mostrar que nosso Deus é glorioso
em Sua ira, como é glorioso em Sua compaixão e os pecadores precisam saber
disso. Se eles não enxergarem os terrores do juízo, como apelarão para a
misericórdia? Enquanto esse trono da graça estiver com seu acesso aberto para
os pecadores, importa que anunciemos a todos que ainda há compaixão. Ester
corajosamente compareceu perante o rei Assuero e o cetro de ouro foi estendido
para ela. Se um monarca humano pode externar sua boa vontade em favor de
alguém, quanto mais o Deus que é riquíssimo em misericórdia.
Caro
leitor, voltando ao texto de Êxodo, enquanto eles fabricavam seu deus lá baixo,
o Onipotente via tudo lá de cima. Para o Senhor não existe distância, não existem
milhões de kilômetros para Deus, pois tudo está ao alcance de Seus olhos. Não
há esconderijo para o Senhor. No entendimento natural daquele povo que farreava
ao pé do monte, Deus era como um deus qualquer, como qualquer ser humano. Seus
corações estavam dominados pelas mentiras do pecado, por isso fabricaram aquele
deus bezerro. Para eles Deus era semelhante a Moisés. Moisés sumiu Deus também
sumiu, mas o que era impossibilidade para Moisés, era o normal para o
verdadeiro Deus.
Oh,
quão ignorante e louco é o coração humano! Deixados soltos os homens estão
prontos a desprezar todo conhecimento e examinar tudo com calma e inteligência.
Todas as obras do Senhor realizadas no Egito; toda informação que receberam
sobre o fato que o Deus que se manifestou a eles era o mesmo Deus de Abraão,
Isaque e Jacó. Quantos anos passaram e esse Deus se ergueu no tempo certo, no
momento exato para demonstrar que Ele vive e que sabe de tudo e que age em
favor do Seu povo, segundo Suas promessas e aliança da graça. Todo conhecimento
de Deus teórico e prático era suficiente para atraí-los à devoção, amor,
adoração, respeito e voluntária obediência. Todas as provas dessa santa
manifestação da divindade poderosa cercavam aquele povo; em tudo eles estavam
sitiados de bênçãos e os privilégios eram abundantes, coisas desconhecidas dos
outros povos ao redor.
Veja
amigo leitor, eles estavam desprezando e blasfemando do criador, do amor eterno
e de todas as provas de sua misericórdia. Antes eles gemiam sob os açoites dos
seus exatores; antes gemiam aprisionados sem qualquer chance de liberdade;
antes estavam oprimidos, sem lar, sem país, sem força e sem qualquer poder de
decisão. Agora é um povo livre, pois tudo recebeu da graça de um Deus que em
Sua bondade e compaixão tomou um povo para Si, baseando tudo na aliança feita
com os patriarcas de Israel. Agora, eis aí esse povo mostrando plena
ingratidão; ao fabricar o bezerro de ouro eles estavam xingando, cuspindo na
face de amor e detestando Sua liderança e provisão.
Nessa ausência de temor eles estavam xingando
a Deus, considerando-O como um Deus
frouxo e incapaz.
Não
é exatamente assim que os homens agem no pecado? Mesmo diante de tantas
demonstrações da bondade de Deus na criação, mostrando dia a dia essa incrível
e santa provisão, eis que continuam preferindo seus ídolos fabricados em seus
corações. Mostram o quanto são ingratos mediante seus caminhos tortuosos,
sempre desprezando a Palavra de Deus e ignorando suas responsabilidades de dar
a Deus à glória que é devida somente a Ele. Não fosse a compaixão de Deus, o
que seria de uma raça caída! Eis que nosso Senhor ainda está com Seu convite,
chamando pecadores ao arrependimento.
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