domingo, 6 de outubro de 2013

ENRIQUECENDO COM A BÍBLIA (continuação)



AS ESCRITURAS E O AMOR.
Nos primeiros capítulos, procuramos salientar alguns dos meios, pelos quais podemos verificar, se a nossa leitura e pesquisa das Escrituras realmente estão servindo de bênção para as nossas almas.  Muitas pessoas andam equivocadas, quanto a esse particular, confundindo o desejo intenso de adquirir conhecimento, com o amor espiritual à verdade. (II Tessalonicenses 2:10), na suposição de que, a adição a seu cabedal de conhecimentos, é a mesma coisa que o desenvolvimento na graça.
Entretanto, muito depende da finalidade ou alvo que temos, quando examinamos a Palavra de Deus. Se, se trata da simples questão de nos familiarizarmos com o seu conteúdo, de nos tornarmos melhor versados, quanto a seus detalhes, é bem provável que o canteiro de nossas almas, permanecerá na esterilidade; porém, se com desejo regado por oração a examinamos para ser corrigidos, para sermos sondados pelo Espírito Santo, para amoldarmos os nossos corações a Seus santos requisitos, então podemos esperar a bênção Divina.
Nos capítulos precedentes temo-nos esforçado por salientar os itens vitais, por meio dos quais, podemos aquilatar o progresso que estamos fazendo no campo da piedade pessoal. Vários critérios foram ventilados, mediante os quais, tanto o pregador como o ouvinte, podem medir-se honestamente. Temos frisado testes tais como: Estou adquirindo ódio maior contra o pecado, e estou sendo praticamente libertado de seu poder e de sua poluição? Estou obtendo maior intimidade com Deus, e com o Seu Cristo? Minha vida de oração está se tornando mais saudável? Minhas boas obras, se têm tornado mais abundantes? Minha obediência é mais completa e mais jubilosa? Tenho-me separado mais do mundo, em meus afetos e em minha conduta? Estou aprendendo a fazer uso correto e proveitoso das Promessas de Deus, deleitando-me dessa maneira em Sua pessoa, para que a sua alegria seja a minha força diária?
A menos que eu possa dizer, verdadeiramente, que essas coisas correspondem à minha experiência, (pelo menos até certo ponto), então é de temer grandemente, que os meus estudos bíblicos de pouco ou nada me estão aproveitando. Mas, dificilmente poderíamos julgar próprio que estes capítulos chegassem à sua conclusão, sem nos devotarmos à consideração do amor cristão. A extensão em que essa graça espiritual está sendo cultivada e regulada ou não, fornece outro índice, para a medida em que minhas buscas, na Palavra de Deus, me estão ajudando espiritualmente.
Ninguém poderá ler as Escrituras, com qualquer medida de atenção, sem descobrir o quanto elas têm a dizer sobre o amor; portanto, compete, a cada um de nós, averiguar, cuidadosamente, e sob oração, se essa virtude se encontra em nós em estado rígido, e se está sendo corretamente exercida.
O tema do amor cristão é amplo demais para considerarmos todas as suas variadas facetas dentro dos limites de um único capítulo. Na realidade, deveríamos começar o exame contemplando o exercício do amor que temos para com Deus, e para com o seu Cristo; porém, visto que isso já foi abordado pelo menos superficialmente nos capítulos anteriores, deixaremos esse aspecto de lado.
Por igual modo, muito poderia ser dito acerca do amor natural, que devemos ter para com os nossos semelhantes, os quais pertencem à mesma família que nós; porém, há menor necessidade de escrevermos sobre esse tema, do que sobre aquele que no momento sobe à nossa mente. Neste ponto propomo-nos a focalizar a nossa atenção sobre o amor espiritual aos irmãos, aos nossos irmãos em Cristo.


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