“E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães asmos; com
ervas amargosas a comerão” (Êxodo 12:8).
Caro leitor, quão
grandiosa é a mensagem do evangelho que nos é transmitida por esse evento
simbólico e histórico. Toda história da redenção daquele povo escravo estava no
cordeiro morto. O sangue no lado de fora, marcando os três lugares na porta
dava a proteção contra a Ira do Anjo da morte; o primogênito daquela família
estaria completamente livre do golpe da morte. Então, temos nas três marcas do
sangue do cordeiro no lado de fora a história da salvação, da redenção do
pecador pelo sangue da cruz. Aquele símbolo sangrento é a doutrina da
justificação, provando que o crente está para sempre salvo da Ira de Deus (João
3:36).
Mas a história dos
salvos não para no sangue do lado de fora, pois a família tinha o cordeiro
morto dentro de casa. O sangue lá fora – redenção! O cordeiro morto lá dentro –
comunhão! No sangue do cordeiro visto do lado de fora, temos a paz com Deus
(Romanos 5:1). No cordeiro morto dentro da casa temos a paz de Deus. Que festa
diferente! Era completamente estranha aos pensamentos dos mundanos egípcios.
Assim é a festa dos crentes, porque mediante a paz com Deus obtida na salvação,
eles podem usufruir de Cristo. Percebamos que naquela participação segura do
cordeiro, a comunhão que eles teriam ali estava explicada tudo no próprio
cordeiro.
Caro leitor, que lição
preciosa podemos tirar para nossas vidas! Estamos vendo que a festa cristã
promovida em nossos dias revela que nada tem a ver com a comunhão em torno da
cruz. Se a mensagem é retirada, então a comunhão que surge é falsificada. Se
Cristo não for pregado como o Cordeiro puro e sem mácula, entregue para salvar
o culpado da penalidade eterna, então outro cristo entrará na comunhão e o
mundo será coparticipante dessa festa.
Tomemos o texto acima
e vejamos ali que lições notáveis a graça maravilha nos envia. A primeira é que
a comunhão foi na noite: “E naquela noite...”. Estava perto
daquele momento terrível da visitação da Ira de Deus; todo Egito estava
dormindo, mas a família de judeus deveria estar acordada num verdadeiro culto e
na expectativa para deixar a escravidão egípcia. Assim também a comunhão dos
verdadeiros crentes difere da comunhão mundana. Os santos de Deus estão vivendo
as altas horas da noite. Os crentes devem estar espiritualmente preparados para
o momento glorioso da volta do Senhor, ou da chamada individual mediante a
morte, para o reino de glória.
Outra lição preciosa
emerge do texto, é que a comunhão deveria estar em torno do cordeiro morto: “E
naquela noite comerão a carne assada no fogo...”. Eis aí o verdadeiro
culto prestado pelos santos ao Senhor. Tudo é racional, nada de barulho, nada
de frágeis emoções, nada de providências mundanas. O mundo deve estar longe do
culto do crente, porque tudo está em torno do nosso Cordeiro. Devemos lembrar
que somos o que somos porque Ele foi entregue pelos nossos pecados. Em torno da
mensagem da cruz temos uma só fé, um só cântico e um só pensamento.
Caro leitor, não
esqueça que a mensagem não mudou; que Cristo Jesus morreu pelos nossos pecados;
que não há outra mensagem. Homens e mulheres devem correr dessa mensagem
fantasiosa de nossos dias, pois é perceptível que é a presença aterrorizante do
anti cristo.
Venha amigo ao
Salvador bendito! Venha conhecer o Cordeiro de Deus! Venha para o recinto de
segurança eterna! Venha buscar o conforto eterno para Sua alma! O Cordeiro que
foi morto está vivo, mas a mensagem da Sua morte na cruz é para direcionar o
pobre pecador ao lugar certo e assim escapar da Ira vindoura!
Nenhum comentário:
Postar um comentário