“Assim,
porque és morno e nem és quente nem frio estou a ponto de vomitar-te da minha
boca” (Apocalipse 3:16).
Caro leitor, no anseio
de ver um avivamento no meio do povo de Deus é que continuo nessa intensa
batalha, mostrando o estado tão perigoso para os crentes de Laodicéia – a
igreja apóstata, infiel, morta e sem qualquer utilidade para Deus. Ela está de
mãos dadas com a força ecumênica que se ergue do inferno e tem se infiltrado
nos movimentos evangélicos em nossos dias. Aqueles cujos corações estão
iludidos, porque descansam numa falsa paz, realmente precisam saber as verdades
bíblicas, pois quando Deus visita Sua igreja Ele tem o objetivo de purificá-la,
então, aqueles que não lhe pertencem são consumidos por esse fogo que santifica
os fieis e verdadeiros. Nosso Senhor tem chegado em Sua intensa compaixão e
convida os que estão mornos à contrição e arrependimento: “Eu disciplino a
todos quanto amo. Sê, pois zeloso e arrepende” (Apocalipse 3:19).
Prossigo mostrando as
verdades que o morno espiritual precisa ouvir. Porque não houve salvação em sua
vida, as obras dos Laodicenses não provêm da genuína fé, por isso elas
não são aceitas por Deus e são designadas como obras mortas. O Senhor jamais
aceitará qualquer obra que não tenha sido produzida pelo Espírito Santo,
porquanto os salvos são “...feitura de Deus, criados em Cristo Jesus
para as boas obras...” (Efésios 2:10). Qualquer obra feita na carne e
produzida pela carne não será aceita como cheiro suave ao Senhor; Ele não
aceita nada que não tenha sido tirado do Seu próprio altar. Os santos de Deus
encontram tudo em Cristo, a fim de oferecer seus sacrifícios ao Senhor. Tudo é
derivado da grande conquista da cruz; tudo que precisam para servir ao Senhor
dia a dia em santa gratidão e adoração os santos de Deus acham dia após dia
perante o Rei da glória, o Senhor ressurreto. O que o mundo pode dar para Deus?
Nada! Do mundo tudo foi contaminado pelo pecado, portanto é imundo. As obras
dos ímpios, mesmo que sejam belas e adornadas de cores religiosas; mesmo que
estiverem salpicadas de louvores e bons sentimentos, elas têm por baixo o fogo
que parte de corações corrompidos e maliciosos. Aquele que sonda os corações
sabe bem as reais intenções dos corações não santificados pela graça na
salvação.
Ó caro leitor, eu sei
que são tantas as pessoas que fazem as coisas com boas intenções, mas nossas
intenções sinceras não servem como adornos e incrementos para o serviço do Rei
da glória. O rei Davi tinha boas e sinceras intenções quando resolveu levar a
arca da aliança num carro puxado por bois (2 Samuel 6), mas a tragédia veio,
simplesmente porque não houve obediência ao Senhor que ordenou que a arca da
Sua presença fosse conduzida nos ombros dos sacerdotes designados para tal função.
Deus jamais há de alterar o que foi escrito, simplesmente porque observou boas
atitudes nos corações. Os caminhos do Senhor estão infinitamente acima de
nossos caminhos, assim como os pensamentos Dele estão infinitamente acima dos
nossos (Isaías 55:9). Ultrapassar o que está escrito é provocar o Senhor e
desafiar Sua santidade. A retidão dos homens é extrema tortuosidade, quando
comparada com a retidão de Deus.
Tudo isso tem como
objetivo afastar meus leitores dessa tentativa vã e inútil de querer publicar
um sistema de vida cristã diferente daquilo que está nas Escrituras. Homens e
mulheres jamais serão aceitos, a não ser pela redenção da cruz. Não há como
abrir outro caminho; não há atalhos para o céu. A vida com Deus começa com
humilhação, contrição e arrependimento. O acesso a Deus é uma via dolorosa para
a natureza carnal, tão arrogante e
egoísta. Mas é quando o pecador chega em sincera confissão de fé que ele
encontra o bendito Salvador e Senhor. O homem é elevado à dignidade de
verdadeiro homem quando se humilha, reconhecendo que não passa de um réu, vil,
indigno e verme. É nessa condição que o homem é achado por Cristo Jesus e é
feito nova criatura, nascida de Deus.
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