:“...e eu o ressuscitarei no último dia” (João
6:44)
GLORIOSA
OBRA DA RESSURREIÇÃO VISTA NOS SALVOS:
Caro leitor, nada podemos ver das
maravilhas da ressurreição, a não ser nas vidas de homens e mulheres que foram
chamados da morte para a vida quando foram salvos. Quero enfatizar que as
glórias da ressurreição não são vistas em espetáculos de cultos cheios de
barulhos, nem em sentimentalismos vazios, conforme vemos ocorrendo no mundo
evangélico de hoje. As glórias da ressurreição são presenciadas no viver
simples dos santos que vivem e andam pela fé, em santa obediência à Palavra.
Milhares e milhares de genuínos crentes passaram e passam por este mundo sem
sequer serem notados. Ora, o mundo não tolera a vida do Filho de Deus mostrada
nos crentes, o mundo ignora e até mesmo desdenha desse modo de viver.
Mas quero aqui levar esse fato ao
conhecimento dos leitores que realmente são salvos. A ressurreição só pode ser
exemplificada nas conquistas diárias dos santos, mesmo as mais simples
conquistas, porque são obras da nova vida. Uma pedra preciosa, mesmo sendo bem
pequena é tão preciosa quanto uma enorme pedra. Quem daria importância às cinco
pedras tomadas por Davi no ribeiro? Mas devemos saber que uma delas foi
suficiente para matar Golias. Os crentes devem saber que pequenas conquistas da
fé são preciosíssimas, porque elas brilham neste mundo. As conquistas dos
santos estão guardadas como tesouros de Deus e elas são tomadas por Ele para
grandes bênçãos. As duas parteiras no Egito foram grandemente usadas por Deus
num ato de fé e Deus honrou aquela fé (Êxodo 1:15-20), para o livramento de
muitas crianças daquele ato criminoso por parte de Faraó.
Caro leitor, comumente pensamos que
estamos no auge da bênção quando sentimos a presença do Senhor; quando achamos
que consagramos nossas vidas, mas a verdade é que a luz da ressurreição brilha
naqueles momentos sombrios e lúgubres, quando parece que Deus está longe e que
total infelicidade paira sobre nossas cabeças. Mas venho lembrar aos santos
aqui que a vitória do crente consiste em andar em santa obediência ao Senhor;
consiste em enfrentar as tremendas tentações da carne e as solércias do
inimigo. É em plena escuridão que surge a importância e necessidade da luz.
Então, importa que cada crente saiba que somente e tão somente quando estamos
decididos pela fé a não ceder para o mal e para os desejos da carne, que
realmente experimentamos o sabor da ressurreição.
Vou tentar esclarecer melhor. Quando os
crentes são vencidos por qualquer manifestação carnal, imediatamente surge o
sabor da morte e a carne quer lutar para maquiar a vida cristã. Muitos fazem
isso, muitos querem logo falar versículos; muitos querem imediatamente
trabalhar mais para Deus, numa tentativa inútil de encobrir atos da carne. Que
caminho perigoso, justamente porque alarga o orgulho e a vida fica ainda mais
exposta aos desejos malignos. Caro leitor, só poderemos experimentar o gozo da
ressurreição e as maravilhas da perfeição que há de vir, se realmente
estivermos prontos e dispostos para vencer toda tentação. Não tem outro
caminho, não tem atalhos na vida cristã. Paulo trata sobre isso no
impressionante cap. 8 de Romanos: “...mas se pelo Espírito mortificardes os feitos
do corpo, certamente vivereis” (verso 13).
Caro leitor, eis aí o que faz a
diferença entre o salvo e o não salvo. Os salvos são os herdeiros da
ressurreição, e habita neles esse princípio eterno e glorioso, com a presença
do Espírito de Cristo neles (Romanos 8:11). Estejamos certos que a alegria, o
prazer, a felicidade, o regozijo e a força para novos triunfos aparecem quando
vencemos a carne continuamente. José ganhou forças quando fugiu da tentação
(Gênesis 39) e nós não somos diferentes, não somos crentes mais especiais; não
somos uma espécie de “crentes de uma nova era”. Fisicamente habitamos no pecado
e estamos cercados do mundo perigosíssimo. As mesmas experiências que santos
tiveram no passado, estamos enfrentando em pleno século 21.
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