quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

A PACIENCIA DE DEUS (4)




Não retarda o Senhor a Sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2 PEDRO 3:9)
A PACIENCIA DE DEUS EM FACE DA LONGANIMIDADE DE DEUS:
         Caro leitor tenho procurado nesse texto de 2 Pedro o quanto prevalece neste mundo a longanimidade de Deus. Ora, o mundo não entende e jamais irá compreender essa dinâmica atuação de Deus na face da terra; o quanto é grandioso e terno Seu coração; o quanto Seu tempo funciona diferente do nosso pobre tempo aqui; o quanto Ele é capaz de suportar mundialmente as provocações e perversidades dos homens malignos, os quais acham que Ele está longe, que é incapaz de fazer o que prometera, pois o tempo e as gerações passam e segundo eles nada acontece, pois tudo permanece do mesmo jeito.
         O leitor atento há de perceber que só tem um meio para que conheçamos os atos desse Deus no mundo – por meio da Sua Palavra. Não há escola, nem faculdade neste mundo capaz de ensinar essas maravilhas do braço forte do Senhor, o qual atua durante os anos que para nós são eras. Se voltarmos para a cultura mundana, certamente mergulharemos nessa ignorância e loucura daqueles que se inculcando por sábios tornaram-se loucos. Deus tem Seu relógio; o eterno atua no tempo no tempo e no prazo Dele e não nosso e é olhando pelo prisma bíblico que nós, tão frágeis e passageiros vamos entender. O mundo louco passa e está passando; homens cultos e poderosos deste mundo são como minhocas pisadas pela fúria do tempo, pois eles passam e morrem. Mas o Senhor em nada é afetado como nós pela força dos anos, pois Seu braço é tão forte como o era na criação, nos dias de Moisés e noutros tempos que já se foram. Se quisermos conhecer a maneira esse Senhor atua neste mundo, no meio dos homens, devemos ignorar nosso sistema, nosso calendário e nossa breve passagem aqui. Nossos oitenta ou noventa anos são segundos e minutos no relógio Dele.
         Agora devo levar meus leitores a um exame mais apurado do texto em pauta, a fim de que conheçamos a LONGANIMIDADE DE DEUS. Os homens querem compreender a divindade à luz daquilo que eles compreendem aqui. É justamente nesse ponto que entra a completa falácia dos homens; é aqui que eles são pegos em armadilhas letais. Quando elementos incrédulos tentam compreender os atos de Deus, imediatamente eles caem no erro de achar que Deus age como os homens agem e que Deus é volúvel e que tempo faz com que Ele fique fraco e incapaz. Notemos bem que enquanto o Senhor, em Sua compaixão está salvando os perdidos, ao mesmo tempo Sua ira está sendo executada contra os perversos. Mas os homens não veem assim; eles não enxergam os contínuos atos punitivos de Deus.
         Ora, foi assim nos dias de Noé, porque com seus corações enganosos e iludidos eles achavam que o anúncio profético do dilúvio era piada; que Noé estava agindo como um louco. Na incredulidade eles viam que a vida prosseguia normal; que tudo continuaria como estava e que não havia qualquer sinal desse elemento pavoroso de juízo. Notemos bem que os anos de anúncios foram longos e que a longevidade deles fazia com que eles acompanhassem os acontecimentos. O Deus de Noé era desconhecido para eles; a teologia de Noé não cabia em seus corações tão fechados e a própria Ira de Deus os atraía para o lugar onde eles deveriam ficar, a fim de serem destruídos.
         Caro leitor, pensamos que o mundo mudou, mas a verdade é que os homens sempre foram assim, vivendo pouco ou vivendo muitos anos. Eles passam seus anos aqui habitando sob um teto de compaixão e ignoram os motivos dessa longanimidade de Deus. Mas a mensagem de Noé é a mensagem que pregamos hoje; o mesmo Deus de Noé é o Deus de agora, mesmo que tenham passados tantos milênios. Ele dispensa tantos anos de favores, a fim de que o prazo do arrependimento seja estendido para os pecadores. Esse é o Deus longânimo e compassivo das Escrituras.

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