“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a
vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” Romanos 6:23.
A TRANSBORDANTE GRAÇA (continuação)
Quão gloriosa é obra
da soberana graça! Ninguém pode ir a Cristo a não ser pela atuação desse Deus
que é riquíssimo em misericórdia (Efésios 2:4). Conhecer o Filho de Deus nunca
foi nem será uma iniciativa do homem: “...não depende de quem quer ou de quem
corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Romanos 9:16). O mais
glorioso de todos os privilégios é um pecador ser entregue pelo pai ao Filho,
porquanto ninguém pode conhecer o Filho de Deus, a não ser a pessoa a quem o
próprio Filho o quiser revelar (Mateus 11:27), e são somente e tão somente os
“...cansados e sobrecarregados” (Mateus 11:28).
Prossigamos
contemplando a maneira graciosa de Deus atuar na salvação dos perdidos. Estamos
vendo isso em Jeremias 29:12-14. Na meditação anterior pude mostrar
primeiramente o ambiente de milagre. Presenciamos ali que é a própria obra de
arte da graça em romper com todo poder dominante do pecado e da morte no homem
e assim atraí-lo ao Senhor: “Passareis a orar”. Incrível! O
ambiente passa a ser de invocação: “Todo aquele que invocar o Nome do Senhor
será salvo” (Romanos 10:13); os olhos espirituais são abertos para
agora vislumbrar a glória dessa tão grande salvação e os ouvidos passam a ouvir
aquilo que jamais ouvira.
Prosseguindo, há uma
atmosfera de anseio e necessidade: “...me invocareis...” e “...passareis
a orar a mim...”. O que vemos é que a graça opera sensível mudança na
mente, nas emoções e na vontade, antes dominados e controlados pelo pecado. No
pecado o homem afirma pelo seu modo de viver que não precisa de Deus; seu braço
forte é confiar no homem (Jeremias 17:9), nada quer de discernimento porque
acha que pode viver para si em busca de seus próprios interesses; não passa de
ser uma ovelha desgarrada seguindo o seu próprio caminho (Isaías 53:6); seu
caminho é de arrogância, jamais temendo o Senhor e confiando na provisão deste
mundo e em suas próprias habilidades. Mas agora tudo mudou, porque é agora uma
alma que vê sua própria desgraça eterna, sua miséria como um réu sentenciado à
punição, debaixo da Ira de um Deus que odeia o pecado. Por isso é que agora ela
passa com o carcereiro de Filipos: “...que farei para ser salvo?”; com o
ladrão na cruz: “...lembra-te de mim quando entrares no teu reino”.
Passemos agora à
segunda lição que o texto nos ensina: A presença graciosa. É algo digno da
nossa preciosa atenção. Caro leitor considere as maravilhas desse Deus cujo
ministério é salvar perdidos! Ponha seus olhos sobre essa magnificente passagem
de Jeremias 29 e veja a ternura desse Salvador bendito. Primeiramente vemos que
Seus ouvidos estão abertos para ouvir as súplicas de um coração arrependido:
“...e
eu vos ouvirei.” (12).
Eis aí a mais
maravilhosa notícia trazida do céu aos pecadores! É triste ver a condição em
que as multidões têm sido ludibriadas pelos falsos mestres em nossos dias!
Quantas promessas ocas! Quantos corações iludidos pelas bagatelas desta vida
passageira! Os ouvidos do Senhor estão apurados para ouvir o clamor de um
coração aflito e desesperado no pecado. Ora, o Filho de Deus se entregou a Si
mesmo a fim de salvar pecadores da destruição vindoura e também desarraigá-los
deste sistema maligno de vida que este mundo oferece (Gálatas 1:4). Ele ouve as
orações de homens e mulheres arrependidos, porquanto Ele se humilhou a fim de
buscar pecadores assim, cansados de viver no pecado. Ele não veio ao mundo promover
prosperidade material. Essa é a atividade de satanás que ludibria os corações
com promessas de felicidade terrena.
Que a graça opere
salvando almas neste momento. É minha oração.
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