segunda-feira, 28 de outubro de 2013

SOBERANIA DE DEUS NA SALVAÇÃO (17)




Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44).
         A NECESSIDADE DA SOBERANIA (continuação) “Ninguém pode vir a mim...”
         Prezado leitor, meu labor consiste em mostrar que a condição do homem no pecado revela a necessidade da total soberania de Deus na salvação. Nosso Senhor deixa isso bem claro: “Ninguém pode vir a mim se...”. Permita que eu possa aprofundar um pouco mais nesse assunto, porquanto sei que preciso fazer isso, mesmo sabendo do risco de ser ignorado. Sinceramente, não me importo com as reações contrárias às verdades reveladas, porque sei que Deus envia alguns que chegam com sede ao manancial de águas vivas. O convite do evangelho está bem firmado nas Escrituras: “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas...! (Isaías 55:1). Digo e afirmo que ninguém pode ir a Cristo porquanto nada há de prazer no homem natural em relação a Deus. Podemos contestar tal verdade? Olha o que diz a Palavra: “não há quem busque a Deus...” (Romanos 3:11). Caro leitor medite nisso, achegue seu coração perante essa solene afirmativa do Espírito Santo; permita que seja apagada qualquer manifestação de luz proveniente da natureza orgulhosa e vaidosa. Como é que de um profundo poço de corrupção e de maldade pode haver desejos santos? O que é que brota do coração humano? Deixo que as palavras ditas pelo Senhor Jesus responda com muito mais clareza: “Pois é do interior, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos, as prostituições, os furtos, os homicídios, os adultérios, a cobiça, as maldades, o dolo, a libertinagem, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a insensatez; todas estas más coisas procedem de dentro e contaminam o homem” (Marcos 7:21-23).
         Prezado leitor consideremos nossa triste condição em Adão! Acheguemo-nos perante o Senhor apresentando nossa carteira de identidade: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51:5). Procure e veja se há algo de bom em seu ser para dar a Deus! Se não houve a obra transformadora que somente a soberana graça faz, digo e afirmo que o coração humano não passa de um poço de corrupção e de maldade. Em que podemos nos gloriar? Como seres caídos em Adão, o que podemos oferecer a Deus? Porventura, terá Ele necessidade de nossas atividades e favores religiosos? Amigo leitor permita que eu apresente palavras verdadeiras, as quais revelam de forma assombrosa nossa condição: “Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só” (Romanos 3:12). Amigo, no pecado que utilidade tem o homem para Deus? Todos nós em Adão somos chamados de inúteis! Diante dessas verdades reveladas pergunto: Pode a corrupção buscar a incorrupção? Pode a impureza buscar a santidade? Pode a mentira buscar a verdade? Entre um prato de hortaliça e um pedaço de carne, o que um leão há de escolher? Por acaso o amor ao mundo pode desejar o céu? Pode alguém desejar com prazer ter consigo aquilo que tanto odeia? A natureza corrompida odeia a presença da glória de Cristo! Odeia a perfeita justiça Dele! Odeia o reino Dele e se amotina com todos para declarar guerra contra o céu: “Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas” (Salmo 2:3).
         Ah! Minha esperança é que meus leitores conheçam o estado desesperador do coração humano! Cristo Jesus veio ao mundo para socorrer almas aflitas, corações em desespero, homens e mulheres que não estão encobrindo suas culpas perante o Senhor. Essas almas podem contemplar a cruz; podem reconhecer o amor do Senhor pelos perdidos, quando ali foi crucificado, ocupando nosso lugar! Esse bendito Salvador pagou o preço que jamais poderíamos pagar, a fim de resgatar homens e mulheres da tão triste condição que estão no pecado.

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