sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A COMUNHÃO DO SACRIFICIO DO CORDEIRO




E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães asmos; com ervas amargosas a comerão” (Êxodo 12:8).
         Caro leitor, este texto é tão revelador e tão cheio das verdades do evangelho da glória de Cristo, que não podemos passar por cima. Devemos aprender acerca dessas verdades tão importantes e para isso é necessário que peguemos a luz da graça e façamos com brilhe intensamente sobre esse símbolo trazido pelo Espírito Santo em Êxodo em pleno limiar da época da lei.
         Vemos a família israelita no interior de sua casa desfrutando da perfeita e segura proteção do sangue aplicado nas ombreiras e na verga da porta, do lado de fora. Somente a fé podia repousar nessa infalível promessa e dar paz aos corações. Assim a fé do crente repousa na segurança do sangue de Cristo e desfruta da paz eterna, porquanto é o sangue remidor que marca o pagamento feito de uma vez por todas, a fim de que todos os salvos estejam eternamente livres da Ira vindoura (1 Tessalonicenses 1:    10).
         Mas as glórias da justificação pelo sangue reúnem os santos em torno do Cordeiro de Deus numa só fé. Não era para a família israelita ficar assentada e acovardada no interior da casa. A prova da suficiência do sangue marcado no lado de fora era que o cordeiro morto estava à disposição daquela família no lado de dentro. Que provisão preciosa da graça! Do lado de fora vemos o sangue para nossa eterna e segura salvação. Mas vemos o cordeiro morto no interior da casa – Cristo em nós. Não há lugar para miséria, tristeza, indiferença, etc. A fé precisava apossar do cordeiro e realizar a festa; todos deveriam estar aptos para a grande jornada de peregrinação rumo à Canaã.
         Mas, outra lição exposta no texto é que a família participaria da comunhão do sofrimento do cordeiro. Ali estava perante eles um animal que foi morto e cujo sangue tinha marcada o acesso à casa, a fim de impedir a Ira de Deus contra o primogênito. Vemos o quanto o cordeiro morto era suficiente para tudo. Assim é Cristo para os salvos. Fomos chamados à participação plena de Cristo, nosso Cordeiro. Não inventemos outro Cristo; não fomos chamados para trazer ao culto um sistema adaptado aos padrões mundanos e carnais dos homens. Cristo em Sua morte é plenamente suficiente para os santos de Deus.
         Vejamos um pouco mais a respeito dessa tremenda verdade: “...comerão a carne assada no fogo...”. Caro leitor, pode você entender essas maravilhas? Tem você uma mente santificada, a fim de apoderar disso? Vejamos que é exatamente nisso que o mundo odeia e detesta o verdadeiro culto a Deus. Eles querem um cristo diferente, adaptado à maneira religiosa de pensar. Mas, a salvação bíblica nos leva sempre à cruz; Deus quer que Seu povo conheça as preciosidades do Seu Cordeiro amado e é justamente nesse ponto onde a natureza carnal não pode entrar.
         Caro leitor, a “...carne assada no fogo...” revela que por causa de nossos pecados o Filho de Deus enfrentou a terrível ira de Deus; que Ele sofreu na cruz o fogo consumidor da Ira santa e justa; que Ele ocupou nosso lugar; que nós pecadores indignos, merecedores da eterna punição tivemos um substituto perfeito, dado por Deus. Mais do que isso, a fé deve contemplar esse Cordeiro em atitude de profunda humilhação, vendo onde foi que o amor de Cristo chegou e até que ponto Ele se entregou por nós (Tito 2:14).
         Caro leitor, a “...carne assada no fogo...” mostra o quanto esse evangelho moderno está diametralmente longe da verdadeira mensagem da cruz; o quanto o cristo moderno é uma imitação de satanás. Mas o evangelho chega com a mensagem verdadeira, a fim de chamar pecadores ao lugar certo. Na presença desse Salvador não há lugar para corações mundanos e arrogantes, mas sim para pecadores aflitos, os quais desesperados na alma estão agora invocando o Nome do Senhor para serem salvos.

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