quinta-feira, 28 de novembro de 2013

AS DUAS PROVAS DA REBELIÃO DO HOMEM (3)




Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas  (Jeremias 2:13).
         Caro leitor continuemos meditando nesse verso tão incrível, revelador e tão importante para que venhamos a discernir biblicamente as condições de nossos dias. Vejamos as lições tão impressionantes e ilustrativas, porque sei que será de grande proveito para aqueles que amam a verdade de todo coração.
         Vemos no texto que nosso Senhor simplifica todos os hediondos erros da nação judaica em dois e almejo considerar esses erros como causa e efeito.  Primeiramente veremos a CAUSA: “...a mim me deixaram...”. Eis aí a causa de tudo; eis aí a prova da triste condição do homem no pecado em todos os lugares, em todas as épocas desde o Éden e em no mundo inteiro. O que Deus mostra à nação de Judá nos dias de Jeremias é exatamente aquilo que a mensagem santa e pura do evangelho publica em toda Escritura: “Pois todos pecadores e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23). A causa de todos os males, tragédias, maldades e destruições que ocorrem e já ocorreram na história humana jaz no fato que os homens deixaram o Senhor: “...a mim me deixaram...”.
         Certamente os homens no pecado não pensam assim, porque seus corações arrogantes não reconhecem Deus como Deus; o barro é mobilizado pelo pecado a sentir-se como se fosse o próprio oleiro. Por essa razão, enfeitiçados pelo espírito soberbo da sinuosa serpente, homens e mulheres acreditam que podem viver sem Deus, e de fato lutam corajosamente para encarar a vida assim: “...sem Deus no mundo” (Efésios 2:12). Se estivéssemos em Jerusalém nos dias de Jeremias e olhássemos a vida espiritual da nação, aparentemente nada de errado veríamos, porque o povo estava bem ocupado com as tradições da religião judaica e praticava os rituais, conforme a lei. Mas era só aparência e os falsos mestres, ocupados em obter lucros com seus falsos ensinos mantinham a multidão entretida com uma falsa paz. A mensagem deles era sempre esta: “...Não vereis espada, e não tereis fome; antes vos darei paz verdadeira neste lugar” (Jeremias 14:13).
         Caro leitor examinemos juntos o ensino que a bíblia apresenta a respeito de nosso definido afastamento de Deus. Estou certo que em nossos dias são milhões e milhões de almas que desconhecem essa verdade. Em nossos dias aumentou drasticamente o número de falsos mestres que aproveitam da ignorância do povo a fim de obterem lucros materiais. Por isso a verdade do evangelho da glória de Cristo deve ser pregada, a fim de mostrar às multidões que a bíblia não esconde o pecado; que a bíblia mostra a miséria do homem em Adão; que a bíblia na santa lei xinga o homem; que os homens estão numa condição de completo desamparo, são vistos como vermes e são merecedores da condenação eterna.
         Quero agora tomar alguns vocábulos bíblicos que expressam exatamente a condição do homem no pecado desde sua queda. Estou certo que a natureza enganosa do coração alimenta no íntimo que tudo está bem com Deus; que nada há de errado; que não obstante alguns pecados no final vai dar tudo certo; que Deus é o paizão de todos e que irá receber a todos no céu. Esse espírito ecumênico faz parte dos sentimentos religiosos dos homens no pecado.
         Mas, não queremos fundamentar nossa fé naquilo que cada pessoa individualmente pensa e acha. A Palavra de Deus é a suprema autoridade: “Assim diz o Senhor!”. Homens e mulheres precisam conhecer a verdade; precisam ir ao médico dos médicos nas sagradas letras, a fim de verem que estão cheios de chagas da cabeça aos pés (Isaías 1:6); que são terrivelmente culpados e que não serão tidos como inocentes caso não se arrependam e creiam na suficiência do Sangue do Cordeiro. A santa lei mostra o terrível diagnóstico dos homens em Adão e declara que são malditos e que não há esperança a não ser no verdadeiro e perfeito substituto que Deus escolheu para ser o Salvador benditos dos perdidos.
        

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