:“...e eu o ressuscitarei no último dia” (João
6:44)
INTRODUÇÃO:
Caro leitor, já dei a
introdução acerca desse assunto tão precioso aos corações daqueles que um dia
foram visitados pelo poder da graça salvadora. Os santos são os herdeiros da
ressurreição; neles habita o Espírito de Cristo, por esse fato estão
absolutamente selados para esse grande dia; eles ainda habitam nesse corpo da
corrupção e da humilhação; por fora sentem o impacto das paixões e da morte,
mas por dentro brilha a luz da esperança, porque aguardam ansiosamente as
perfeições conquistadas por Cristo. Nosso Senhor afirmou quatro vezes no texto
de João cap. 6: “...e eu o ressuscitarei no último dia”, indicando assim a grandeza
tanto atual como eterna dessa salvação tão poderosa. Mas, acima de tudo todo
meu esforço tem como objetivo levar os santos a entenderem o quanto essa
ressurreição para um corpo perfeito, esperança tão aguardada pelos santos tem
um sabor de bênção neste mundo.
A primeira lição que
vai ser despontada agora é que neste mundo vemos UM CENÁRIO SOMBRIO. Tudo isso
é causado pela presença da terrível e poderosa morte. Ela é a mostra venenosa de
tudo o que o pecado pode produzir; ela aparece em cena para desligar e apagar
de uma vez tudo que é vida; ela entrou para mostrar até mesmo na criação que o
pecado trouxe miséria, luto, dor, gemido, aflição, desespero e trevas. Caro
leitor, o fundamento deste mundo é isso aí. Quanto engano enche os corações dos
homens quando pensam que o firme fundamento desta vida está na obtenção de
coisas como dinheiro, sexo, bens, amigos e saúde. Para os homens e mulheres
mundanos eles devem lutar e trabalhar para a obtenção dessas coisas. Mas a
verdade é que isso não passa de uma mera candeia acesa na escuridão; a
estrutura deste mundo é a morte. Entramos neste mundo para fazer duas coisas
apenas: pecar e depois morrer. Fugir
dessa realidade é transformar o viver em loucura; não encarar isso é completa insensatez,
porquanto o modo de vida será pautado em engano e cegueira. Para Herodes a vida
consistia em ter dinheiro, paixões e ser aplaudido e conhecido como um deus.
Mas assim que a morte chegou de forma repentina, eis que a realidade despontou
ali. Herodes não passava de um pobre
verme que partiu deste mundo.
Caro leitor, devemos
estar continuamente aptos para reconhecer que a realidade desta vida só pode
ser vista e entendida à luz daquilo que a Palavra de Deus nos mostra. Quando a
morte chegou e assaltar a família de Jó, eis que ela simplesmente rasgou o véu
da prosperidade e das bênçãos materiais, a fim de mostrar que a realidade da
vida está na presença daquilo que o pecado trouxe. Ela chega para desfazer as
festas, assim como enlutou a vida de Noemi e de suas duas noras (Rute 1); foi
embora toda esperança de uma vida próspera e feliz, deixando três mulheres
jogadas ao desamparo. A morte chega para desmanchar aquilo que pensamos seguro
de vida. Meditemos na vida de Jacó. Percebemos que Raquel era sua amada e que
ele a queria acima de tudo (Gênesis 29), mas assim que a morte tirou a vida
daquela que era tudo para ele, o viver de Jacó foi carregado de tristezas e
angústia, fazendo com que ele se apegasse aos dois únicos filhos que ela havia
lhe deixado – José e Benjamim.
Caro leitor, somente
crentes como Jacó podem perceber essas coisas. Homens como Esaú veem a vida de
outra maneira. Para eles a morte chega sim, mas em nada ela é ameaçadora, pois
para o ímpio nada pode romper com a tão sonhada prosperidade. O sonho de Esaú
era ser um príncipe e fundar uma dinastia de reis e de príncipes (Gênesis 36).
Não sabia ele que tudo não passava de orgulho carnal; que aquela prosperidade
seria para sempre atirada na cinza, devido a Ira de Deus contra os edomitas.
Meu caro leitor, se
seus olhos não miram a ressurreição, a vida aqui será apagada e logo a morte
chegará para mostrar o destino cruel e amargo que aguarda aqueles que não
conhecem a Cristo Jesus o Salvador e Senhor. O ponto final chegará para esta
vida passageira, para dar lugar às cenas de terrores que jamais acabarão.
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