sábado, 1 de fevereiro de 2014

A FESTA DO SACRIFICIO


E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães asmos; com ervas amargosas a comerão” (Êxodo 12:8).
         Caro leitor, à medida que aproximamos mais desse texto da revelação, veremos que a sombra desse simbolismo nos mostra as lições da realidade de Cristo e de Seu sacrifício na cruz, e  do que significa a comunhão dos crentes em torno desse nosso Cordeiro que foi morto. A festa cristã é completamente oposta ao sistema religioso deste mundo, pois tudo o que significa religiosidade e culto mundano está permeada de carnalidade, superstições, mundanismo e pecaminosidade. Por essa razão quero levar meus leitores a considerar aquilo que a família israelita experimentou, antes da saída do Egito, à luz daquilo que nos é ensinado no Novo Testamento.
         O que foi realmente exigido para que todos participassem dessa comunhão em torno do cordeiro sacrificado? “...pães asmos; com ervas amargosas comerão”. Incrível! Tudo o que é exigido nada tem a ver com a natureza carnal e tão corrompido dos homens. Toda essa exigência requeria a obediência da fé, a qual humildemente estava aceitando o cordeiro como o verdadeiro e adequado substituto. A saída daquele povo do Egito seria o fato que um inocente cordeiro foi morto e com seu sangue deu livramento da Ira de Deus. Mas, o que realmente significa participar com “pães asmos e ervas amargosas”?. Não seria um momento adequado para bailes, festejos, danças e gritos? Não! Absolutamente não! O Egito não era mais o lugar onde deveriam estar; eles foram comprados, a fim de que fossem retirados de lá e levados em peregrinação para a terra prometida. A festa seria diferente; os pães eram sem fermento e o produto da hortaliça deveria ser amargo. Deveria haver uma mistura de alegria com tristeza tudo baseado em santa separação e gratidão. Incrível!
         Caro leitor, diante das sombras simbólicas estamos, mas onde estão essas sombras da lei há também a realidade e a realidade é Cristo – nosso perfeito substituto. Quão importante é que nossa comunhão e nossa festa sejam sempre em torno desse Santo e imaculado Cordeiro! Quão perigoso é para o povo de Deus, quando os sistemas mundanos começam a invadir o meio cristão! Não foi exatamente isso o que ocorreu com a igreja em Corinto? Ao invés dos “pães asmos” da sinceridade, da humildade e da separação, o fermento da impiedade e da aliança com o mundo entrou ali e assolou a igreja com confusão e imundícies (1 Coríntios 5:7,8).
         Amado leitor, os santos de Deus precisam saber que o mundo jamais foi nem será chamado para a participação da festa cristã em torno da verdade da cruz. Ora, o mundo jamais entenderá essas coisas, por isso deve ficar do lado de fora com seus costumes vãos e com suas vaidades. Nossa festa não tem “fermento” das malícias e outras práticas vis. Nosso “pão” deve ser asmo, pois nosso Cordeiro é completamente puro e santo.
         Também, em nossa festa as “ervas” são amargosas, porque justamente vai contra as exigências da carne. Na festa cristã tudo é direcionado a glorificar a Deus, por essa razão é amargo para a nossa natureza carnal. Não há lugar para os prazeres, para aquilo que nos faz sentir bem, mas sim para amargar nossa vida e nos mostrar o quanto somos o que somos pela graça. Nossa festa as “ervas amargas” aparecem para lançar por terra nosso orgulho e vaidade; a nossa festa tem como alvo a glória de Deus e não nossa glória; tem em vista o amor cristão e não satisfazer nosso egoísmo. O nosso Cristo não é o cristo mundano; em nada Ele satisfaz as pretensões mundanas. As “ervas amargas” visam nos mostrar que não somos daqui; o gosto amargo nos faz lembrar que Cristo bebeu o cálice de fel e participar Dele faz com que bebamos também esse sabor de um viver que não é daqui e que em nada tem qualquer prazer neste mundo tão passageiro.

         Caro leitor é você um partícipe dessa festa tão estranha ao mundo? Foi você comprado pelo sangue do Cordeiro e está pronto para a peregrinação rumo ao céu?

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