quarta-feira, 20 de agosto de 2014

“QUE DEUS É O SEU DEUS?” (5)




Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão e lhe disse: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós; pois, quanto a este Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe terá sucedido” (EXODO 32:1)
O DEUS PRODUZIDO PELAS MÃOS
         Veja caro leitor, como o homem deixado para tomar sua própria decisão, certamente há de agir na loucura de um coração envolvido em idolatria; imediatamente há de fabricar o estilo de deus que ele quer e encontrará apoio de todos os que ainda não conheceram o temor ao Senhor. Foi assim com Israel que aguardava Moisés por quarenta dias ao pé do monte Sinai. Quando fabricaram o bezerro de ouro, eis que todos se envolveram com suas obras; todos foram coparticipantes do projeto iníquo; todos foram unânimes em desafiar o Deus vivo, o qual lhes havia tirado da fornalha de ferro egípcia. A ingratidão saltou como gigante de seus corações; o culto aos demônios foi o grito de emoções que rompeu de seus lábios iníquos; o anseio pela liberdade carnal, a fim de extravasar na maldade eram suas intenções publicadas naquele culto às trevas.
         Veja amigo como no pecado os homens fazem exatamente a mesma coisa. Houve um ajuntamento para a paz mais perigosa que existe: a paz com o pecado, pois ali ofereceram  holocausto e sacrifício pacífico aos deuses inventados de seus corações malignos. Eles fizeram tudo segundo aquilo que eles pensavam enganosamente que estavam no caminho certo. Queriam ajuntar seus pecados com a paz. Por essa razão ofereceram sacrifícios pacíficos.
         Não é exatamente o tipo de culto que estão promovendo hoje? No íntimo vemos homens e mulheres cultuando aos seus ídolos e afirmando que eles são os verdadeiros deuses. O que eles fazem é oferecer seus sacrifícios pacíficos, pois cantam músicas que envolvem o nome de Deus e de Cristo; estão prontos a dar seu dinheiro, força, emoção e lutam para dizer uns aos outros: “paz, graça e paz!”. Os Israelitas não queriam guerra; não estavam dispostos a lutar por qualquer ortodoxia; queriam envolver a todos no mesmo espírito de alegria, não importando se estavam certos ou errados. A divindade promovida pelo culto moderno age assim, pois nada tem de convicções firmadas nos absolutos da Palavra de Deus. Eles querem alegria, mas sem qualquer fundamento. Eles querem dar vazão aos desejos de seus corações; querem emoções sem qualquer razão e para isso conseguem achar palavras religiosas e versos bíblicos.
         Caro leitor, qual era a real intenção de uma divindade fabricada por aqueles Israelitas? Veja bem que eles desejavam um deus que aprovasse a sujeira de seus corações corrompidos: “... e o povo assentou-se para comer e levantou-se para divertir-se!” (verso 6). Eles viveram como escravos no Egito e não tiveram a liberdade que tanto queriam, a fim de alegrarem em suas paixões. Agora sentiam que não tinham ninguém mandando em suas vidas; Moisés e Deus, segundo imaginavam haviam desaparecidos. Agora tinham um deus que, segundo eles podiam dar-lhes comida: “...assentou-se para comer...”. Queriam prosperidade, mas nada de vida submissa, santa e fiel; nada de um Senhor guiando, dirigindo e ordenando suas vidas em disciplina. Agora tinham um deus que aprovasse seus caprichos carnais: “...e levantou-se para divertir”.
         É exatamente esse o tipo de deus tão procurado e cobiçado pelo homem natural. Ele tem em vista a jornada pelo mundo e nessa caminhada quer paz, mas a paz com o pecado e com o mundo. Nada ele quer de censuras, nada de julgamento nem punição. Ele quer paz e amor pelo viver, por essa razão esses “bezerros de ouro” tão belos e enfeitados de teologia servem aos seus propósitos. O deus deles é sempre positivo e que atende às suas petições. Foi assim com o perverso rei Acabe (1 Reis 22), pois o que queria era o positivismo; queria que tudo dissesse  “sim” aos seus desígnios cruéis. Os homens no pecado sempre pensaram num deus assim, porque “enganoso é o coração...”!

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