“Pois tu não és Deus que se agrade com a
iniquidade, e contigo não subsiste o mal” (Salmo 5:4).
O CARÁTER SANTO DE DEUS: “Pois
tu não és Deus que se agrade...”
Caro
leitor, todo meu labor tem como meta mostrar o quanto é perigoso e venenoso o
ensino de que Deus odeia o pecado, mas ama ao pecador. É verdade que Ele
odeia o pecado, mas o pecado jamais será manifestado nem revelará sua
personalidade sem o pecador, assim como o crime se manifestará por meio do
criminoso. Então, podemos afirmar que não há possibilidade de separar o pecado
do pecador. O pecado deve ser punido e sua punição é feita no próprio
instrumento usado – no caso o pecador. Quando alguém comete assassinato ou
rouba é ele quem deve ser punido; os seus atos vão para prisão nele mesmo, e
ele que praticou os atos infames é odiado e rejeitado.
Então
caro leitor chegou o momento de encarar com seriedade a Palavra, porque
milhares são aqueles que costumam ler superficialmente as Escrituras e essa
atitude é perigosa, porque tende a levar pessoas a entendimento distorcido de
temas tão importantes. Por essa razão quero lhe convidar a examinar comigo o
texto do Salmo 5, porque imediatamente vemos ali como Deus trata com os
pecadores orgulhosos: “...os arrogantes não permanecerão...”.
Veja bem como o pecado é desmascarado; veja bem como Deus põe o dedo exatamente
no “nariz” do pecado e manifesta Seu ódio e juízo contra o pecador. O que é o
pecado? Será que o pecado é apresentado em suas práticas meramente? Não! O
pecado é apresentado na Bíblia em sua essência e a essência do pecado é o
orgulho: “...os arrogantes não...”. Mesmo que os homens não pratiquem
determinados atos feios e vis; mesmo que os homens não saiam de suas casas para
descer em busca de seus desejos infames; mesmo assim o pecado está presente e
inerente no coração do pecador. Deus mira os arrogantes e declara Seu tremendo
ódio contra o pecado.
Caro
leitor, se você pudesse tocar no pecado; se você pudesse contemplar face a face
o pecado, o que você presenciaria à sua frente? O orgulho. Você quer saber o
que é o pecado, veja quem é satanás. Aquele anjo simplesmente se encheu de
orgulho próprio; simplesmente desafiou a própria divindade e arrogantemente
desejar ser igual. Então, se quisermos tocar no pecado e vê-lo assentado no
trono, contemple não um mero assassino, ou um mero beberrão, etc. Contemple sim
o orgulho, pois quando Deus põe o dedo para punir o pecado, o que vemos tombar
por terra é o orgulho. Veja bem caro leitor, precisamos ter esse discernimento,
porque ao lidar com o orgulho, simplesmente lida com todas as suas
manifestações. Quando o Senhor fez Saulo de Tarso cair por terra (Atos 9), foi
o orgulhoso e atrevido pecador; foi aquele Saulo que desafiava Deus, que queria
ser importante, forte e cheio de razão. Naquele coração estava oculto todo
arsenal de miséria, maldade, ódio, inveja e paixões. Quando o orgulhoso foi
tombado, eis que o fogo da visitação de Deus irrompeu de tal maneira e destruiu
todo esse compartimento onde estavam localizadas essas munições do mal.
O
orgulho – essência do pecado, não passa de ser cada ser humano se sentindo como
deus; é satanás em forma humana; é o prazer de subir às alturas e ser
semelhante ao Altíssimo (Isaías 14). A essência do pecado é mostrada no desejo
de ter a glória para si mesmo, de odiar Deus, ignorá-Lo e viver para si mesmo.
O homem no pecado vive assim, cheio de arrogância e prepotência, não importando
se pratica atos feios, ou se é um religioso. Então, quando Deus salva o perdido
Ele vai direto à essência do pecado e ali dá o golpe certeiro, atingindo em
cheio o velho homem. Também, quando homens morrem no pecado é a fúria de Deus
contra o pecado; é o juízo eterno contra esse lixo chamado pecado.
Meu
amigo, tudo isso tem como meta levar-lhe à humilhação; ao reconhecimento da
triste condição na qual se encontra o homem desde a queda, a fim de que volte
para o Salvador e senhor Cristo Jesus.
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