“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o
ressuscitarei no último dia” (João 6:44).
A NECESSIDADE DA
SOBERANIA (continuação) “Ninguém pode
vir a mim...”
Prezado leitor retornemos ao cap. 11 de
João. Naquele espantoso ato da ressurreição de Lázaro, nosso Senhor está
exibindo o que a Sua Palavra está fazendo neste mundo para conceder vida aos
homens mortos em seus delitos e pecados. Notemos bem que quando a pedra foi
retirada o cenário é totalmente diferente do que aconteceu quando Jesus
ressuscitou outras pessoas. Veja que nosso Senhor posiciona de certa distância
do sepulcro, então faz ecoar Sua voz ordenando a saída do morto: “...Lázaro, vem para fora!” (11:43).
Prezado amigo, como podemos ignorar
essa verdade? A mesma pergunta que Paulo fez perante o rei Agripa deve ser
feita nestes dias, quando até mesmo evangélicos rejeitam os atos soberanos do
Senhor: “Por que é que se julga entre vós incrível que Deus ressuscite os
mortos?” (Atos 26:8). A ressurreição de
Lázaro foi apenas uma lição temporária daquilo que o evangelho faz para sempre.
Lázaro voltou dentre os mortos, foi entregue às irmãs e causou grande impacto
diante de toda aquela sociedade religiosa. Naquele evento nosso Senhor está declarando
ao mundo que Ele veio para conceder aos homens a verdadeira vida, a vida
celestial. Perante Deus o homem vem à existência eterna quando Deus chama à
vida, e isso acontece quando o evangelho chama.
Voltemos àquele majestoso acontecimento
no cemitério de Betânia. O que fez com que aquele corpo em pleno estado de
decomposição fosse refeito e retornasse à vida? Foi a decisão de Lázaro?
Jamais! O poder estava na ordem que partiu dos lábios do Verbo eterno! Nada que
partisse do pobre Lázaro; nada que indicasse qualquer partícula de participação
de Lázaro, porque: “...Não
depende de quem quer nem do que corre...”
(Romanos 9:16). O absoluto poder está na ordem do Senhor, por essa razão é que
a pregação possui autoridade: “Vinde a mim”! “Arrependei-vos”! “Reconciliai-vos
com Deus”! Os arautos do evangelho foram
convocados para pregar a verdade; foram chamados para fielmente entregar o
recado do céu. Caro leitor, a situação de Lázaro no sepulcro ilustra bem o
homem no pecado. A morte de Lázaro deixou-o impossibilitado para os
relacionamentos nesta vida. Suas irmãs não mais poderiam contar com ele; não
participaria mais da sociedade; não mais seria visto numa escola, numa
sinagoga, trabalhando, etc. Amigo, morte física é ausência de vida física.
Tempos atrás fui ao velório de um
querido irmão. Perante seu corpo gélido estava sua esposa e filhas em constante
pranto, mas os seus ouvidos estavam surdos, seus olhos cegos, suas mãos e pés
paralisados, sua boca muda, completamente indiferente Encaremos o homem espiritualmente
morto, ele não possui nada de pulsação espiritual; não há nele nenhum laço
consangüíneo com Cristo; sua boca está fechada, sem qualquer possibilidade de
louvar e adorar o Senhor (Salmo 115:17); seus olhos estão cegos para ver a
glória de Deus (Romanos 3:23); seus pés não funcionam em obediência ao Senhor
em santidade; suas mãos não agem para servir uns aos outros em amor (Gálatas
5:13); é completamente gélido e indiferente nas emoções, a fim de vibrar com as
maravilhas da salvação; sua mente está envolta em trevas, não entra ali nem um
lampejo da verdade.
Nessa condição tão triste, pode o homem
ir a Cristo? Nosso viver no pecado responde que não! Milhares no pecado estão
declarando que não querem nem podem vir a Cristo! Entregues na condição natural
os homens peregrinarão nesta vida e descerão para o abismo eterno! Mas Deus
está operando maravilhas no meio dos mortos! Homens e mulheres despertados para
a verdade da salvação; homens e mulheres atraídos para a mensagem celestial são
provas que Deus está realizando Sua gloriosa e triunfante obra no meio dos
mortos: “Os teus mortos viverão...” (Isaías 26:19)
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