terça-feira, 5 de novembro de 2013

DESCOBRINDO A FALSA PAZ DO ÍMPIO (5)




         Mas os ímpios são como o mar agitado; pois não pode estar quieto, e as suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus” (Isaías 57:20,21)
         Caro leitor nossos olhos voltam a essa incrível afirmação do Senhor no tocante aos ímpios. São palavras vindas diretamente da boca de Deus: “Para os ímpios, diz o meu Deus, não há paz”. Há profundidade nas palavras do Senhor, por isso devemos perscrutá-las a fim de que saibamos o que realmente está acontecendo no íntimo, mesmo diante de todas as tentativas dos ímpios em encobrir a condição do seu coração.
         Toda tentativa dos ímpios de tapar sua situação com atividades religiosas com uma fachada de paz há de mostrar ser fadada ao fracasso. Seu problema está no seu coração. Sua luta continua sendo contra Deus. Nós vemos o homem por aquilo que vemos; vemos sua aparência, ou mesmo sua condição social, mas o Senhor vê o homem no íntimo e Ele requer a verdade no íntimo, não na aparência (Salmo 51:6). Deus disse para Samuel: “O Senhor vê o coração...” (1 Samuel 16).
         Mesmo parecendo crente por fora, mesmo sendo visto como alguém espiritual; mesmo que pareça ser salvo; mesmo que suas atividades mostrem o quanto é esforçado e zeloso em seus deveres, sua paz é perigosa paz, caso a guerra contra Deus continue no íntimo. Enquanto estiver na igreja tudo parecerá maravilhoso e haverá uma sensação de bem-estar e de que Deus satisfeito com tanto resplendor de bênçãos. Mas quando o coração está em guerra contra Deus, o mundo e as iniquidades estão do lado de fora da igreja. Satanás espera até que o culto termine a fim de enlaçá-lo e levá-lo para o lugar onde tanto deseja estar. O tesouro do ímpio está no mundo, portanto, seu coração está ali.
         Ó como a justiça própria é perigosa! Ela encobre o homem no coração; ela adorna o homem de uma aparência piedosa e de um verdadeiro justo. A justiça própria torna o homem incomparável, mas seus trajes são removidos assim que terminar o culto. Lá fora ele será outro e mostrará ser o que realmente é através dos seus atos.
         A paz é falsa quando o homem está tentando pagar algo a Deus. Ó quão idólatra é essa paz! Ó quanto sacrifício o coração arrogante está disposto a fazer! Ah! Quanto a natureza carnal está disposta a subir às mais altas montanhas de sacrifícios! A natureza presunçosa consegue trabalhar e ajuntar tudo ao seu derredor a fim de oferecer seus sacrifícios de paz. Sempre há recursos em suas mãos para pagar a Deus. Ei-lo aqui e ali saudando a todos, requerendo paz e espalhando essa paz. É como a mulher adúltera de Provérbios que come, limpa a boca e afirma que não cometeu maldade.
         Caro leitor, na luta para pagar a Deus com sacrifícios, trabalhos, e outras atividades religiosas os ímpios ignoram a misericórdia de Deus. A soberba no íntimo declara que não aceita o sistema de Deus; que não adota os princípios bíblicos; que odeia o caminho rumo ao céu e que não quer deixar o mundo com suas paixões. A paz obtida ao tentar pagar a Deus é uma paz momentânea, é como fumaça, como fogo de palha. Não é algo durável, eterna e apta para enfrentar as tempestades desta vida. A paz falsificada pelo engano do pecado ela é fortificada pelo ambiente e sustentada por todos quantos estão no mesmo percurso. Mas a verdade é que não passa de profanação e rebelião blasfema.
         A falsa paz tem seu consolo superficial, porque é o ímpio declarando que tem algo lá fora que ele ama mais. O ímpio tem Deus na lista de seus amores, mas a verdade é que Deus apenas é uma figura criada pelo perverso coração, a fim de abençoar seus amantes. Os ímpios não conseguem, nem querem abandonar suas idolatrias, seus pecados favoritos guardados na sala escura do seu coração enganoso e pervertido (Jeremias 17:9).
         Caro leitor, sua alma está aflita e desesperada? Você está longe do Senhor e vivendo nas trevas? Eis que o Senhor Jesus, Autor de uma tão grande salvação está agora pronto para salvar perdidos, dando-lhes a verdadeira e eterna paz (Salmo 32:1e2).

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