terça-feira, 26 de novembro de 2013

ETERNA E GLORIOSA SALVAÇÃO (7 de 20)




“...Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu” (Isaías 43:1)
                   Caro amigo veja como o Redentor fala diretamente aos nossos corações nesse texto! “...chamei-te pelo teu nome...”. Vemos nessas palavras a sublimidade da graça em Sua plena eficácia para atrair os pecadores. Será o nosso tema na lição de hoje e veremos o quanto o Espírito de Deus espalhou essa verdade em toda Escritura. Aquele que se apresentou para ser o remidor dos pecadores não parou na mera redenção; Seu trabalho não consistiu de apenas ir à cruz e tornar-Se nosso substituto. Ele não somente veio para realizar a compra com Seu sangue como também veio para ser o grande evangelista, e assim chamar cada ovelha Sua individualmente para Si: “...chamei-te pelo teu nome...”.
         Caro leitor, nós estamos na sala de aula da graça, por isso avancemos no exame dessas maravilhosas palavras dirigidas ao povo que Ele amou na eternidade. Notemos que o verbo está no passado: “...chamei-te...”, isso deve levar-nos à santa contemplação dessa incrível atividade da graça. No plano eterno nosso Senhor já chamou todos os pecadores, pois a existência de todas as coisas depende desse grande chamamento. Nada neste mundo veio sem a Palavra, pois Ele ordenou e tudo passou a existir.
         Essa verdade deve ser recebida com alegria e em plena normalidade pelos corações que realmente creem, pois estamos lidando com o Oniciente Senhor. Ele não precisa esperar o tempo para realizar Seus planos eternos: “Aos que predestinou, a esses também chamou...” (Romanos 8:29). Ora, o tempo vem apenas para mostrar o quanto Seus planos são eficientes, que nada há de estorvar Seus intentos e que até mesmo os inimigos trabalham para que tudo seja realizado com êxito. Então, fica bem claro que o grande evangelista é Ele, o Senhor, pois Ele mesmo não somente se entregou a Si mesmo, como também conheceu e conhece todas as Suas ovelhas (João 10:27). Então, não devemos estranhar essa linguagem e esse ensino.
         Mas, também devemos considerar o fato que Ele está usando o tempo e ministrando Sua real Palavra, a fim de chamar pecadores. A salvação não é uma conquista parcial, mas sim total. Cristo não efetuou a redenção dos pecadores ali na cruz e entregou o resto do trabalho para os apóstolos e evangelistas. A situação dos homens no pecado exige que o trabalho seja soberanamente feito por Deus. Paulo trata isso em Efésios 2. Nos dez primeiros versos desse cap. o apóstolo procura arrancar dos crentes todo motivo para a auto vanglória, quando ele mostra que nossa situação era de mortos em nossos delitos e pecados (Efésios 2:1).
         Ora, todos nós sabemos que morte é morte e onde há morte não pode haver vida. O resultado mais trágico do pecado nos homens é a mais terrível morte – a morte espiritual. Significa que nada há de ligação com Deus; que nada há no homem de qualquer evidência da vida divinal. Pode haver algo bom da vida natural, mas tudo não passa de folhagem ressequida e que tudo é como erva que murcha e morre. Não estamos tratando aqui do homem natural, nem daquilo que a natureza pode fazer, pois tudo fenece com o tempo e nada tem de valor para Deus. Se não tiver a vida que há no Filho, certamente tudo o que é derivado do velho homem em Adão é fracasso e para nada serve.
         Caro leitor, o Senhor não veio renovar o homem velho; o Senhor não veio para achar o que há de melhor no homem natural. Ele veio para dar vida aos mortos (João 5:25). Noutras palavras, o Senhor trabalha num cemitério mundano, a fim chamar pecadores da morte para a vida. O evangelho não é um trabalho social, humanitário. A mensagem santa é Deus falando e chamando defuntos, ordenando-lhes que saiam da sepultura onde estão. Os pecadores neste mundo são “ossos secos”, e não há qualquer esperança se Ele não executar esse trabalho sobrenatural.

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