quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

DEUS, O PECADOR E O PECADO (4)




Pois tu não és Deus que se agrade com a iniquidade, e contigo não subsiste o mal” (Salmo 5:4).
O CARÁTER SANTO DE DEUS: “Pois tu não és Deus que se agrade...”
         Caro leitor é grande o desafio de provar que ao odiar o pecado com ódio consumado, a santa e justa ira de Deus paira sobre o pecador. Perante esse Deus santo o pecado não pode subsistir. Quando os dois filhos de Arão, Hofni e Finéias resolveram tomar fogo estranho e levar tal fogo para o lugar da santa presença de Deus, imediatamente o furor de Deus fuzilou os dois jovens e ambos caíram mortos. Não houve ali uma separação da atitude rebeldes deles, a fim de atingir livrá-los da punição e assim atingir somente a atitude deles. Então, quão mentirosa é essa definição de que Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. Ora, nem com nossos filhos que tanto amamos conseguimos separá-los de atitudes desobedientes da parte deles, a fim de livrá-los da punição merecida. Quando Acã pecou e transgrediu contra Deus (Josué 7), ele foi tido por culpa e por isso foi apedrejado.
         Caro leitor, não há possibilidade de separar o pecado do pecador. Uma razão é que o pecado é algo da natureza do pecador, assim como o desejar ir para a lama faz parte da natureza do porco. Um médico pode retirar uma enfermidade de um doente por meio de um remédio ou mesmo de uma cirurgia, mas não há poder algum que possa fazer essa divisão e separar o pecado do próprio pecador. Então, nesse caso entendemos que o pecado é punido no próprio pecador. Caro leitor, ninguém pode ver o pecado, a não ser no pecador. Tentando ser prático, você não vê a desobediência a não ser no próprio desobediente; você não verá a embriaguez, senão vendo o ébrio. Noutras palavras, não haveria qualquer manifestação do pecado, se não houvesse o pecador. Quando Deus resolveu exterminar a raça nos dias de Noé, Ele ajuntou toda raça e olhou para essa multidão e afirmou ter se arrependido de ter feito o homem. Notemos que todo ódio de Deus foi focado naquela raça, porque as manifestações de maldade e de todo tipo de atos pervertidos eram vistos pelas atitudes deles. O amor de Deus não separou aquela raça perversa de seus pecados. Noé escapou simplesmente porque Deus usou de graça para com Ele. Então, o dilúvio veio como um castigo universal e Deus puniu o pecado daquela raça afogando toda aquela população.
         Caro leitor, vou tentar prosseguir um pouco mais na tentativa de mostrar o quanto esse ensino tão amplamente divulgado pelo humanismo moderno precisa ser rejeitado e desprezado. Vou valer aqui da nossa experiência. Somente um desumano pode separar o assassino daquilo que cometera. Como a lei há de punir aquele ato, senão castigando o próprio criminoso? Quando Amnon estuprou sua irmã (2 Samuel 13), o ódio de Absalão foi focado em Amnon e cresceu tanto até matá-lo. A partir daquela covarde atitude daquele moço contra uma moça indefesa levou-o a ser odiado, porque seu ato veio de seu coração; seu coração corrompido estava carregado dessa maligna atitude. Quando um ladrão é preso, não são os seus atos que vão para a prisão, mas sim ele mesmo.
         O fato é que o evangelho humanista tão carregado de falso amor, simplesmente desconhece o estado tão vil e depravado do coração do homem. Nosso Senhor jamais procurou inocentar o homem dos seus atos. Ele mesmo afirmou que é de dentro, do coração do homem que procedem os maus desígnios (Marcos 7). Nosso Senhor sempre foi direto ao coração e atacou fulminantemente o pecado no homem. Ele chamou os religiosos daquele tempo de hipócritas, de sepulcros caiados. É esse moderno evangelho tão apimentado de amor humano que tem lançado fora a verdade e procurado atrair tais ensinos. Os homens lutam para inocentar os pecadores; lutam para livrá-los da condenação merecida; lutam para defender suas vidas tortuosas e assim acusam Deus. Meu caro amigo, Cristo veio ao mundo para salvar perdidos e a Bíblia afirma nossa culpa e nosso total merecimento do castigo. Mas somente o Salvador bendito pode livrar o perdido.                         

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