“Levantar-me-ei,
pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei o amado de minha
alma. Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade. Então lhes perguntei:
Vistes o amado da minha alma? Mal os deixei, encontrei logo o amado da minha
alma; agarrei-me a ele e não o deixei ir embora, até que o fiz entrar em casa
de minha mãe e na recâmara daquela que me concebeu” (Cantares 3:1-4).
INTENSIFICANDO A BUSCA: “...levantar-me-ei, pois, e...”
Prezado
amigo, no texto vemos como a mulher se mobiliza em busca do Amado. Sua alma
está aflita em busca daquele que será tudo o que ela precisa, por isso deixa o
seu leito e sai para rodear a cidade em busca do seu Amado. Eis aí um
acontecimento que serve como analogia da verdadeira fé, e que mostra a grande
diferença entre ela e a fé carnal e mundana. A graça irresistível posiciona-se
e soberanamente convida a alma para o encontro com Cristo. É a tremenda força
do poder de Deus em chamar os mortos da morte para a vida (Efésios 2:1), e
quando acontece isso pecadores vão de encontro ao maravilhoso Salvador e
Senhor.
A
fé implantada no coração supera todos os obstáculos; vence toda inimizade e
consegue discernir a mentira da verdade. Notemos bem os obstáculos achados no
caminho da fé: “...Busquei-O, porém
não achei”. Ela procurou seu Amado em toda
sociedade, entre amigos, parentes, religiosos, vizinhos, etc. Procurou examinar
tudo a fim de descobrir onde achá-Lo, mas não encontrou seu Amado. A fé
verdadeira às vezes passa muito tempo à procura da verdade salvadora. Busca em
vários lugares; ouve muitas mensagens e examina tudo e quer saber se é a
verdade pura e genuína a respeito do Salvador.
A
fé verdadeira não está em busca de conforto carnal, de promessas levianas; não
quer um caminho fácil para Deus. O caminho da genuína fé o caminho da cruz; ela
transporta consigo toda natureza maligna, mundana e carnal para esmagá-la
diante do triunfo do Salvador. A fé verdadeira busca no sangue vertido a
resposta para sua culpa e sabe bem que só será aceita perante Deus mediante
Cristo.
Mas
a mulher não parou nas dificuldades que a sociedade apresentou. Ela foi adiante
para interrogar os guardas da cidade: Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade; eu lhes perguntei:
Vistes, porventura, aquele a quem ama a minha alma?” (verso 3). Que lição
incrível a respeito da poderosa fé! Ela quer saber onde está a verdade que
salva; ela quer saber onde achar o único e suficiente Salvador, por isso cheia
de coragem busca a resposta nos guardas. Perante aquela mulher estavam homens
capazes, corajosos que não dormiam vigiando e guardando a cidade. Será que eles
poderiam responder suas indagações?
Tomemos esse encontro entre a mulher e
os guardas da cidade como uma poderosa analogia daquilo que a fé pode encontrar
na tentativa de achar o Salvador. O que os guardas da cidade representam? Eles
não são exatamente os motivos da confiança mundana? Claro! Veja amigo, como o
mundo dorme sossegado na confiança que tem nos fortes, nos cultos e nos ricos deste
sistema maligno. A fé mundana encontra abrigo neste mundo e nada percebe dos
perigos, assim como os cervos se alimentam na selva, ignorando as feras que
estão de tocaia.
Prezado amigo, oh, quanto espero ter
chegado até seu coração com esta verdade! Estou labutando na tentativa de
dissipar toda confusão que hoje paira nas mentes de milhares, porque satanás
não pára de perverter os retos caminhos do Senhor! Você, amigo leitor, já achou
o Amado de sua alma? Já foi salvo, purificado e justificado perante Deus? Foi
tirada sua condenação e agora a paz de Deus reina em seu coração? Está
plenamente convicto que caminha firmemente na liderança do Senhor para o reino
celestial?
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