“Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o
Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
Prezado
amigo leitor, não esqueça que todo propósito da mensagem do evangelho tem em
mira a humilhação do homem e a glória de Deus. Nossa felicidade nesta vida e na
eternidade é viver para a glória de Deus num temor reverente e dedicado a Ele.
A essência do pecado é justamente não conceder a Deus a glória que pertence tão
somente a Ele.
A vida
de Saul nos fornece um exemplo prático dos resultados da rebelião no coração
contra Deus. Hoje veremos como o pecado no íntimo foi um severo perseguidor
para esse homem até o final de sua vida. O reino de Israel pertencia a Jeová,
por isso o representante terreno teria que ser apontado por Deus; teria que ser
um homem segundo o coração de Deus e não segundo as determinações do povo. O
reino de Israel deveria ser um reino de justiça, juízo, bondade, misericórdia e
temor a Deus, porquanto Israel representava o testemunho de Deus na face da
terra e seus representantes humanos deveriam estar ocupados em agrada ao Senhor
e obedecer as determinações de Sua Palavra escrita.
Davi
foi esse homem enviado por Deus; Davi seria um modelo a ser seguido doravante
pelos reis que viriam; Davi seria nos moldes terrenos o que será o reinado de
Cristo sobre a face da terra no milênio, por isso ter Davi como rei era um
presente de Deus para Seu povo Israel. Mas, observe bem que Deus não lhe
entregou o reino imediatamente, porque Saul tornou-se um cruel inimigo. As
constantes fugas de Davi foram providenciais, porque assim Deus estava provendo
disciplina, justiça, compreensão e amor genuíno ao Seu servo. Como reinaria em
Israel sem esses dispositivos espirituais? Como obter o verdadeiro respeito do
povo de Deus?
Foi
nessa escola divina que Davi conheceu o que significa ter ao seu encalço um
perseguidor como Saul. Deus simplesmente soltou as “feras” do ódio e da maldade
do coração do rei de Israel. Perder o reinado para Davi foi motivo de um ódio
carregado de inveja e de um ciúme mortal. O pecado achou Saul, encontrou-o no
tempo adequado e agora mostra sua face maligna, a fim de fazer dele um feroz
perseguidor da fé. O pecado no íntimo tomou Saul, fazendo dele um agonizante na
alma, vencido pela depressão e açoitado pelo infame desejo de ver jorrando o
sangue inocente (1Samuel 22). Era como um touro enraivecido; como um leão
faminto à procura da caça. A sombra de Davi o aterrorizava e não sabia que toda
sua ira era contra Deus, por essa razão foi barrado pelo próprio Deus.
Como
foi que Deus barrou as investidas de Saul contra Davi? Em duas circunstâncias
diferentes. Nas duas vezes Deus colocou Saul cercado por Davi e seus homens e
ali Saul pode conhecer através de Davi o que significa a misericórdia de Deus
(cap.24e 26); Saul esteve duas vezes face a face com um homem de Deus que
provou ser seu melhor e mais fiel soldado de guerra. Porém, como sempre
acontece, o pecado não solta um homem, a não ser mediante uma transformação de Deus.
O arrependimento e o choro de Saul eram emoções momentâneas e não demorava
muito para que renovasse o contrato com o pecado e continuasse sua perseguição.
Estava
chegando o fim de Saul. Deus mostrou-lhe seu pecado, a justiça e o juízo. Agora
é vez de mostrar o quanto aquele rei estava de mãos dadas com a iniqüidade e
isso ocorreu quando foi consultar a feiticeira (cap.28). Agora estava de mãos
dadas com uma mulher que a lei de Deus mandou destruir. Mas o final de sua vida
mostra Saul no terreiro espírita procurando resposta para sua agonizante
situação. Sua morte veio no dia seguinte por um amalequita. Lembra do incidente
com os amalequitas?
“Sabei
que o vosso pecado vos há de achar!”. Amigo, agora é o momento precioso para um
sincero arrependimento e uma entrega a Cristo, antes que seja tarde demais.
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