“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a
vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” Romanos 6:23.
A TRANSBORDANTE GRAÇA (introdução)
Caro leitor, não
podemos esquecer que Deus requer a verdade no íntimo (Salmo 51:6), por isso
sejamos diligentes na investigação do nosso coração mediante o trabalho
perscrutador da “Espada do Espírito” (Hebreus 4:12), até que nosso ser
seja completamente invadido pela verdade; até que sejamos capazes de suportar o
peso dessa verdade em nosso íntimo. Sejamos cautelosos com o espírito de
mentira que reina neste mundo, cuidemos com nosso enganoso e corrompido coração
(Jeremias 17:9), pois somente assim andaremos trilhando o caminho da plena
convicção de fé, prosseguindo rumo à Nova Jerusalém. Pode estar certo que se
sua fé é a verdadeira fé, a graça lhe elevará às alturas da glória.
Na meditação de hoje
procurarei mostrar o quanto a graça é transbordante para o pecador arrependido.
Na própria lei veremos como brilha o coração terno e compassivo do Senhor. Para
isso tomemos uma das mais esplêndidas passagens das Escrituras em Jeremias 29
versos 11-13. No contexto vemos uma promessa feita a Israel. Aquela nação
estava cercada pelos babilônios; eles seriam exilados da nação de Judá a fim de
ficarem setenta anos na distante Babilônia. Foi nessa circunstância de juízo
aterrorizante que Deus fez brilhar a promessa de agir com sua compaixão em
favor do seu povo, realizando entre eles uma obra que somente a graça pode
fazer. Peço ao leitor que abra sua Bíblia naquela passagem e acompanhem o
desenrolar dessa obra salvadora da graça de Deus.
O que acontece quando
a abundante graça opera? O que acontece quando as compaixões de Deus se
manifestam acesas no meio dos pecadores para salvar? Três acontecimentos
esplêndidos aparecem:
1. O AMBIENTE DE MILAGRE:
“...me invocareis, passareis a orar a mim...”; “Buscar-me-eis...”.
(versos 11,12). Notemos como há uma incessante busca a Deus por parte do
pecador. Ora, como pode o homem no pecado buscar a Deus? É impossível! “...não
há quem busque a Deus” (Romanos 3:11). Ainda em Jeremias 30:21 vemos o
Senhor afirmando o seguinte: “...pois quem de si mesmo ousaria
aproximar-se de mim?...”. Não temos como explicar isso a não ser na
atividade miraculosa da graça. Deus não espera que os homens venham a Ele, é
Ele que ordena isso. Prestemos atenção e veremos que o poder é da Palavra e não
da decisão humana: “...passareis a orar a mim...” (verso12).
Assim podemos que é obra de arte da graça em abrir os olhos dos pecadores e
apurar seus ouvidos para a verdade salvadora. Notemos que na mensagem pregada
por Pedro no dia de pentecostes, a presença milagrosa da graça fez com que
aqueles quase três mil homens tivessem seus corações compungidos, por isso
queriam saber o que fazer ante a clareza da mensagem pregada por Pedro: “...Que
faremos, irmãos?”. Que atuação poderosa! Aquela multidão que cinqüenta
dias antes gritaram pedindo a crucificação do Filho de Deus é agora cercada da
misericórdia do Senhor que naquele momento visitou seus corações para
salva-los.
Meu caro leitor, o ambiente da
presença de Deus é onde há arrependimento. Nosso Senhor mesmo afirmou que veio
chamar pecadores ao arrependimento (Mateus 9:13). O Senhor tem prazer em
comunicar seu coração gracioso a uma alma humilhada, quedada aos Seus pés. Não
tem alguém mais feliz do que aquele que pode ouvir a respeito da gloriosa
salvação conquistada pelo Filho de Deus na cruz, o qual conquistou pleno perdão
e purificação para a alma culpada. Pode agora invocar o Nome desse salvador
bendito, porquanto Ele está perto e pronto para abraçar e purificar o pecador
de todos os seus imundos pecados.
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