“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a
vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” Romanos 6:23.
OS RESULTADOS ETERNOS DA GRAÇA (introdução):
Caro leitor,
certamente este verso coloca-nos perante o trabalho triunfante da graça. Na
meditação a respeito dos resultados eternos da graça quero
contribuir para a edificação dos leitores crentes. Estou certo que uma fraca e
débil definição a respeito da graça resulta num terrível enfraquecimento da
igreja. Todos os verdadeiros crentes fazem parte da escola da graça, porque a graça é a vitrine de Deus
onde somente genuínos crentes interessam entrar e ao chegar ali percebem que
tudo pertence a eles e que pela fé podem adquirir. Nós precisamos saber onde
fomos achados, o que somos agora e o que seremos na eternidade.
A primeira lição é que
necessitamos saber a respeito do poderoso
chamado da graça. Ora, claramente vemos que é Deus quem chama pecadores
para Si. É porque Ele chama, que os pecadores vão a Ele: “Todo aquele que o Pai
me dá, esse virá a mim...” (João 6:37). Não há quem queira aproximar-se do Filho
de Deus sem que o Pai impulsione o pecador a essa decisão. Para a rainha Ester
chegar à presença do rei Assuero era necessário que este estendesse o cetro
para ela, do contrário a sentença inequívoca era a morte (Ester 4:11). Ora, se
era assim com um soberano mortal, o que diremos daquele que é Rei dos reis e
Senhor dos Senhores? Ir a Cristo não é uma decisão do homem, mas sim de Deus,
por quê? A resposta clara é que não há ninguém que queira por si mesmo ir a
Cristo. A natureza maligna do homem só pode correr em direção ao pecado; assim como
o ferro é atraído pelo ímã, o pobre pecador caído em Adão corre velozmente em
direção ao pecado. A habitação do pecador é nas trevas e para sair dessa
escuridão onde vive escondido necessita ser chamado (1 Pedro 2:9); não passa de
um defunto espiritual que recebe energia do espírito da potestade do ar
(Efésios 2:2), a fim de fazer o que neste mundo? Pecar, pecar e pecar!
Amado leitor cabe a
nós agora conhecer as maravilhas desse chamado da graça. Para isso vamos juntos
para uma passagem esplêndida em Ezequiel 37. A nação de Israel fora levada para
o cativeiro e suas esperanças desvaneceram de voltar a ser uma nação. Na visão
Ezequiel vê o povo de Israel como um vale cheio de ossos secos. Estavam mortos
e a prova da morte era bem clara nos ossos secos, mostrando que não havia
qualquer esperança. Para Ezequiel só havia uma esperança para aquela multidão
de ossos ressequidos: “...Senhor Deus, tu o sabes” (verso 3). O que podemos
fazer diante de um morto? Nada! Dar vida é milagre e à semelhança de Ezequiel,
devemos voltar para Deus dizendo: “...Senhor Deus, tu o sabes”. Para mostrar a
Israel que sua volta a Deus dependia inteiramente dessa poderosa e soberana
chamada dentre os mortos, o que aconteceu? Ezequiel falou em tom profético e
eis que o milagre começou, os ossos começaram a mexer e a estrutura física
começou a surgir, ossos ligando com ossos e a carne cobrindo os esqueletos.
Maravilha! Quando aquele vale não era mais os feios ossos secos, mas sim corpos
inteiros, eis que nova ordem foi dada e o Espírito entrou neles (verso 9).
Agora sim, a vida entrou neles, passaram a mover, falar, agir!
Caro leitor,
precisamos de uma ilustração melhor que mostre nossa tão triste situação
outrora no pecado? Você me diz: “Pastor, aquilo referia a Israel!”. Mas eu
respondo que é essa a verdade do que o pecado fez conosco. Olha o que é dito em
Efésios 2:1: “Ele vos deu vida estando vós mortos em vossos delitos e pecados”.
Eis aí o serviço da graça em relação aos pecadores! Quem éramos nós? Caídos em
Adão! Todo nosso ser a serviço do pecado! Toda nossa vontade escravizada ao
pecado! Todo nosso pensamento e emoções habilitados em servir ao mal, desde
quando nascemos (Salmo 51:5). Até que o milagre ocorreu, quando o Espírito
abriu nossos surdos ouvidos e ouvimos o chamado e assim corremos em direção ao
Filho para obtermos vida.
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