segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O VERDADEIRO PECADOR (16)


“Se confessarmos os nossos pecados Ele é Fiel e Justo para perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9).  PERIGOS NA AUSÊNCIA DA CONFISSÃO (quinta)

Na ausência da confissão da fé há também o perigo do pecador defrontar-se com uma falsa experiência de conversão. Acontece isso com muitos que dão as costas para a verdade bíblica, pois terminam caindo como peixes numa perigosa rede de uma conversão, que nada tem a ver com a conversão genuinamente bíblica. Ora, foi assim com faraó o famoso monarca egípcio, quando fustigado pela vara dos castigos de Deus através das pragas. Por duas ou três vezes o rei deu uma impressão que tinha se convertido ao Deus de Israel. Passada a angústia das pragas, eis que seu coração voltava a revelar que nada tinha a ver de transformação de vida, que não passava de um obstinado pronto a lutar e guerrear contra Deus. É assim com milhares que, por causa de circunstâncias difíceis que atravessam dão por um período de tempo uma impressão de que houve conversão genuína. Acontece com muitos que estão à busca de uma cura; outros que estão atrás de alguma prosperidade; outros que são movidos por um período forte de desespero no viver em decorrência de problemas na família, ou em outro aspecto da vida. Mas ninguém pode se ocultar de Deus, e ninguém pode ludibriar a Deus. Ele mesmo afirma que enganoso é o coração e desesperadamente corrupto.
         Como ilustração tomo aqui a vida daquele homem que fora a Jesus procurando saber como poderia obter vida eterna (Lucas 18). Era um homem rico, um príncipe que subira a essa posição mediante o esplendor da riqueza. Aparentemente era uma alma que buscava paz, que não conseguia achar nos muitos bens que possuía. Parecia ser uma alma com sede e fome da verdade, pressurosa por achar a verdade como se fosse um tesouro. Só que aquele homem desconhecia a realidade da pessoa de Cristo. Para ele Jesus não passava de um excelente e notável homem religioso; um poderoso mestre da religião judaica. Ele desconhecia Jesus como o Senhor Jeová encarnado, aquele que fora enviado pelo Pai ao mundo com a finalidade de trazer salvação, verdade essa prometida desde o Velho Testamento. Ele desconhecia a realidade daquela poderosa pessoa que estava perante ele, que era aquele que conhecia perfeitamente tudo a respeito da natureza humana e que jamais poderia ser ludibriado pelas ciladas promovidas pela ardilosa habilidade humana em enganar.
         Ele chegou a Jesus com a pergunta: “Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” É bem perceptível que aquele homem em nada estava com desejo na alma de conhecer a salvação providenciada do céu para o pecador. Ele era, sim, um ricaço que usava a religião como manto para se disfarçar e se manter preso ao deus mamon. Era um amante do dinheiro que sentia o impacto da ausência daquilo que a prosperidade financeira jamais pode proporcionar à alma. O céu dele era aqui e desprezava no coração o lar celestial preparado por Cristo para os salvos. É notável a maneira como ele se apresenta a Jesus como um zeloso praticante da lei, pois mostrou a Jesus que fazia tudo o que a lei mandava desde a sua mocidade. Era um cego na alma e não sabia que era um escravo do pecado; desconhecia onde era visto por Deus como um idólatra que servia a riqueza como se estivesse adorando uma imagem de escultura. Cristo foi exatamente no cerne do seu pecado; Cristo mexeu no santuário do seu coração onde estava erguido o seu ídolo. Quando lhe ordenou que abandonasse seu amor ao dinheiro para segui-Lo, afastou-se triste, por quê? Porque ficou decepcionado com a verdade tão dolorosa apresentado pelo Senhor. Era um obstinado no caminho errado que se escondia na religião. Não é exatamente assim com milhares, especialmente em nossos dias quando o mercado religioso é grande e oferece muitos esconderijos para aqueles que fogem da verdade salvadora?


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