“E qualquer que escandalizar um destes
pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma
grande pedra de moinho e que fosse lançado no mar. ....ires para o inferno,
para o fogo que não se acaba” (MARCOS 9:42-50)
A SERIEDADE DO INFERNO: “...te faz tropeçar..., pois é melhor...”
Caro leitor, já
pudemos examinar o texto e ter uma noção do real significado do sofrimento
eterno que aguarda as almas impenitentes e mantidas em sua incredulidade. Agora
é o momento para que avancemos um pouco mais nesse exame cauteloso, mas solene
e santo, pois estamos diante da Palavra de um Deus que não pode mentir. Sua
Palavra é infinitamente mais importante do que aquilo que qualquer homem neste
mundo pensa e considera as coisas eternas. Ao lidar com a realidade do castigo
vindouro temos que sair dessa esfera mundana, a fim de vê tudo do ponto de
vista da eternidade. Creio que esse texto de Marcos nos ajudará a ter essa
visão bendita das realidades jamais vistas nem contempladas pelos mundanos.
Examinemos A SERIEDADE
DO INFERNO nas palavras ditas por nosso Senhor: “...te faz tropeçar..., pois é
melhor...” (versos 43, 45 e 47). Percebemos nessas palavras carregadas
de seríssimas advertências o quanto o modo de vida aqui pode ser o trampolim
para o salto no sofrimento eterno. Notemos bem que nosso Senhor não está
ensinando salvação por obras. Nosso Senhor não traz a lume aquilo que é
ensinado por Paulo em Romanos, no tocante a salvação pela fé em Cristo. O que
nosso Senhor faz é mostrar as obras mostram se a fé é verdadeira ou não é.
Noutras palavras, Cristo põe pés, mãos, sentimentos, pensamentos e atos na fé.
É exatamente o que Tiago ensina em sua carta, no cap. 2. Ele diz que a fé que
não é evidenciada por obras, não passava de um repugnante cadáver.
Então, devemos notar
que a fé quando não é mostrada com sinais vitalícios de atividades santas e
temor a Deus, essa fé torna-se um objeto de perseguição e causa de sofrimentos
neste mundo. Ora, nosso Senhor estava perante homens e mulheres religiosos;
pessoas que se gabavam de serem melhores do que as nações vizinhas; pessoas que
até mesmo examinavam diariamente as Escrituras, mas com seus olhos mundanos,
carnais e com corações cheios de hipocrisias. Ora, nós sabemos pelas escrituras
que a religiosidade falsa é perigosa e letal, especialmente porque ataca e
persegue os verdadeiros crentes. Note bem que o Senhor trata sobre isso no
texto: “...qualquer que fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim...”
(verso 42). Quando a fé é contrária ao verdadeiro crer, ela aponta suas armas
contra o povo de Deus na tentativa de fazer os santos tropeçar e cair.
A linguagem de Cristo
em Sua conversa com os judeus era marcada sempre por algum relato do Velho
Testamento. Por exemplo, Deus castigou o povo edomita porque simplesmente não
socorreu o povo quando Israel peregrinava pelo deserto; eles foram hostis e
ameaçaram o povo caso passasse por suas terras (Números 20:14-21). Uma das
evidências de uma fé verdadeira em alguém é seu desejo de associar-se com povo
de Deus neste mundo. Foi assim com a prostituta Raabe, pois assim que os dois
espias chegaram, ela imediatamente os recolheu para protegê-los da morte. Ela
fez isso porque em seu coração cheio de temor ao Deus de Israel era aliada a
esse Deus, porque O temeu e queria ser salva (Josué 2).
Então, essa é a
primeira lição prática que temos no texto, que um viver marcado neste mundo
para fazer tropeçar outros que querem conhecer a verdade é sinal de que caminha
para a punição eterna. Milhares fazem isso, pois logo se voltam contra os
verdadeiros crentes. Quando alguém é salvo, todo esse sistema natural de vida
perde seu sentido, pois até mesmo parentes se tornam inimigos da fé. Não foi
assim quando Saulo se converteu? Não demorou para que os líderes religiosos
quisessem embargar sua fé, por isso planejam, mentiram e inventaram meios para
tirar a vida do apóstolo.
Meu amigo, para onde
você caminha neste momento? Sua fé prova que pertence a Deus?
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