sexta-feira, 29 de agosto de 2014

“QUE DEUS É O SEU DEUS?” (11)




Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão e lhe disse: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós; pois, quanto a este Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe terá sucedido” (EXODO 32:1)
O DEUS DE MISERICÓRDIA
         Caro leitor, chegou o momento mais importante ao tratar de um tema como esse: “Que Deus é o seu deus?”. Os pregadores foram chamados a pregar todo conselho de Deus, nada omitindo da verdade. É necessário mostrar que nosso Deus é glorioso em Sua ira, como é glorioso em Sua compaixão e os pecadores precisam saber disso. Se eles não enxergarem os terrores do juízo, como apelarão para a misericórdia? Enquanto esse trono da graça estiver com seu acesso aberto para os pecadores, importa que anunciemos a todos que ainda há compaixão. Ester corajosamente compareceu perante o rei Assuero e o cetro de ouro foi estendido para ela. Se um monarca humano pode externar sua boa vontade em favor de alguém, quanto mais o Deus que é riquíssimo em misericórdia.
         Caro leitor, voltando ao texto de Êxodo, enquanto eles fabricavam seu deus lá baixo, o Onipotente via tudo lá de cima. Para o Senhor não existe distância, não existem milhões de kilômetros para Deus, pois tudo está ao alcance de Seus olhos. Não há esconderijo para o Senhor. No entendimento natural daquele povo que farreava ao pé do monte, Deus era como um deus qualquer, como qualquer ser humano. Seus corações estavam dominados pelas mentiras do pecado, por isso fabricaram aquele deus bezerro. Para eles Deus era semelhante a Moisés. Moisés sumiu Deus também sumiu, mas o que era impossibilidade para Moisés, era o normal para o verdadeiro Deus.
         Oh, quão ignorante e louco é o coração humano! Deixados soltos os homens estão prontos a desprezar todo conhecimento e examinar tudo com calma e inteligência. Todas as obras do Senhor realizadas no Egito; toda informação que receberam sobre o fato que o Deus que se manifestou a eles era o mesmo Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Quantos anos passaram e esse Deus se ergueu no tempo certo, no momento exato para demonstrar que Ele vive e que sabe de tudo e que age em favor do Seu povo, segundo Suas promessas e aliança da graça. Todo conhecimento de Deus teórico e prático era suficiente para atraí-los à devoção, amor, adoração, respeito e voluntária obediência. Todas as provas dessa santa manifestação da divindade poderosa cercavam aquele povo; em tudo eles estavam sitiados de bênçãos e os privilégios eram abundantes, coisas desconhecidas dos outros povos ao redor.
         Veja amigo leitor, eles estavam desprezando e blasfemando do criador, do amor eterno e de todas as provas de sua misericórdia. Antes eles gemiam sob os açoites dos seus exatores; antes gemiam aprisionados sem qualquer chance de liberdade; antes estavam oprimidos, sem lar, sem país, sem força e sem qualquer poder de decisão. Agora é um povo livre, pois tudo recebeu da graça de um Deus que em Sua bondade e compaixão tomou um povo para Si, baseando tudo na aliança feita com os patriarcas de Israel. Agora, eis aí esse povo mostrando plena ingratidão; ao fabricar o bezerro de ouro eles estavam xingando, cuspindo na face de amor e detestando Sua liderança e provisão.
Nessa ausência de temor eles estavam xingando a Deus, considerando-O como um  Deus frouxo e incapaz.
         Não é exatamente assim que os homens agem no pecado? Mesmo diante de tantas demonstrações da bondade de Deus na criação, mostrando dia a dia essa incrível e santa provisão, eis que continuam preferindo seus ídolos fabricados em seus corações. Mostram o quanto são ingratos mediante seus caminhos tortuosos, sempre desprezando a Palavra de Deus e ignorando suas responsabilidades de dar a Deus à glória que é devida somente a Ele. Não fosse a compaixão de Deus, o que seria de uma raça caída! Eis que nosso Senhor ainda está com Seu convite, chamando pecadores ao arrependimento.

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