“...Não
temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu” (Isaías
43:1)
Caro
amigo veja como o Redentor fala diretamente aos nossos corações nesse texto!
“...chamei-te
pelo teu nome...”. Vemos nessas palavras a sublimidade da graça em Sua
plena eficácia para atrair os pecadores. Será o nosso tema na lição de hoje e
veremos o quanto o Espírito de Deus espalhou essa verdade em toda Escritura.
Aquele que se apresentou para ser o remidor dos pecadores não parou na mera
redenção; Seu trabalho não consistiu de apenas ir à cruz e tornar-Se nosso
substituto. Ele não somente veio para realizar a compra com Seu sangue como
também veio para ser o grande evangelista, e assim chamar cada ovelha Sua
individualmente para Si: “...chamei-te pelo teu nome...”.
Caro
leitor, nós estamos na sala de aula da graça, por isso avancemos no exame
dessas maravilhosas palavras dirigidas ao povo que Ele amou na eternidade.
Notemos que o verbo está no passado: “...chamei-te...”, isso deve
levar-nos à santa contemplação dessa incrível atividade da graça. No plano
eterno nosso Senhor já chamou todos os pecadores, pois a existência de todas as
coisas depende desse grande chamamento. Nada neste mundo veio sem a Palavra,
pois Ele ordenou e tudo passou a existir.
Essa
verdade deve ser recebida com alegria e em plena normalidade pelos corações que
realmente creem, pois estamos lidando com o Oniciente Senhor. Ele não precisa
esperar o tempo para realizar Seus planos eternos: “Aos que predestinou, a
esses também chamou...” (Romanos 8:29). Ora, o tempo vem apenas para mostrar o
quanto Seus planos são eficientes, que nada há de estorvar Seus intentos e que
até mesmo os inimigos trabalham para que tudo seja realizado com êxito. Então,
fica bem claro que o grande evangelista é Ele, o Senhor, pois Ele mesmo não
somente se entregou a Si mesmo, como também conheceu e conhece todas as Suas
ovelhas (João 10:27). Então, não devemos estranhar essa linguagem e esse
ensino.
Mas,
também devemos considerar o fato que Ele está usando o tempo e ministrando Sua
real Palavra, a fim de chamar pecadores. A salvação não é uma conquista
parcial, mas sim total. Cristo não efetuou a redenção dos pecadores ali na cruz
e entregou o resto do trabalho para os apóstolos e evangelistas. A situação dos
homens no pecado exige que o trabalho seja soberanamente feito por Deus. Paulo
trata isso em Efésios 2. Nos dez primeiros versos desse cap. o apóstolo procura
arrancar dos crentes todo motivo para a auto vanglória, quando ele mostra que
nossa situação era de mortos em nossos delitos e pecados (Efésios 2:1).
Ora,
todos nós sabemos que morte é morte e onde há morte não pode haver vida. O
resultado mais trágico do pecado nos homens é a mais terrível morte – a morte
espiritual. Significa que nada há de ligação com Deus; que nada há no homem de
qualquer evidência da vida divinal. Pode haver algo bom da vida natural, mas
tudo não passa de folhagem ressequida e que tudo é como erva que murcha e
morre. Não estamos tratando aqui do homem natural, nem daquilo que a natureza
pode fazer, pois tudo fenece com o tempo e nada tem de valor para Deus. Se não
tiver a vida que há no Filho, certamente tudo o que é derivado do velho homem
em Adão é fracasso e para nada serve.
Caro
leitor, o Senhor não veio renovar o homem velho; o Senhor não veio para achar o
que há de melhor no homem natural. Ele veio para dar vida aos mortos (João
5:25). Noutras palavras, o Senhor trabalha num cemitério mundano, a fim chamar
pecadores da morte para a vida. O evangelho não é um trabalho social,
humanitário. A mensagem santa é Deus falando e chamando defuntos,
ordenando-lhes que saiam da sepultura onde estão. Os pecadores neste mundo são “ossos
secos”, e não há qualquer esperança se Ele não executar esse trabalho sobrenatural.
Nenhum comentário:
Postar um comentário