terça-feira, 10 de junho de 2014

PROVAS DA REBELIÃO DO HOMEM (23)




Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas  (Jeremias 2:13).
         Caro leitor, certamente não há mortal que possa descrever as tão terríveis condições dos homens na queda. Eles abandonaram o Senhor, o manancial de águas vivas. Creio que meus esforços não serão inúteis na tentativa de expor essa condição vil e miserável de homens e mulheres caídos na lama, atirados no engano do pecado e condição de escravos neste mundo (João 8:34).
         Prossigo afirmando que na decisão em Adão homens e mulheres trocaram a fonte de segurança pela incerteza num viver transitório. Ó caros leitores, como desejo transmitir essas verdades aos seus corações, porquanto vemos as almas errantes, peregrinas neste mundo completamente entregues ao medo e desespero. Fora do Senhor nossas almas ficam como viúvas desamparadas, sozinhas; ficam como órfãos sem qualquer proteção. Na escolha feita no Éden homens e mulheres abandonaram o amor do Todo Poderoso; abandonaram o amor acolhedor, suficiente do Deus que cerca os Seus com soberana proteção; abandonaram Aquele que não perde de vista Seus queridos, pois os olhos do Onipresente anulam qualquer distância. O grande, glorioso e amoroso criador jamais desampara Sua criação, mesmo os animais irracionais estão sob Seu completo amparo e sustento (Salmo 104); tudo está seguro e amparado nesse ambiente de glória de um Deus que tudo fez para Si, a fim de mostrar o quão glorioso e auto-suficiente Ele é.
         Agora, permita que eu possa desvendar esse reino perigoso e terrorista do pecado onde os homens e mulheres foram atirados. Permita o Senhor que minhas palavras descrevam bem essa verdade tão desconhecida. Permita o Senhor que minhas palavras sejam como tochas acesas nessas densas trevas deste mundo que jaz no maligno (1 João 5:19). Os homens tateiam na escuridão e apalpam aquilo que parece ser segurança e amparo, mas satanás espertamente maneja bem as coisas, endereçando-as ao alcance de homens e mulheres.
         Este mundo vil parece ser um lugar belo e plenamente capaz de resistir os rigores da Ira de Deus; parece que satanás tem neste mundo um lugar especial, porquanto tudo ao derredor parece fornecer conforto e segurança; parece que tudo está indicando que tudo está indo perfeito e que irá funcionar adequadamente. Nabucodonosor contemplou sua linda Babilônia assim. Perante seus olhos não havia algo mais encantador, forte e seguro do que aquilo que ele mesmo havia construído para sua grandeza: “...Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a morada real, pela força do meu poder, e para a glória da minha majestade?” (Daniel 4:30).
         Aquele ditador tão arrogante naquele momento tipificava satanás e seu admirável mundo, tão belo e desejável. Parece ser o lugar onde todos podem achar as fontes de todos seus desejos. Ao mostrar a Cristo o seu mundo, as palavras do diabo transmitiram essa fragrância enganosa e sedutora: “...Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles”. (Mateus 4:8). É nesse ambiente que satanás colocou seus escravos, num lugar assim ele mesmo conduz as mãos e pés de homens e mulheres para que toquem e pisem em lugares aparentemente seguros. Foi assim com o ingrato povo murmurador que saiu do Egito. No deserto eles recordavam daquilo que era admirado e desejado no Egito: “Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça, e dos pepinos, dos melões, dos porros, das cebolas e dos alhos” (Números 11:5).
         Corações endurecidos sempre vão lembrar-se do mundo com seus encantos e confortos carnais. Essas coisas representam segurança para eles, por isso desprezam e hão de desprezar o Senhor. Milhares andam assim neste mundo enganador. Nada, nada a não ser a misericórdia do Senhor para acordar a alma que dorme. Somente as compaixões de Deus para despertar homens e mulheres para os perigos ocultos neste mundo, perigos eternais que rondam as almas de homens e mulheres!




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