“Não é a minha Palavra fogo, diz o Senhor, e
martelo que esmiúça a penha?” (Jeremias 23:29).
INTRODUÇÃO:
Caro
leitor, o cap. 23 de Jeremias é uma exposição clara do trabalho feito pelos
falsos mestres. A nação toda desprezava a Palavra de Deus, tratando-a como algo
vergonhoso; multiplicaram-se os falsos profetas, os quais lucravam aproveitando
da ignorância do povo; eles eram adúlteros e corrompidos, por isso corrompiam
ainda mais o povo apresentando uma paz que em nada vinha de Deus: “Dizem continuamente aos que desprezam a palavra do
Senhor: Paz tereis...” (verso 17). Convido o leitor para uma visão parcial do trabalho daqueles
falsos profetas nos dias de Jeremias, a fim de que saibamos como é semelhante
ao que estamos vendo em nossos dias:
1. Eles
foram pregar sem serem enviados: “Não mandei esses
profetas, contudo eles foram correndo...” (verso 21). Quão perigosa é
essa iniciativa carnal! Pregar a Palavra não é um ministério que qualquer um
pode decidir fazer por si mesmo. Deus não confere essa responsabilidade, a não
ser àquele que Ele mesmo chama: “E como pregarão se
não forem enviados?” (Romanos 10:15).
2. Proclamavam
mentiras: “Tenho ouvido o que dizem esses profetas que
profetizam mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei” (verso 25). Percebe-se que eles
por meio de sonhos proclamavam uma revelação extra, por isso passava ao povo
superstições, lisonjas e mentiras, exatamente aquilo que tanto atrai a natureza
corrompida do homem natural.
3. Anunciavam
ao povo o que passava em seus corações: “Até quando se
achará isso no coração dos profetas que profetizam mentiras, e que profetizam
do engano do seu próprio coração?” (verso 26). Continuamente
inventavam coisas; chamavam a atenção da população para eles mesmos; faziam com
que o povo ficasse impressionado com o poderio divino forjado em seus corações.
O resultado disso era que o povo acreditava que eles eram realmente pessoas
enviadas por Deus.
4. Afastavam
o povo de Deus, ao invés de aproximar: “Os quais cuidam fazer com que o meu povo se esqueça do
meu nome...” (verso 27). É exatamente essa a intenção dos falsos mestres. Eles falam
de Deus, mas apresentam um deus diferente, mais adaptado às intenções do
coração, mais humano, menos exigente. Com isso o povo não percebe que está
desviando seus corações do rumo certo, como se estivesse desviando o curso de
um rio.
5. Furtavam
as palavras do Senhor, escondendo a verdade e proferindo mentiras: “Portanto, eis que eu sou contra os profetas, diz o
Senhor, que furtam as minhas palavras, cada um ao seu próximo” (verso 30). Eis aí as
verdadeiras motivações ocultas em seus corações corrompidos. Deus escancara as
portas dos corações daqueles elementos e mostra a essência da maldade deles.
Eles pegavam o verdadeiro mel e o escondia e no lugar mostravam melado. Eles
faziam uma lavagem cerebral no povo impedindo que ouvissem a verdadeira
mensagem.
6. Faziam
o povo julgar a mensagem de Deus como “sentença pesada”: “Mas nunca mais
fareis menção da sentença pesada do Senhor...” (verso
36). Eles faziam o povo acreditar que a mensagem dos verdadeiros era dura e
difícil, e assim jogava o povo contra os verdadeiros servos do Senhor.
7. Enfrentariam
a punição eterna da Ira de Deus: “e porei sobre vós perpétuo opróbrio, e eterna vergonha,
que não será esquecida” (verso 40). Mesmo que estivessem prosperando, tendo todo apoio material
do povo, o caminho deles era escorregadio e logo veriam o que Deus faz com
aqueles que ousam brincar com Sua Palavra!
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