“Mas se não fizerdes assim, estareis
pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar”
(Número 32:23).
A
GRANDE DESCOBERTA
Prezado
leitor podemos deixar de ser gratos pela revelação bíblica? Não fosse a
misericórdia do Alto que nos visitou, para onde iríamos com nossas
perversidades? Os homens vivem no engano do pecado até o final de suas vidas,
porque há uma paz com o pecado, bem como há uma paz no pecado. As
palavras ditas pelo profeta humilharam o rei, foram alarmantes e reveladoras.
Mas agora o rei está perante o fato que não se pode brincar com o pecado sem
sofrer as terríveis conseqüências. Houve perdão? Houve porque quão amargo foi o
arrependimento. O Salmo 51 é exposição clara e completa da confissão do rei,
por essa razão o juízo da maldição da lei foi retirado, mas a colheita daquilo
que plantara certamente haveria de vir, porque o pecado não abandona seu
instrumento. Agora aquilo que parecia ser tão belo e desejável há de mostrar
suas garras de terror. Chegou perto do leão, por isso suas garras e dentes
mortais serão conhecidos.
Caro
leitor, os crentes devem levar seriamente uma vida santa, em santo temor e
dedicação ao Senhor Deus. O Nome do Senhor está marcado em nossas vidas e
devemos cuidar em glorificar esse bendito Nome, por meio de um viver puro,
santo e reto. Notemos que na linguagem de Natã, Davi não somente ficou ciente
que praticou o maligno adultério, matou Urias pelas mãos dos amonitas, como
muito mais ofendeu a santidade do seu Deus perante os inimigos. Notemos bem a
linguagem de Deus por meio do profeta: “Por que desprezaste a palavra
do Senhor, fazendo o mal diante de seus olhos?...”
(2 Samuel 12:9).
Os crentes estão no mundo para honrar a glória do Deus vivo perante os ímpios,
por isso o que Davi havia praticado traria desonra e afronta ao Glorioso Senhor
perante os ímpios, inimigos de Deus e do povo de Israel. O pecado de Davi foi
um desprezo dele ao Senhor Seu Deus.
Querido amigo, quão sério e cheio de
temor deve ser nosso viver! Confessar ser crente, mas profanar esse nome com
uma vida tortuosa é algo seríssimo, porque profana o sangue da aliança e
ultraja o Espírito da graça (Hebreus 10:29). Em primeiro Pedro cap. 1, nós que
somos crente, nós que declaramos ter esse Deus santo como nosso Pai, somos
exortados a levar à serio uma vida de temor ao Senhor, durante o tempo da nossa
peregrinação terrena, especialmente porque Ele julga segundo as obras de cada
um (1Pedro 1:17).
Certamente o rei Davi recebe a bênção
do perdão; a ternura de Deus e a compaixão Dele cobriram Seu servo de plena
aceitação naquele momento, mas as conseqüências da sua maldade fariam parte da
sua vida, da sua família e do seu reinado. Para Deus não há diferença, Ele não
olha face de ninguém, nem faz acepção de pessoas. Ninguém é indispensável para
Deus. Moisés teve que deixar seu posto com a morte, para que Josué ocupasse seu
lugar (Deuteronômio 34). Davi permaneceu no reinado? Sim! Mas para o resto da
vida sentiria na pele as tristes conseqüências do seu pecado. O choro, a
angústia, a decepção, a fuga e a dor na alma fariam parte da sua vida. Veja as
palavras ditas pelo profeta na presença do rei:
“A Urias, o heteu, mataste à espada, e a sua mulher tomaste para ser tua
mulher; sim, a ele mataste com a espada dos amonitas. Agora, pois, a espada
jamais se apartará da tua casa, porquanto me desprezaste, e tomaste a mulher de
Urias, o heteu, para ser tua mulher” (versos 9 e 10).
Amigo leitor, essas verdades chegaram
ao seu coração? Brilhou o temor do Senhor em sua alma? Se houve isso, amem!
Deus é glorificado, honrado e exaltado onde o homem é humilhado! Nossa
humilhação é tão importante para nosso bem, porque a promessa é que Deus ergue
o humilde. O mundo está cheio de vozes que chegam para enaltecer o ego e elevar
a soberba. Quanta desgraça isso traz! O momento agora é de tristeza e sincero
arrependimento.
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